Programa - Sessão de Poster - Ensino e formação em Epidemiologia
A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO ACADÊMICA DE DISCENTES DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Pôster
LIMEIRA, R. M.1, COSTA, I. S.1, CASTRO, G. S.1, REIS, I. L. S.1, SILVA, J. M.1
1 UESB
Objetivo: Descrever a experiência de discentes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Odontologia em uma Liga Acadêmica de Estudos em Saúde Coletiva (LAESC). Métodos: Estudo descritivo, qualitativo, do tipo relato de experiência, envolvendo estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus Jequié/BA, membros da LAESC, de dezembro de 2022 a novembro de 2023. Resultados: A LAESC, baseada no tripé universitário ensino, pesquisa e extensão, é interprofissional e visa enriquecer a formação dos estudantes e fortalecer o vínculo universidade-comunidade. No ensino, promove atividades híbridas (remotas e presenciais) com sessões científicas semanais sobre políticas públicas de saúde e epidemiologia, ministradas por discentes ou especialistas. Essas sessões oferecem espaço para discussão sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Na extensão, a LAESC organiza ações de educação em saúde e atividades de mobilização, aprofundando a ligação com a comunidade e o conhecimento do perfil epidemiológico e sociodemográfico local. Em pesquisa, mantém vínculos com outros grupos de estudo e fomenta produções científicas apresentadas em congressos e simpósios, promovendo a difusão do conhecimento em saúde coletiva. Conclusão: A LAESC se consolida como um espaço de trocas de experiências entre acadêmicos de saúde, propiciando o aprofundamento dos conhecimentos em saúde coletiva e epidemiologia, e o desenvolvimento de habilidades interprofissionais. Destaca-se sua relevância complementar à grade curricular dos cursos de saúde, promovendo o trabalho colaborativo e uma assistência à saúde baseada nos princípios do SUS.
DIAGNÓSTICO SITUACIONAL - APRENDIZAGEM ATRAVÉS DE LEVANTAMENTO DE PANORAMA DE MORTALIDADE.
Pôster
Reis, R. M.1, Moraes, R. C. P. F.1
1 Universidade Estácio de Sá de Angra dos Reis - IDOMED
Objetivos: O diagnóstico situacional de mortalidade tem como objetivo desenvolver no discente habilidade de busca e análise de dados sobre óbitos de interesse em saúde coletiva. Métodos: Relato de experiência sobre atividade pedagógica realizada na disciplina de Epidemiologia do curso de medicina a respeito da elaboração de diagnóstico situacional sobre mortalidade em municípios determinados, com duração total de 9 tempos de aula. A turma foi dividida em 6 grupos de cerca de 5 alunos, e cada um ficou responsável pelo levantamento referente aos óbitos relacionados a determinada categoria da CID-10, levantados através Sistema de Informação sobre Mortalidade. Os grupos utilizaram o Tabnet do DATASUS e informações disponíveis na literatura, para caracterização dos dados demográficos dos municípios, caracterização dos sistemas de saúde ofertados e levantamento do panorama de mortalidade respectivo a cada município e causa básica do óbito escolhido. Após as pesquisas os alunos elaboraram uma apresentação em slide com cerca de 20 minutos para apresentação aos docentes e demais colegas sobre os principais achados. Resultados: Nos municípios estudados foi possível identificar diversas deficiências no sistema de saúde local desde a Atenção Primária, à Atenção Especializada, em alguns casos com sobrecarga do sistema da região de saúde, sendo feitas recomendações a diversos setores da saúde pública. Conclusão: A elaboração de diagnóstico situacional foi uma importante estratégia pedagógica capaz de ensinar aos acadêmicos de medicina sobre a necessidade de uma boa gestão na saúde pública, o que impacta na qualidade de serviço ofertado e qualidade de vida da população assistida.
DIVULGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA EM ESCOLA PÚBLICA DO RJ
Pôster
Corrêa, B. M.1, Machado, P.P.1, Marteli, A.N.1
1 ENSP
Objetivos: O objetivo principal desse trabalho foi a conscientização e divulgação da leishmaniose tegumentar americana (LTA) para alunos do 2º e 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Antônio da Silva no município de Nova Iguaçu. Sendo apresentado aos alunos conceitos e informações sobre a dinâmica e o ciclo da (LTA). No conteúdo exposto durante apresentação, foram abordados determinantes sociais como, escolaridade, sexo, raça/cor e faixa etária associados à ocorrência da doença, predominando em homens, indivíduos de menor escolaridade, raça/cor parda e a faixa etária de 20 a 39 anos, no período de 2018 a 2022. Os maiores coeficientes de incidência ocorreram nos municípios das regiões Norte, Centro-Oeste e no município endêmico de Tancredo Neves no estado da Bahia, esses dados foram divulgados e debatidos junto aos alunos, destacando a relação entre humano, vetor, ambiente e hospedeiro, mostrando assim uma perspectiva sobre Saúde Única. Métodos: Elaborou-se um material didático composto por apresentação de slides, vídeo, cartilha informativa em formato de palestra. A atividade foi realizada no auditório da própria, em junho/2024. Resultados: O evento foi realizado mediante a uma quantidade mínima de alunos inscritos, o que foi cumprido pelo parecer da coordenação da escola, a palestra foi recebida de forma empolgante pelos alunos. Conclusões: O interesse demonstrado pelos alunos em participar da palestra, contrastou com desconhecimento deles sobre a (LTA), causando grande impacto neles sobre o tema. Em virtude disso, pretende-se dar continuidade e estender essa experiência em outras escolas da rede pública do estado do Rio de Janeiro.
ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DE HIPERATIVIDADE EM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA NA BAHIA
Pôster
BOMFIM, É. A.1, FRAGA, D. N.1, SILVA, L. S.1, SOUZA, B. E. S. O.1, BULCAO, R. L. V.1, SANTOS, D. B.1
1 UFRB
Objetivo: Relatar a experiência no levantamento da estimativa de prevalência da hiperatividade em crianças do ensino fundamental I, de uma escola da rede pública de Santo Antônio de Jesus - Ba, sob regulamentação das normativas de ensino do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Métodos: Estudo transversal descritivo realizado de maio a junho de 2022. Contatou-se uma escola com 198 alunos esclarecendo os objetivos da pesquisa e acordos éticos. Utilizou-se amostragem sistemática, resultando em 60 alunos. O questionário Swanson, Nolan and Pelham (SNAP IV) foi aplicado para investigar sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Para estimar a hiperatividade, analisaram-se as questões 10-18, preenchidas pelos profissionais de educação. Resultados: Participaram do estudo 60 crianças, amostra composta por 60% do sexo masculino e 40% do sexo feminino, 63,3%, pardos, 25% pretos e 11,7% brancos, com média de 9,7 anos, estudantes do 2°, 4° e 5° ano do ensino fundamental. A prevalência da hiperatividade foi de 11,7%, com maiores estimativas para o sexo masculino (13,8%), nas crianças com idade maior ou igual a 10 anos (13%) e raça/cor parda (13,15%). Conclusões: A maior prevalência de hiperatividade em crianças negras do sexo masculino direciona discussões acerca do neurodesenvolvimento e das questões raciais. Estudos em maiores proporções são essenciais para garantir que todas as crianças recebam cuidados equitativos e apropriados, promovendo assim a saúde e o bem-estar.
IDOMED CITY; UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO DA EPIDEMIOLOGIA BASEADA NA TOMADA DE DECISÕES
Pôster
Luna Neto, R.T.1, Araúj, D. F.1, Tavares, N.B.F.1, Faustino, J. W. S.1, Soares, M. X.1, Silva, E. B.1
1 Estácio IDOMED Iguatu
Objetivo: apresentar o relato de experiência docente da disciplina de epidemiologia em um curso de medicina. Métodos: A IDOMED CiTY, é uma cidade fictícia, elaborada pelos docentes da disciplina de epidemiologia I, da unidade Estácio-IDOMED-Iguatu-CE, foram apresentados aspectos; sociais, econômicos, geográficos, habitacionais, densidade populacional entre outros dados de relevância para a compreensão da dinâmica do município. Apresenta-se também aspectos de saúde, como a rede de saúde e os seus indicadores. A cada encontro era exposta o tema conceitual da aula e no ultimo tempo de aula, os alunos eram divididos em 5 grupos chamados de "conselho gestor de saúde" onde os mesmos deveriam contextualizar o tema da aula junto a IDOMED City e entregar como produto final da aula uma estratégia de enfrentamento daquela situação, cada conselho gestor apresentava as suas interpretações e planos de intervenção, o que gerava uma discussão e construção de uma plano comum. Resultados: obtivemos uma maior participação dos alunos e menor dispersão da atenção durante os tempos de aula, já que os mesmos se sentiam motivados a permanecer até o final das aulas para defenderam os seus planos de ação. Outro resultado foi o desenvolvimento de raciocino clinico e de gestão em saúde muito mais rápido e eficiente. Assim como uma interdisciplinaridade de todos os conteúdos ministrados ao longo do semestre. Conclusão: a estratégia de construção de um município e da gestão da saúde pelos acadêmicos, mostrou-se uma ferramenta eficaz de encantamento e geração de valor ao ensino da epidemiologia.
PERCEPÇÃO DISCENTE SOBRE ENSINO DE EPIDEMIOLOGIA NA GRADUAÇÃO MÉDICA
Pôster
Caliman, M. L. D.1, Morgan, L. C.1, Romão, C. A.1, Salles, I. T. R.1, Vieira, J. M. S. V.1, Borges, S. A.1, Patroclo, M. A. A.1
1 UNIRIO
OBJETIVOS
Descrever experiências na disciplina de epidemiologia, de estudantes de medicina da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) no período 2020 a 2023.
MÉTODOS
Revisão bibliográfica sobre ensino de epidemiologia na graduação em medicina; análise das ementas de dez faculdades de medicina do país e da disciplina "Práticas em Saúde III" do 30 período de medicina da UNIRIO; relatórios da Comissão Interna de Avaliação de Cursos com percepções de egressos de 2020, 21 e 23 e de estudantes em 2022.2, além do relato de seis estudantes da disciplina em 2023.2.
RESULTADOS E CONCLUSÕES
Práticas em saúde III: capacitar em bases conceituais e operacionais em bioestatística e epidemiologia; desenvolver habilidades para a leitura crítica de artigos científicos, investigação científica e tomada de decisões, enfatizar vigilância epidemiológica, construir e analisar bancos de dados. Em 2023.2 coube em casa, a extração de dados dos sistemas de informação, uso do programa R e apresentação de dúvidas. Não houve construção de banco de dados, análise sobre doenças crônicas ou estudo de caso. Alguns temas não foram abordados, não foi realizada análise crítica de artigo científico, nem relação de causalidade com DSS, nem ampliação do raciocínio clínico. Algumas universidades, utilizam laboratórios de informática, metodologias ativas, utilização de softwares amigáveis e discussões em grupo. Concluímos ser importante refletir que o ensino de epidemiologia na graduação médica deve ser para prática contextualizada aos DSS e usados programas estatísticos de fácil manejo, adequando a disciplina às necessidades de melhoria da qualidade do sistema de saúde brasileiro.
PREVALÊNCIA DE DESATENÇÃO EM CRIANÇAS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO RECÔNCAVO DA BAHIA
Pôster
Silva, L. S.1, Fraga, D. N.1, Bomfim, E. A1, Souza, B. E. S. O.1, Bulcão, R. L. V.1, Santos, D. B.1
1 UFRB
Objetivo: Estimar a prevalência do déficit de atenção em crianças do ensino fundamental I, da rede pública de um município baiano. Métodos: Estudo transversal do tipo descritivo, realizado entre maio e junho de 2022, com alunos avaliados pelos respectivos professores através dos itens de 1-9 do Swanson, Nolan and Pelham Questionnaire (SNAP IV), utilizado para analisar o déficit de desatenção conforme critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Inicialmente, contatou-se a escola, que possui 198 alunos do ensino fundamental I e II, para concordância com os objetivos da pesquisa e acordos éticos regulamentados pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Resultados: A técnica de amostragem sistemática resultou em 60 alunos para o recorte. Participaram do estudo 60% de crianças do sexo masculino e 40% do sexo feminino, 63,3% pardos, 25% pretos e 11,7% brancos, com idade média de 9,7 anos e cursavam o 2°, 4° ou 5° ano do ensino fundamental I. A prevalência para desatenção foi de 15,0%, com maiores estimativas para o sexo masculino (16,7%) e raça/cor parda (13,3%). Conclusões: A prevalência estimada mostrou-se coerente com a predominância dos sintomas de desatenção no sexo masculino, como apontado na literatura. A correlação entre crianças negras e a desatenção expõe a necessidade de pesquisas que abordem o critério raça/cor na investigação de transtornos do neurodesenvolvimento e apontem dados sociodemográficos para a fomentação de políticas públicas equitativas na saúde e na educação.
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO ‘SITREP’ NA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
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Silva, L. S.1, Almeida, A. B. J.1, Fragoso, B. M. M. A.1, Aragão, N. A1, Santos, J. L. C.1, Ferreira, L. D.1, Brant, J. L.1
1 UnB
Objetivo: Situation Report (SITREP) surgiu durante a Segunda Guerra Mundial para reportar situações de emergência ocorridas. Neste contexto, o SITREP é divulgado na Sala de Situação de Saúde da Universidade de Brasília (UnB), consonante ao RSI (Regulamento Sanitário Internacional), busca realizar a detecção e a avaliação de eventos de risco para saúde pública e as emergências de saúde pública. O objetivo do presente estudo é apresentar a elaboração de um material técnico preparado semanalmente pelos residentes de vigilância em saúde abordando tópicos sobre as emergências em saúde pública de magnitude crescente, DF, Brasil e no mundo. Método: Neste estudo descritivo, foi levantada a relevância da publicação de SITREP para saúde pública dentro do âmbito acadêmico da Universidade de Brasília. Resultados: Para a documentação dos Situations Reports é escolhido um membro para liderar a equipe e o restante que irá compor a comissão técnica. É realizado pelos autores o levantamento de notícias com ajuda do Epidemic Intelligence from Open Sources (EIOS), boletins e notas técnicas disponibilizadas nos sites oficiais. Posterior a preparação, é realizada a divulgação na plataforma Coopere que conta com 942 membros ativos. Conclusões: O boletim colabora na disseminação de eventos de importância em saúde pública através da realização de análises epidemiológicas (incidência, prevalência, tendências temporais, fatores de risco, seus determinantes sociais, distribuição geográfica e os impactos na saúde da população em estudo) de forma que acadêmicos e profissionais se mantenham informados e contribua no processo ativo de ensino - aprendizagem do Programa de residência multiprofissional de vigilância em Saúde.
RESIDÊNCIA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE SOB OS OLHOS DA ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
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Barbosa, E. S.1, Souza, C. F.1, Lustosa, G. R.1, Silva, E. J.1, Araújo, B. T.2, Galdino, J. P. S.3, Costa, T. P.4, Verotti, M. P.5
1 Residente do Programa Multiprofissional em Vigilância em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz de Brasília/DF;
2 Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fundação Oswaldo Cruz de Brasília/DF;
3 Tutor de Núcleo do Programa de Residência Multiprofissional em Vigilância em Saúde do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fundação Oswaldo Cruz de Brasília/DF;
4 Tutora de Campo do Programa de Residência Multiprofissional em Vigilância em Saúde do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fundação Oswaldo Cruz de Brasília/DF;
5 Coordenadora do Programa de Residência Multiprofissional em Vigilância em Saúde do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde (NEVS) da Fundação Oswaldo Cruz de Brasília/DF;
Objetivo: Relatar a experiência dos residentes de enfermagem do primeiro Programa Multiprofissional em Vigilância em Saúde (PRMVS) da Fundação Oswaldo Cruz Brasília/DF, apresentando as principais ações desenvolvidas e cenários encontrados no percurso de março a setembro de 2024. Método: O desenvolvimento do estudo se permeia no caráter descritivo do tipo relato de experiência a partir das etapas vivenciadas pelos residentes que foram divididas em: 1. imersão ao campo, ambientação no cenário de residência, assim como o conhecimento técnico obtido pela participação nas rotinas dos postos de trabalho; 2. principais atividades desenvolvidas, participação ativa dos residentes nos processos de trabalho em parceria com os epidemiologistas docentes; 3. fortalezas e fragilidades, identificadas no decorrer das atividades desenvolvidas no campo. Resultados: Os resultados obtidos se baseiam em relatos da experiência dos residentes de enfermagem do PRMVS, sobre as ações e condutas nos cenários de prática, distribuídos nos campos que abrange as esferas da Vigilância em Saúde sendo elas à vigilância epidemiológica, vigilância ambiental, vigilância em saúde do trabalhador(a), vigilância sanitária e permeando com a vigilância laboratorial alinhando-se ao conjunto da política de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Conclusão: A partir das observações e análises coletadas, constata-se a importância do processo de ensino-aprendizagem, das estratégias e ações realizadas no PRMVS para a contribuição e qualificação do processo formativo na área de vigilância em saúde no contexto epidemiológico, contribuindo para o crescimento educacional e profissional no contexto da Saúde Única (One Health) no País.
SIMULAÇÃO DO COMITÊ DE MORTALIDADE PARA VIGILÂNCIA DO ÓBITO MATERNO, FETAL E INFANTIL.
Pôster
Moraes, R. C. P. F.1, Reis, R. M.1
1 Universidade Estácio de Sá de Angra dos Reis - IDOMED
Objetivos: A simulação do comitê de mortalidade tem como objetivo proporcionar ao discente ambiente de discussão das causas, evitabilidade e falhas envolvendo óbitos de interesse em saúde coletiva. Métodos: Relato de experiência sobre atividade pedagógica realizada na disciplina de Epidemiologia de curso de medicina a respeito da simulação de Comitê de Mortalidade, com duração de 3 horas. A turma foi dividida em 3 grupos de cerca de 8 alunos, e cada um deles ficou responsável por um dos seguintes tipos de óbitos com histórias fictícias, porém baseadas em dados reais: fetal, infantil e materno. Receberam conjunto de fichas de investigação do serviço de saúde hospitalar, ambulatorial e entrevista domiciliar, além da declaração de óbito, declaração de nascido vivo e lista brasileira de causas de mortes evitáveis. Após leitura e análise para posterior discussão, identificação de falhas e proposta de ações de saúde, toda turma se reuniu novamente para apresentação aos demais colegas. Resultados: Foi possível identificar diversas falhas de acesso e assistência à saúde, desde aquelas relacionadas à Atenção Primária, à Regulação, à Atenção Especializada e Hospitalar. Ao final os três óbitos faziam referência a uma mesma família, foram classificados como evitáveis, as causas de óbito foram modificadas e recomendações a diversos setores da saúde foram feitas. Conclusão: conclui-se que a simulação foi uma importante estratégia pedagógica capaz de ensinar e sensibilizar os acadêmicos de medicina sobre a importância de estabelecimento de boas ações de enfrentamento à problemáticas envolvendo o óbito fetal, infantil e materno.
A SAÚDE COLETIVA E EPIDEMIOLOGIA: ATUAÇÕES DE UMA LIGA ACADÊMICA DO RIO DE JANEIRO
Pôster
SANTOS, D. L. S.1, FREITAS, J. M. A.2, NASCIMENTO, J. S. A.3, BEZERRA, V. S. L.1, ALMEIDA, M. G.1, MAR, Y. R. M.4, MIRANDA, R. B.1
1 UERJ
2 UESPI
3 UVA
4 UNIASSELVI
Objetivos: O objetivo da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva de Enfermagem da UERJ (LASCENF) é trazer o conteúdo acadêmico de forma acessível para o entendimento de toda população, confirmando o propósito extensionista acadêmico. Métodos: através da página da rede social da Liga @lascenfuerj, no Instagram, criada em 2020 e em atividade, os conteúdos sobre epidemiologia e saúde coletiva são feitos de forma interativa, textos curtos, mapas mentais e vídeos, utilizando uma linguagem acessível para o entendimento de todos. Esses materiais educativos, não apenas informam, mas também engajam os seguidores em temas cruciais como: casos de doenças emergentes e reemergentes (sífilis, HIV/AIDS, dengue, hepatites), e diversos planos nacionais de saúde, desde os relacionados à mulher, ao idoso e à criança. Assim, tanto a pesquisa em fontes confiáveis quanto a produção visual são conduzidas pelos próprios gestores da Liga, sendo revisadas pelo professor orientador. Resultados: a interação ativa com os seguidores, incluindo tanto acadêmicos, quanto não acadêmicos, desencadeia um impacto positivo notável, visto que, essa dinâmica permite que indivíduos, por meio de relatos e discussões, aprofundem sua compreensão sobre as iniciativas do Sistema Único de Saúde (SUS). Conclusão: a estratégia dinâmica, envolvente e acessível adotada pela LASCENF abre caminho para a disseminação ampla do conhecimento científico entre diversos setores da sociedade. Assim, além de tornar o conteúdo mais atrativo, também elimina barreiras de compreensão, permitindo que uma gama mais ampla de pessoas se beneficie deste conhecimento.
ANÁLISE DOCENTE DA FORMAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA NOS CURSOS DE SAÚDE COLETIVA NO BRASIL
Pôster
Muraro, A. P1, Buchalla, C. M.2, de Moura Souza, A3, Figueiredo, M. A. A.4, Gibson, G.3, Hattori, W. T.5, Maia, L. T. S.6, Melo, E. C. P.7, Peixoto, S. V.8, Silva, J. A T. A9, Simões, T.C.8, Araujo, T. M.10
1 UFMT
2 USP
3 UFRJ
4 UNEB
5 UFU
6 UFPE
7 ENSP
8 Fiocruz Minas
9 ESP-MG
10 UEFS
Objetivo: Analisar as características da formação de Epidemiologia nos cursos de graduação e pós-graduação em saúde coletiva no Brasil referidas pelos/as docentes. Metodologia: Estudo transversal, com docentes de cursos de pós-graduação stricto sensu e graduação em saúde coletiva, envolvidos com disciplinas de Epidemiologia. Os/as docentes foram convidados/as a responderem a inquérito online, com o envio do link por meio da coordenação ou do contato de e-mail disponibilizado nos sites das instituições. Foram avaliadas informações sociodemográficas, os conteúdos ministrados nos cursos e metodologias adotadas nas disciplinas. Resultados: Na pós-graduação e graduação, respectivamente, 68,0% e 64,7% dos/as docentes concordaram que o conjunto geral das disciplinas era suficiente para a adequada formação do aluno em Epidemiologia, enquanto 41,3% e 66,6% referiu que o conteúdo de Vigilância Epidemiológica era suficiente. Ainda, 58,7% e 52,9% dos/as docentes da pós-graduação e graduação afirmaram adotar frequentemente metodologias ativas de ensino; 76,0% e 64,7% realizavam atividades de análise de dados, com 71,9% e 93,9% deles utilizando softwares livres, respectivamente. Conclusão: Os docentes relataram características gerais positivas da formação em Epidemiologia na graduação e pós-graduação em saúde coletiva do país. A maioria incluía atividades de análise de dados com predomínio de uso de softwares livres. Contudo, pouco mais da metade utilizava metodologias ativas e havia lacunas em conteúdos de vigilância na pós-graduação.
AVALIAÇÃO QUALI-QUANTITATIVA DE CURSO EAD DE EPIDEMIOLOGIA BÁSICA NO SUS
Pôster
Silva, I. L . A.1, Mota, H. C. N.1, Mata, M. S.2
1 Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (ESPRN)
2 Escola de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Objetivos: Avaliar oferta do curso EaD autoinstrucional “Epidemiologia Aplicada à Gestão do SUS” promovido pela ESPRN com a Escola de Saúde/UFRN. Métodos: Foi utilizado questionário semi-estruturado com 16 perguntas para avaliação do curso na sua conclusão. As respostas foram analisadas de maneira quantitativa e qualitativa, com respostas abertas sendo categorizadas por classes. Resultados: O curso ocorreu de agosto a dezembro/23 no Moodle/ESPRN, com 515 inscritos e 215 concluintes (taxa de conclusão: 41,7%), que constituíram a amostra, sendo 40,5% estudantes (37,9% Gestão Hospitalar; 18,4% Saúde Coletiva; 13,8% Enfermagem; 29,9% Outros) e 59,5% servidores públicos (59,7% estaduais; 36,9% municipais; 3,4% federais). Escolaridade: 5,6% técnico/médio; 11,6% graduação; 24,7% graduando; 45,1% pós-graduação; 13,0% pós-graduando. Redes sociais (24,7%) e Internet (22,3%) foram os meios de divulgação mais citados. Foram consideradas “muito satisfatórios” a carga horária (54,0%), conteúdo (65,6%), material didático (68,4%) e organização didática (61,4%). 10,3% tiveram dificuldade no curso, sendo 31,8% na confirmação de e-mail; 18,2% conflito de agenda; 13,6% layout do site; 36,4% outros. 36,2% apresentaram sugestões, sendo novos cursos (27,8%) e vídeos (21,5%) os principais. Conclusões: O curso apresentou taxa de conclusão similar a outros cursos EaD, com nível de satisfação demonstrando objetivos pedagógicos cumpridos. Houve difusão do curso maior que a esperada, atingindo uma gama de estudantes e profissionais de técnico a pós-graduação, em instituições além do RN.
CONTRIBUIÇÃO DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA ESPECIALIZAÇÃO EPISUS-INTERMEDIÁRIO
Pôster
Santos, D.A.1, Moraes, C.1, Souza, P.B.1, Macário, A.M1, Verotti, M.P.1, Moura, N.F.O.1, Silva, D.C.S.2, Duarte, M.M.S2, Henriques,C.M.P1, Silva, J.A.A.1
1 Fiocruz-Brasília
2 Ministério da Saúde
Objetivos: Descrever a contribuição técnico-científica dos profissionais estudantes da Especialização EpiSUS-Intermediário para o serviço de vigilância em saúde do país, no período de 2020 a 2023.
Métodos: Realizada análise descritiva dos trabalhos de conclusão de curso (TCC) produzidos a partir de temas elegidos pelos estudantes, relacionados à vigilância em saúde no âmbito da Especialização EpiSUS-Intermediário no período de 2020 a 2023. Organizou-se toda a produção acadêmica em um banco de dados e calculou-se proporções.
Resultados: Foram produzidos 696 TCC, sendo 19 em 2020, 649 em 2021 e 28 em 2023, por estudantes de todos os estados brasileiros. A maior parte dos trabalhos foram avaliações de atributos de sistemas de vigilância em saúde, 659 (94,5%), considerando a aplicabilidade para o serviço; os demais 37 (5,3%) foram descrições epidemiológicas. Os temas mais frequentes foram COVID-19 (20,5%), arboviroses (8,9%), tuberculose (5,6%), mortalidade (5,0%), sífilis gestacional (3,6%), acidentes e violências (3,5%) e sarampo (3,0%). A abrangência dos trabalhos foi estadual (57,4%), municipal (30,5%), terras indígenas (6,3%) e nacional (4,0%). As Diretrizes para Avaliação de Sistemas de Vigilância dos Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA foram utilizadas, com a qualidade dos dados sendo avaliada em todos os TCC.
Conclusões: Os TCC produzidos pelos estudantes da Especialização EpiSUS-Intermediário fizeram importantes contribuições para os serviços de vigilância em saúde em diferentes níveis de gestão, ajudando a aprimorar a qualidade das informações utilizadas para a tomada de decisão no SUS.
CONTRIBUIÇÕES DA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA SÍFILIS
Pôster
Silva, M. A. M.1, Barros, L. K. S.1, Nascimento, R. S.1, Santos, E. C. A.2, Carneiro, J. P. P.2, Dias, M. S. A1, Linhares, M. S. C.1
1 UVA
2 VIGEP-SMS
Objetivos: Relatar as vivências de estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) que integram o Grupo de Pesquisa e Estudos em Vulnerabilidades em Saúde (GEVS) no serviço de Vigilância Epidemiológica. Métodos: Relato de experiência a partir das vivências durante o módulo Internato II, no 9° semestre do curso de Enfermagem da UVA, no setor de vigilância epidemiológica da sífilis, em município no interior do Ceará, no período de abril a maio de 2024. As estudantes são membros do GEVS, integrando a equipe de pesquisa da área da saúde sexual e reprodutiva. Resultados: As atividades iniciaram com a apresentação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e das fichas de notificação, possibilitando a reunião de informações sobre a ocorrência da sífilis na região. As estudantes puderam desenvolver habilidades acerca do uso dos sistemas de informação - que identificam padrões de casos, indicando surtos ou epidemias em potencial - e de comunicação de informações epidemiológicas, por meio da preparação de boletins e material para exposições sobre a vigilância dos casos de sífilis com profissionais da saúde, autoridades municipais e público em geral. Esse processo permitiu a reflexão sobre a disseminação da doença na região, subsidiando o planejamento de ações de prevenção e controle, bem como a construção de novos estudos sobre o tema. Conclusões: A integração ensino-serviço na vigilância epidemiológica da sífilis mostrou-se essencial para o desenvolvimento profissional e acadêmico das estudantes. As enfermeiras em formação puderam constatar o uso da epidemiologia para proteção da saúde pública.
EPI-APS: INOVAÇÃO DO SUS CAPIXABA NA FORMAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pôster
Maranhão, Thaís1, Madeira, Elizabeth Santos2, Vasconcelos, Maria Cirlene2, Mathias, Hélia Marcia Silva2, Compagnoli, Carolina Perez1, Amaral, Belchior Puziol1, Machado, Tania Maria2, Alves, Rosana1
1 ICEPi
2 SESA-ES
Objetivo: Apresentar o curso de epidemiologia na atenção primária à saúde (EPI-APS) como ferramenta pedagógica inovadora no SUS capixaba para aprofundamento de habilidades e competências fundamentais de profissionais da APS em epidemiologia aplicada aos serviços do SUS para atuação em rede com Vigilância em Saúde.
Método: Curso de aperfeiçoamento para profissionais da APS (180 h), desenvolvido de modo semi-presencial (com interfaces de vídeo-aulas, ambiente virtual de aprendizagem e tutoria síncrono-online), em grupos de 8 profissionais de 3 categorias (medicina, enfermagem, odonto), organizado em 5 módulos (conceitos básicos em vigilância, etapas da vigilância, medidas de prevenção e controle, investigação de surto e monitoramento e avaliação), duração de 7 meses (4h semanais), com metodologias ativas de aprendizagem, realizado entre novembro de 2023 à junho de 2024.
Resultados: Oferta de inovação formativa no estado do Espírito Santo com a temática de epidemiologia aplicada aos serviços do SUS para 225 profissionais que atuam em equipes de saúde da família, em 25 turmas multiprofissionais (med, enf, odo). Aprendizagem baseada em equipe multiprofissional. Desacomodação/Produção de reflexão nas vigilâncias municipais, equipes de saúde da família e profissionais de saúde na realização de tarefas/entregas que mostram a importância do pensamento epidemiológico para todos os profissionais de saúde, bem como revelam fragilidades na comunicação e organização de rede entre APS e Vigilância.
Conclusões: Elaborado pela Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo, apresenta importante inovação pedagógica para formação de profissionais da APS em epidemiologia na construção da Rede de Atenção e Vigilância à Saúde (RAVS).
ESPECIALIZAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DE CAMPO (EPISUS-INTERMEDIÁRIO) EM SANTA CATARINA, 2023
Pôster
Macario, A.M.1, Bochi, P.S.1, Moraes, C.1, Santos, D.A.1, Verotti, M.P.1, Moura, N.F.1, Macario, E.M.2, Fuck, J.A.2, Duarte, M.S.3, Silva, D.C.3, Maierovitch, C.H.1, Silva, J.A.1
1 Fiocruz Brasília
2 Secretaria de Estado da Saúde de SC
3 Ministério da Saúde
Objetivos: Descrever a experiência da Especialização em Epidemiologia de Campo (Episus-Intermediário) em Santa Catarina, em 2023. Métodos: Descrição dos egressos e suas produções na especialização, de março a outubro de 2023. Foram utilizados dados do Ambiente Virtual de Aprendizagem da Escola de Governo Fiocruz. Resultados: Os alunos selecionados atuavam como profissionais das equipes de resposta a emergências em saúde pública dos níveis estadual (14), regional (9) e municipal (5). Dos 30 alunos matriculados, 28 (93,3%) concluíram o curso. O percurso formativo contou com sete módulos, envolvendo atividades teóricas e práticas, EAD e presenciais. Ao longo do curso, foram conduzidas sete investigações de campo, abordando os seguintes temas: óbitos de idosos em instituição de longa permanência, caso suspeito de botulismo, casos de síndrome de Guillain Barré, e surtos de dengue, tuberculose, hepatite A e meningite pneumocócica. O trabalho de campo mobilizou os alunos para trabalhar com o tema “motivos da não vacinação ou hesitação vacinal em crianças menores de cinco anos”, sendo realizado nos municípios de Biguaçu e São José. Os trabalhos de conclusão abrangeram doenças transmissíveis, com destaque para dengue, leptospirose e meningites, além de outras doenças, agravos e mortalidade materno-infantil. Conclusões: O modelo pedagógico centrado no protagonismo do aluno permitiu a integração eficaz do conhecimento teórico à prática vivenciada em seus locais de trabalho. A especialização contribuiu para o aprimoramento das habilidades dos profissionais, fortalecendo a força de trabalho para enfrentamento às emergências em saúde pública para o estado, gerências regionais de saúde e municípios.
FORMAÇÃO A DISTÂNCIA EM VIGILÂNCIA DO ÓBITO MATERNO, INFANTIL E FETAL NO CONTEXTO COVID 19
Pôster
Bittencourt, SDA1, Santos. H1, Almeida, PC1, Leal, MLMS2, Leitão, CF2, Ribeiro, AMC2, Wakimoto, MD3, Dias, MAB4
1 Ensp/Fiocruz
2 Ensp/Fiocrz
3 INI/Fiocruz
4 IFF/Fiocruz
Introdução: O impacto da pandemia desencadeou uma escalada de morte de gestantes e puérperas com grandes desafios para a vigilância e atenção à saúde. Objetivos: O estudo tem como objetivo discutir a formação de profissionais da saúde na modalidade à distância em vigilância do óbito materno, infantil e fetal no contexto da pandemia de covid-19. Método: Aborda os desafios do trabalho de equipe multidisciplinar na identificação, atualização e produção. Resultados: São apresentadas as etapas de desenvolvimento do curso desde a sua concepção e implementação, atualização do material didático, o processo de acompanhamento pedagógico por meio de uma rede formativa docente e as contribuições para a formação dos profissionais de saúde. O cenário epidemiológico demandou o uso intensificado de tecnologias digitais de informação e comunicação, formação e apoio aos tutores-docentes e maior acolhimento a docentes e estudantes para a criação de uma ambiência que favorecesse as atividades de ensino-aprendizagem. Conclusão: A qualificação das ações da vigilância e do trabalho dos comitês de mortalidade tornou-se ainda mais relevante e necessária para o enfrentamento da pandemia. O comprometimento com o desenvolvimento contínuo do curso constitui uma forma de ligação dos saberes teóricos e práticos com as necessidades sociais e institucionais e, sobretudo, dos trabalhadores envolvidos no processo
FORMAÇÃO CRÍTICA E REFLEXIVA EM EPIDEMIOLOGIA NUTRICIONAL COM METODOLOGIAS ATIVAS
Pôster
Brito, C.A.F.1, Garrido, G.2, Norde, M.M.3, Gonçalves, M.R.2, Dalamaria, T.2, Palchett, C.Z.2, De Carli, E.2, Santos, E.V.O.2, Costa, N.L.4, Marchioni, D.M.2
1 USCS
2 USP
3 UNICAMP
4 UNIAN
Objetivo: identificar a organização do pensamento e a percepção dos estudantes sobre o uso de metodologias ativas na disciplina de Epidemiologia Nutricional. Métodos: Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva e interpretativa, seguindo o Design Experiment Research, em três fases: Prospectiva, Reflexiva e Retrospectiva. Foi conduzida em Universidade Pública em São Paulo, com alunos do terceiro ano de Nutrição. Na fase prospectiva, utilizou-se questionários e a Técnica de Evocação Livre de Palavras (TALP). A análise, baseada em matrizes e usando o IRaMuTeQ, destacou co-ocorrências entre palavras como "Alimentação", "Saúde" e a "Área", e verbos como "Gostar" e "Estudar. A seguir, foram avaliados a percepção dos alunos especialmente em relação à relevância dos conhecimentos adquiridos, buscando discutir a eficácia das metodologias ativas. A análise dos resultados foi conduzida com o software IRaMuTeQ, incluindo contagem de frequência, análise de similitude e avaliação. Resultados: A teoria dos grafos identificou um conhecimento centrado na visão biológica da saúde (56,5%) em contraste com uma perspectiva holística esperada A maioria dos alunos (71,6%) considerou a experiência satisfatória, 21,4% indiferentes e 4,8% insatisfatórios. A análise de avaliação revelou atitudes positivas, indicando a adequação das metodologias ativas. As qualidades percebidas no corpus textual indicaram uma visão holística que os futuros nutricionistas devem adquirir. Conclusões: A distância entre o discurso e a disciplina de Epidemiologia Nutricional sugere a necessidade de incorporar metodologias ativas na formação inicial, visando potencializar o pensamento reflexivo, o senso crítico, a compreensão e a aplicação dos conceitos, destacando a importância das políticas públicas.
FORMAÇÃO INTEGRAL EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DO IFG
Pôster
Reis, M.L.1, Ribeiro, J.P.1, Santos, F.L.1
1 IFG Campus Goiânia Oeste
A formação técnica é um desafio e uma demanda em nosso país. Igualmente, o fortalecimento da Vigilância em Saúde no Sistema Único de Saúde aparece como ação estratégica no sentido de combater as desigualdades sociais, por meio do conhecimento sobre a dinâmica entre os Determinantes Sociais da Saúde e os problemas de saúde enfrentados pelas diversas comunidades e populações. Historicamente, a formação em Vigilância em Saúde ocorre de forma setorizada, priorizando determinada área específica conforme o contexto regional. Com vistas à necessária superação da fragmentação existente entre as áreas da vigilância epidemiológica, sanitária, em saúde ambiental e em saúde do trabalhador, bem como ao enfrentamento dos desafios encontrados na atuação da Vigilância em Saúde nos territórios, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás iniciou em 2016 a formação Técnica em Vigilância em Saúde Integrada ao Ensino Médio em Tempo Integral no Campus Goiânia Oeste. O currículo é projetado para estimular e promover a integração das áreas básicas do conhecimento (História, Sociologia, Filosofia, Matemática, Geografia, etc) com as áreas técnicas (Anatomia e Fisiologia, Bases conceituais das infecções, Saúde Coletiva, Promoção da Saúde e as quatro áreas da Vigilância em Saúde), por meio do ensino, pesquisa e extensão. Os estágios curriculares obrigatórios são realizados no âmbito municipal e estadual, oportunizando aprendizagens significativas em relação às competências dos diferentes entes federativos na compilação de dados, planejamento de ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos e de controle dos riscos, o que resulta em formação ampla consistente.
INFORMAÇÃO EM SAÚDE NA APS: GUIA DE SITUAÇÕES-PROBLEMA PARA A FORMAÇÃO INTERPROFISSIONAL
Pôster
Leandro, B. B. S.1, Martins, F. N.1, Reis, A. C1, Lopes, R. A. D.1
1 FIOCRUZ
Objetivo: Apresentar um guia de situações-problema utilizado para fomentar a reflexão individual e coletiva dos trabalhadores de nível médio e superior do SUS a respeito da temática da informação em saúde na Atenção Primária à Saúde (APS), enquanto elemento estratégico para a qualificação da epidemiologia nos serviços de saúde.
Método: Material pedagógico elaborado com base na experiência do Curso de Atualização Profissional em Informações e Registros em Saúde na APS, realizado em 2022. O Guia foi sistematizado ao longo de 2023, fruto do acúmulo e expertise dos profissionais da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Fiocruz, conjuntamente com trabalhadores da secretaria municipal de saúde de Piraí/RJ e da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
Resultado: O Material tem como base a realidade de uso dos sistemas de informações em saúde e prontuário eletrônico pelos profissionais da APS. É composto por sete situações-problema divididas em dois blocos: 1. informação em saúde e território; e 2. qualidade e segurança da informação em saúde. Dispositivo pedagógico em formato digital e aberto. Além das situações-problema, possui perguntas-orientadoras para problematização e orientações de uso educacional.
Conclusão: A utilização do guia se mostrou estratégica para a qualificação do debate e problematização da realidade entre os alunos, evidenciando a relevância do uso de metodologias ativas e dispositivos pedagógicos alinhados com o contexto de trabalho dos profissionais de saúde. O Guia também favoreceu o diálogo interprofissional a respeito do tema da informação em saúde na APS, evidenciando conceitos estratégicos para o aprofundamento teórico e técnico.
INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: FORTALECER O TEMA HANSENÍASE NA UNIVERSIDADE E ATENÇÃO PRIMÁRIA
Pôster
Rocha, R. N.1, Ferreira, N. N. L.1, Araújo, C. E. L.1, Rocha, A. M.2, Ramos, J. M. C. R.3, Nogueira, P. S. F.1, Costa, N. G. S.1, Souza, E. A.4, Barbosa, J. C.1, Araújo, M. C.1, Delerino, A. L.1, Ramos Junior, A. N.1
1 Universidade Federal do Ceará - UFC
2 Universidade Federal do Ceará - UFC / Netherlands Hanseniasis Relief – Brasil (NHR Brasil)
3 Universidade Federal do Ceará - UFC / Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza
4 Universidade Federal da Bahia
Relatar a experiência de ações estratégicas para fortalecimento da temática da hanseníase em Instituições de Ensino Superior (IES) e na Atenção Primária em Saúde (APS) em Fortaleza. Relato de experiência sobre ações de fortalecimento da hanseníase em IES e APS. Inclui: Atividades de fortalecimento da temática no âmbito de IES; Formação e educação permanente na APS; Seminários para discentes e profissionais da APS. Financiado pelo Ministério da Saúde e executado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), o trabalho conta com a parceria com a Netherlands Hanseniasis Relief Brasil e da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. As formações teóricas e práticas focaram em questões clínicas, epidemiológicas, operacionais e de estigma, sendo ministradas por profissionais vinculados à UFC, de janeiro a maio de 2024. A hanseníase foi incorporada ao Internato de Saúde Coletiva do curso de medicina da UFC, envolvendo 185 discentes, com sessões de matriciamento. Para a formação multiprofissional, houve articulação com interfaces junto a Ligas Acadêmicas. Na APS, 122 agentes comunitários de saúde (ACS) participaram de oficinas sobre busca ativa, estigma, preconceito e discriminação. Apoio matricial em hanseníase na APS foi implementado, envolvendo profissionais e unidades de saúde. Dois seminários foram realizados: um no janeiro Roxo, com 130 participantes, e o segundo para acadêmicos, promovendo a integração entre IES. Educação Permanente em Saúde, dispositivos de gestão do cuidado nos territórios da APS são estratégicos para fortalecer a temática da hanseníase em universidades públicas, proporcionando capacitação para o manejo clínico e diagnóstico precoce, fortalecendo parcerias e promovendo a produção científica.
INTEGRAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA EM EPIDEMIOLOGIA: A EXPERIÊNCIA DO INTERNATO EM SAÚDE COLETIVA
Pôster
Rocha, R. N.1, Ferreira, N. N. L.1, Sousa, G. S.2, Gomes, F. J.2, Lima, M. V. N.2, Gomes, V. S.3, Araújo, S. T.3, Araújo, C. E. L.1
1 Universidade Federal do Ceará - UFC
2 Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza - SMS
3 Secretaria da Saúde do Estado do Ceará - SESA
Objetiva-se relatar a experiência do Internato de Saúde Coletiva (ISCol), na formação em Epidemiologia de graduandos de medicina. O ISCol promove e capacita para compreensão dos determinantes sociais, análise crítica do SUS e atuação na promoção da saúde coletiva. Trata-se de um relato de experiência sobre o ISCol com perspectiva dialógico-participativa no processo de aprendizagem em Epidemiologia. As atividades iniciaram em junho de 2022, planejadas para aprimorar competências por imersão em cenários de prática dos serviços de saúde durante 1 mês. Contempla vivências na rede SUS, estimulando pensamento crítico-reflexivo com atividades teórico-práticas. O ISCol conta com 11 cenários de prática na gestão municipal e estadual, sendo 8 com imersão no campo da epidemiologia. ISCol possibilita integração ensino-serviço, além de desenvolver atividades relacionadas à vigilância em saúde, tratamento e interpretação de dados de sistemas de informação de saúde, investigação epidemiológica e desenvolvimento de produtos técnicos, como boletins e informes epidemiológicos, junto a técnicos e gestores. Há ainda Curso de manejo de dados, facilitado por profissionais da equipe. As experiências são reportadas em relatórios ao fim do estágio. Dentre as temáticas, abordam-se doenças transmissíveis, acidentes e violências, zoonoses, arboviroses e outros agravos importantes de saúde pública. A vivência em cenários de epidemiologia proporciona reflexões sobre determinação social da saúde, as dinâmicas sociais que afetam a saúde das comunidades, e outras temáticas sub-abordadas na graduação. Apesar dos desafios pelo distanciamento da assistência médica, ISCol permite formação de profissionais comprometidos com SUS, em trabalho interdisciplinar entre subcampos da Saúde Coletiva.
OBSERVATÓRIO DA INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇOS DE SAÚDE E O INTERNATO MÉDICO EM ATENÇÃO BÁSICA
Pôster
Lobato, J.C.P.1, Alexandre, G.C1, Oliveira, M.P.R.B1, da Silva Júnior, A.G.1, Tavares, A.O.1
1 ISC/UFF
Objetivos: Apresentar a experiência do Observatório da Integração Ensino-serviços de saúde do Estado do RJ (OIESS-RJ) com o internato médico em atenção básica em Niterói-RJ no período de janeiro a março de 2024.
Métodos: O OIESS-RJ é um projeto de extensão que visa identificar as demandas no campo da saúde coletiva para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Quatro unidades da Estratégia de Saúde da Família funcionam como local de atuação para o internato médico em Atenção Básica da Universidade Federal Fluminense. Em janeiro, como atividade do OIESS-RJ, foi realizado levantamento dos dados do eSUS: sexo, idade, raça/cor, ocupação e condições de saúde autorreferidas, para análise descritiva da situação de saúde nas unidades e elaboração de uma atividade educativa pelos internos.
Resultados e Conclusões: A análise dessas informações e as discussões em grupo permitiram identificar potencialidades e fragilidades do uso de Sistemas de Informação para o planejamento em saúde e desenhar um perfil sociodemográfico e de morbidade da população adscrita à unidade de saúde. A incompletude dos dados, possivelmente resultante do preenchimento inadequado do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) impossibilitou traçar um perfil fidedigno das populações cadastradas, mas revelou que mulheres negras, adultas e com hipertensão e/ou diabetes predominam em todas as unidades estudadas e, portanto, constituem-se em um grupo prioritário para ações em saúde. Esse exercício, embora não esgote a complexidade epidemiológica dos territórios, incentiva futuros médicos a registrarem adequadamente os dados nos prontuários e valorizarem o seu manejo para a qualificação do cuidado em saúde.
PARTICIPAÇÃO DE UM EPIDEMIOLOGISTA NOS CONGRESSOS BRASILEIROS DE EPIDEMIOLOGIA
Pôster
Silva, M.G.C. da1
1 Uece
Objetivo: relatar a experiência de um epidemiologista participante efetivo dos Congressos Brasileiros de Epidemiologia no curso de mais de três décadas, cobrindo o período de 1990 a 2023. Métodos: o levantamento dos dados foi realizado com base nos itens do curriculum vitae do autor na Plataforma Lattes e do currículo completo em word e em seus apontamentos pessoais de caráter memorialístico. Os dados colhidos foram dispostos em Planilhas do Excel, que serviram para ordenação e montagem de tabelas com apresentação em números absolutos e frequências relativas (%). Resultados: entre abril de 1983 e novembro de 2022, o autor tomou parte ativa, com apresentação de 215 trabalhos, em 23 congressos patrocinados pela Abrasco, dentre eles, as 11 (onze) edições do Congresso Brasileiro de Epidemiologia. Em todos os congressos da Epidemiologia compareceu com apresentação de 119 temas livres (TL), com uma média de 10,8 por evento, com variação de 3 a 23. Dos 119 TL, 59 (49,6%) foram oriundos de programas de pós-graduação, sendo 55 da Saúde Coletiva da UECE, contra 35 (29,4%) da graduação em Medicina. Apenas 22 (18,5%) foi o único autor, comportando destacar o compartilhamento de 429 autores/coautores, redundando em 3,6 por TL Nos II, IV, V, VII, IX e XI Congressos de Epidemiologia exerceu diferentes funções, como avaliador, coordenador de comunicações, apresentação de livros etc. Conclusão: trata-se do relato da participação de um epidemiologista em congressos da Abrasco que, no percurso 45 anos de atuação, provavelmente, concorreu amplamente para o ensino e a divulgação da Epidemiologia no Brasil.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NO PRONTO SOCORRO ODONTOLÓGICO DA UEL
Pôster
kasai, M.L.H.I.1, Finocchio, A.L.A.F.1
1 UEL
O Pronto Socorro Odontológico da Clínica Odontológica Universitária da Universidade Estadual Londrina (PSO/COU/UEL), é referência regional e presta serviços de urgências e emergências odontológicas diariamente à comunidade através do Sistema Único de Saúde (SUS). O atendimento é realizado por procura direta e pelo sistema de referência e contrarreferência. Objetivos: Elaborar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no PSO/COU/UEL no 2º semestre do ano de 2022, como Trabalho de Conclusão de Curso. Métodos: Estudo transversal, quantitativo e descritivo. Foram analisados os prontuários dos pacientes atendidos ao longo dos meses de julho a dezembro de 2022. Inicialmente foram coletados 2.928 prontuários. Destes, houve a exclusão de 305 do estudo, pois apresentavam dados faltantes, incompletos e/ou incorretos. Foram submetidos a análise 2.623 prontuários, cujos dados foram analisados numa planilha eletrônica do software Microsoft Office Excel®. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina/UEL, sob registro CAAE: 75729123.4.0000.5231. Resultados: Nos anos de 2021 e 2022, foram realizadas 20.507 consultas. No 2º semestre de 2022 os principais motivos de procura foram a dor de dente e fratura dentária. As mulheres foram a maior população atendida e da faixa etária dos 20 aos 49 anos de idade. Conclusões: A apropriação de conhecimentos epidemiológicos pelos estudantes de Odontologia são importantes componentes em qualquer política de formação. Concomitantemente, almeja-se otimizar o fluxo de pacientes atendidos rotineiramente pelo Pronto Socorro Odontológico da Clínica Odontológica Universitária, colaborando com a racionalização de gastos e a maior eficácia dos serviços ofertados.
PRECEPTORIA EM SAÚDE: UM RELATO DE EXPERÊNCIA NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES
Pôster
Araujo, J. M. A.1, Monte, A. C. P.1, Britto, A. M.1, Santos, G. M.1, Souza, J. A. N.1, Souza, K. P. S.1, Santos, J. M.1, Leite, A. C.1, Andrade, W. S.1, Costa, C. E. M.2, Silva, E. P. S.3, Ribeiro, M. F. P.4, Cardoso, M. R.1, Lira, M. B.5
1 Iª Gerência Regional de Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Vigilância Epidemiológica, Pernambuco, Brasil;
2 Iª Gerência Regional de Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Coordenação de Vigilância Epidemiológica, Pernambuco, Brasil;
3 Iª Gerência Regional de Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Coordenação de Vigilância em Saúde, Pernambuco, Brasil;
4 Iª Gerência Regional de Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Gerência, Pernambuco, Brasil;
5 Residente em Saúde Coletiva, Secretaria de Saúde do Recife, Pernambuco, Brasil.
Objetivo: Relatar a experiência da preceptoria em saúde coletiva nos programas de residências multiprofissionais no âmbito da vigilância epidemiológica das arboviroses. Método: Foram acompanhados cinco residentes de três Programas de Residências Multiprofissionais em Saúde Coletiva, entre 2022 e 2024, com rodízio na área técnica da vigilância epidemiológica das arboviroses, Iª Gerência Regional de Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco. Resultados: Foram trabalhados os aspectos fundamentais para a aprendizagem de conceitos na relação preceptor-residente e epidemiologia das arboviroses conforme preconizado pelo Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde. Houve a construção de planos de rodízio com planejamento de ações para o período das atividades, produtos e contribuições que os residentes deixaram para o setor, a fim de transpassar teoria, prática e saberes. Vivenciaram atividades de rotina com construção de diagrama de controle epidemiológico, acesso a Sistemas de Informações em Saúde, manejo de aplicativos estatísticos e de georeferenciamento, atividades de campo com investigação domiciliar e hospitalar de óbitos por arboviroses, visitas técnicas de apoio aos municípios, construção de oficinas e palestras, realização de cursos extracurriculares. Além disso, foram orientados três trabalhos de conclusão de residência, publicação de um artigo científico em periódico na área de epidemiologia com qualis A3 e seis resumos em congressos. Conclusão: A preceptoria se constitui em atividade que traz ao profissional de saúde reflexões de seus saberes e competências. Para os discentes, proporciona o enriquecimento do potencial para a formação crítica visando transformar a práxis dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde.
SESSÕES HÍBRIDAS DE APRENDIZAGEM: INSTRUMENTO DE DADOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS NO REDCAP
Pôster
Marques, L. P.1, Bueno, F. T. C.1, Salvi, C. C. B.1
1 Fiocruz
Objetivo: Aplicar sessões híbridas de aprendizagem (SHA) no ensino sobre instrumentos de pesquisa clínico-epidemiológica. Métodos: Conforme proposto pela The Global Health Network (TGHN), SHA combinam momentos síncronos mediados por tutor (presenciais ou online) com cursos assíncronos ou ferramentas online (oferecidos pela TGHN ou outras plataformas) para o ensino-aprendizagem de pequenos grupos, visando cobrir lacunas específicas nas capacidades de pesquisa em saúde. Aplicamos as SHA para desenvolver um programa de ensino sobre customização de instrumentos de coleta de dados clínicos e epidemiológicos no software REDCap (Research Eletronic Data Capture), voltado para discentes em Saúde Coletiva da Fiocruz-Pernambuco. Resultados: Entre novembro/2023 e janeiro/2024, sete discentes de graduação e doze de pós-graduação aceitaram participar e receberam um questionário pré-SHA. Entre os dezessete respondentes, apenas um já havia usado REDCap. O programa incluiu duas semanas de aprendizagem assíncrona intercaladas por uma semana presencial (três sessões baseadas, respectivamente, em duas aulas de recursos básicos e uma de recurso intermediário da Comunidade REDCap Fiocruz/UNASUS). Os discentes foram distribuídos entre três ofertas, que ocorreram em sala com múltiplas estações de computador e internet, com a facilitação de informata experiente em REDCap. No questionário pós-SHA, todos concordaram com o nível de dificuldade adequado do programa, e afirmaram interesse em se aprofundar e incorporar o REDCap à rotina de pesquisa. Na comparação pré-pós-SHA, quinze discentes autoavaliaram que o conhecimento passou de zero a 50% ou mais. Conclusões: SHA mostrou-se uma modalidade educacional imersiva e adequada para necessidade focal de um ecossistema de pesquisa em saúde, como aprendizagem em REDCap.
USO DA METODOLOGIA DE PBL NA DISCIPLINA DE EPIDEMIOLOGIA EM CURSOS DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE
Pôster
Florindo, A. A.1
1 Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
Despertar a importância da epidemiologia em cursos de saúde inovadores tem sido um grande desafio. O uso da metodologia de problem based learning (PBL) ou aprendizagem baseada em resolução de problemas coloca os alunos como protagonistas do processo e pode ser um caminho interessante. O objetivo deste resumo é descrever experiências do uso da metodologia de resolução de problemas na disciplina de epidemiologia de cursos de graduação da saúde da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Métodos: Este é um relato de experiência que está sendo feita ao longo dos últimos 10 anos nos cursos de Educação Física, Obstetrícia e Gerontologia. Os alunos são colocados como protagonistas no processo e partir da discussão de conceitos básicos, são orientados a buscar artigos científicos, realizar discussões em grupos e apresentar para os demais alunos em sala de aula. Por exemplo, no desenvolvimento do tema “estudos descritivos de prevalência”, os alunos são orientados a buscar pesquisas publicadas que acreditem que sejam interessantes na atividade física e saúde (Educação Física), na saúde do idoso (Gerontologia) e na saúde materno infantil (Obstetrícia). Resultados e Conclusão: Avaliações qualitativas de final de disciplina mostram que os alunos têm gostado da metodologia, porém, o grande desafio tem sido desenvolver a autonomia e protagonismo dos alunos e a diminuição do professor como foco central no processo de ensino-aprendizagem. As próximas etapas incluem a realização de um inquérito quantitativo com os alunos que já passaram pelos cursos nos últimos 10 anos.
USO DE METODOLOGIAS ATIVAS COMO FACILITADORAS DO APRENDIZADO DA EPIDEMIOLOGIA
Pôster
Santos, P. G. A. S1, Santos, P. G. A. S1, Santos, P. G. A. S1
1 UFBA
Objetivos: Facilitar o entendimento e incentivar o apreço pelo componente curricular de Epidemiologia entre os estudantes do 2º período do curso de Medicina. Métodos: Relato de experiência que documenta as vivências de sala de aula, como docente do componente, ocorridas de 14 de março a 25 de abril de 2024. As aulas abordaram os conceitos básicos da epidemiologia até a epidemiologia descritiva, utilizando a plataforma Canva para criar conteúdos visuais dinâmicos. A organização da sala em semicírculo favoreceu a participação dos estudantes. Foram resolvidas questões em sala e cada aluno foi estimulado a resolver no quadro, com auxílio dos colegas, além de dinâmicas para estimular o raciocínio lógico sobre os temas. Os alunos foram incentivados a utilizar recursos tecnológicos, como celular, tablet ou notebook, para buscar informações durante as aulas, como o último registro de um caso de raiva humana em Salvador/Bahia, visando identificar possíveis surtos. Também foram encorajados a acessar o site da Secretaria Municipal da Saúde para consultar os boletins epidemiológicos e explorar suas informações. Resultados: Os estudantes apresentaram uma perceptível aproximação com a epidemiologia, evidenciando maior interesse pela disciplina, o que se refletiu em uma participação ativa em todas as aulas. Nas atividades avaliativas, 94,4% dos alunos acertaram as 10 questões sobre morbidade e 88,9%, as 14 questões sobre mortalidade, demonstrando uma apreensão satisfatória do conteúdo. Conclusões: O uso de metodologias ativas e de recursos audiovisuais e interativos, associados a uma linguagem acessível, despertou interesse dos estudantes pela epidemiologia, promovendo um aprendizado mais imersivo e eficaz.
USO DE TRABALHOS DE CAMPO NA ESPECIALIZAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA APLICADA AOS SERVIÇOS DO SUS
Pôster
Moraes, C.1, Souza, P. B.2, Macario, A. M.2, Santos, D. A.2, Verotti, M. P.2, Moura, N. F. O.2, Silva, D. C. S.3, Duarte, M. M. S.3, Henriques, C. M. P.2, Silva, J. A. A.2
1 Fiocruz/Brasilia
2 Fiocruz/Brasília
3 DEMSP/SVSA/MS
Objetivo: relatar a experiência de concepção e execução de trabalhos de campo na formação da Especialização EpiSUS-Intermediário.
Métodos: descrição das etapas de definição do tema e local de estudo, submissão ética do protocolo de estudo, orientação dos profissionais cursistas na condução do trabalho em campo. Apresentação dos temas e técnicas amostrais utilizadas.
Resultados: Para cada turma da especialização, o tema e local dos trabalhos de campo são definidos em articulação com os gestores do SUS envolvidos, abordando problemas reais de saúde pública que são investigados por meio de inquéritos domiciliares. A coordenação pedagógica elabora o protocolo de estudo para apreciação ética e coordena o trabalho de campo. Os cursistas participam de todas as etapas de preparação, desenvolvimento e apresentação de resultados. O trabalho presencial tem duração de seis dias, nos quais são realizados ajustes no formulário, coleta, consolidação e análise dos dados; no último dia, os resultados são apresentados. Entre 2020 e 2024, as quatro ofertas do curso produziram 36 estudos epidemiológicos em todos os estados brasileiros. Foram realizados inquéritos domiciliares sobre dengue, COVID-19 e vacinação infantil, utilizando amostragem probabilística e não-probabilística, totalizando 10.355 pessoas entrevistadas.
Conclusões: Os trabalhos de campo realizados durante o curso promovem o “aprender fazendo”, permitindo uma atuação rápida e efetiva frente a ameaças à saúde pública, além de desenvolver habilidades de comunicação. O EpiSUS-Intermediário oferece experiência prática em epidemiologia de campo, garantindo uma força de trabalho mais qualificada e responsiva na vigilância em saúde, fortalecendo o SUS em todos os níveis.
USO DOS SIS NO DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO DE SAÚDE NAS PRÁTICAS DE INTEGRAÇÃO ENSINO SERVIÇO
Pôster
Silva, M. C1, Rocha, S.V.2, Vasconcelos, L.R.C2
1 UEFS/UESB
2 UESB
Objetivo: Relatar o uso dos dados do SISAB e do CAMAB na confecção de diagnóstico de situação de saúde no ensino da epidemiologia.
Métodos: Trata-se de um relato de experiência do ensino da epidemiologia nas Práticas de Integração Ensino Serviço Comunidade em um curso de medicina no interior da Bahia em uma universidade pública estadual. No diagnóstico situacional os estudantes aplicam estimativa rápida, observam o funcionamento da unidade de saúde, fazem passeio ambiental e analisam dados secundários de sistemas de informação.
Resultados: O levantamento de dados secundários é feito em uma oficina com um roteiro estruturado nos seguintes sites: https://sisab.saude.gov.br/ e https://www.saude.ba.gov.br/atencao-a-saude/dab/camab/. Os estudantes também analisam relatórios retirados direto do SISAB da ESF. Após esse processo, descrevem os dados em um relatório, apresentando-os em tabelas, calculam indicadores de saúde e analisam os resultados a partir dos dados da região de saúde, da Bahia e do Brasil transformando-os em informação. Destarte, identificam problemas que poderão entrar no planejamento local de saúde da USF.
Discussão: A oficina possibilitou aos estudantes aproximarem-se dos SIS com autonomia e capacidade de reproduzir a coleta de dados para outros locais. O levantamento em diferentes níveis do SISAB (local, estadual e nacional), permite aos estudantes identificarem os conflitos nos dados e as perdas de dados das suas ESF pela validação do Ministério da Saúde, bem como identificar determinantes sociais de saúde que possuem um subregistro no sistema.
Conclusão: A prática com os SIS na formação em saúde é fundamental para a melhoria dos dados em saúde.
CAPACITAÇÃO TABWIN A DISTANCIA APLICADA AO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
Pôster
Goto, D.Y.N.1, Doreto, A.J.1, Nasr, A.M.L.F.1
1 Secretaria da Saúde do Paraná
Objetivos: relatar a experiência de capacitação Tabwin a distância aplicada ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Métodos: implantação da estratégia de educação permanente a distância da ferramenta de tabulação de dados Tabwin aplicado ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)-Paraná, 2024. Curso autoinstrucional sem tutoria, carga horária: 30h, prazo de conclusão: 60 dias, promovido pela Escola de Saúde Pública do Paraná, Secretaria de Saúde do Paraná, Ministério da Saúde (ESPP-CFRH/SESA/MS). Resultados: O curso foi disponibilizado em 29/01/2024 na plataforma ESPPrvirtual, http://www.espprvirtual.pr.gov.br com inscrição aberta ao público, 352 alunos até 07/06/2024, possui cinco unidades: I-introdução ao programa; II-cálculo de indicadores para avaliação da qualidade dos dados; III-confecção de gráficos; IV-cálculo de indicadores epidemiológicos e integração com o TabNet e V-construção de mapas, 39 videoaulas com duração de cerca de cinco minutos cada, distribuídas em média, por cinco a seis aulas por Unidade, além de duas vídeos de boas-vindas. Os alunos realizam exercícios práticos em seus computadores, utilizando base de dados sem identificação. Das 26 avaliações de alunos concluintes sobre o curso, com graduação que varia de um (1) a cinco (5), o curso obteve a nota 4,5 com observações consideradas positivas: “muito bom, complexo, aplicabilidade, aprofundou conhecimentos para usar todas as funcionalidades, material muito bom, explicativo, proveitoso”. Conclusões: a implantação da estratégia de educação a distância demonstrou ser útil por permitir maior acesso a ferramenta de tabulação pelos profissionais de saúde, e demais interessados na extração e análise de dados epidemiológicos visando subsidiar decisões em saúde pública.