Programa - Sessão de Poster - Vacinação
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL E DOS CASOS CONFIRMADOS DE SARAMPO
Pôster
Pinto, E.E.1, Nunes, A.P.N.1, Ribeiro, G.C.1
1 UFVJM
Objetivo: analisar a cobertura vacinal e os casos confirmados de Sarampo nas Macrorregiões de Saúde de Minas Gerais entre os anos de 2016 a 2021. Métodos: trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo, o qual foi realizado considerando as 16 Macrorregiões de Saúde de Minas Gerais. As variáveis escolhidas para analisar a cobertura vacinal são: a Tríplice Viral (D 1 e D 2) e a Tetra Viral, e para os casos confirmados foram: raça e cor da pele, faixas etárias, sexo, escolaridade, evolução da doença e os critérios de confirmação. Resultados: nenhuma das macrorregiões alcançaram a meta preconizada para cobertura vacinal, sendo que as maiores coberturas da Tríplice Viral D2 foram no Sudoeste (90,61%) e no Triângulo do Norte (87,71%). Existe significância estatística entre os anos 2016 e 2021 em relação à queda da cobertura vacinal da Tríplice Viral D2, de modo que (p=0,000) variando a média de (89,66 a 67,48) e o desvio padrão (± 8,159 a ±7,938). Em relação aos 196 casos confirmados,191 evoluíram para cura e 5 destes foram ignorados. Os casos confirmados ocorreram nos anos de 2019 (n=160), 2020 (n=34) e 2021 (n=2). A maior parte tinha 1 a 4 anos (28,06%), sexo masculino (59,18%), da raça/cor branca (61,22%) e preto/parda (33,16%). Conclusão: fica evidente o aumento do número de casos de sarampo nas Macrorregiões de Saúde de Minas Gerais somado ao declínio da imunoprevenção.
AUMENTO DA COBERTURA VACINAL EM MARICÁ: MONITORAMENTO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Pôster
Linhares, S.R.S1, Chavão, A.C.A2, Rodrigues, L.D3
1 C. EST. E PESQ. CIENT. FRANCISCO ANTONIO DE SALLES
2 SMS Maricá
3 SMS Itaboraí
Objetivo: descrever as estratégias adotadas pelo município de Maricá para aumentar a cobertura vacinal. Métodos: relato de experiência sobre as ações realizada pela equipe técnica da secretaria municipal de saúde para aumentar a cobertura vacinal. As ações foram desenvolvidas entre fevereiro de 2022 a dezembro de 2023 e ocorreram em quatro momentos: 1º: realização de reuniões para analisar as informações de coberturas vacinais provenientes do prontuário eletrônico terceirizado utilizado nas UBS a fim de identificar as causas da baixa cobertura vacinal. 2º: revisão dos dados analisados e confecção de relatório técnico para a Secretária Municipal de Saúde. 3º: Planejamento e Organização do Plano de Ação. 4º: realização das atividades planejadas - contratação de profissional especializado no uso do e-Sus, treinamento da equipe responsável pelas capacitações, reunião com a Organização Social para informar sobre a obrigatoriedade do uso de e-Sus para registro da vacina a partir de maio de 2023 e treinamento da Equipe de Saúde da Família para registro no e-Sus Vacinação. Resultado: a partir do início da utilização do e-Sus, o município aumentou de forma expressiva a cobertura vacinal. Entre os principais destaques estão a vacina BCG, que subiu 38,50% em 2021 para 109,9% em 2022, consolidando a importância da estratégia para a melhoria dos indicadores de imunização. Conclusão: a experiencia contribuiu de forma efetiva para o fortalecimento do registro correto da vacinação, além de conscientizar a gestão municipal sobre a importância do uso do e-Sus como prontuário eletrônico do cidadão para ser utilizado na Atenção Primária à Saúde.
CAPACITAÇÃO DE ACS’S ACERCA DE IMUNIZAÇÃO COMO MEIO PARA ALCANCE DE COBERTURAS VACINAIS
Pôster
LIMA, M. V. C1, OLIVEIRA, K. K. D2, FREITAS, R. J. M.2, ARAÚJO, J. L2, RODRIGUES, P. S.2, BESSA, M.M1, LIMA, T. J. A.3, QUEIROZ, J. M.4, FERREIRA JÚNIOR, A. R.1
1 UECE
2 UERN
3 UFRN
4 UFERSA
Objetivos: Capacitar os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre imunização, visando aumentar a taxa de cobertura através da dispensação de conhecimentos com a comunidade para combate de Fake News e rompimento de tabus. Métodos: Trabalho do tipo relato de experiência que descreve uma intervenção realizada com 9 agentes de Saúde de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no interior do Rio Grande do Norte (RN) no ano de 2021. Resultados: A intervenção teve como atividades a entrega de questionário pré-teste (com antecedência) para avaliar os conhecimentos dos ACS a respeito de imunização e reações adversas. A posterior os ACS foram divididos em grupos e foram aplicadas as ações de aprendizado do tipo atividade de quebra gelo intitulada “Eu escolho você’’, atividade de conteúdo “Jogo da Vacinação” e a atividade de avaliação: “Esquema completo de imunização’’. Foram usados como materiais adesivos de seringas coloridas, painel com representação das faixas etárias, impressões em folha A4 dos questionários, moedas de chocolate e o projetor de powerpoint. Conclusões: Todos os ACS tiveram boa adesão quanto o momento e participaram ativamente. Conforme a atividade de avaliação apontou, esses tiveram evolução em seus saberes referentes a temática, e tornaram-se ainda mais capazes de retirar dúvidas e cativar ainda mais a população para a realização do procedimento de imunização de diversas vacinas.
COBERTURA VACINAL DA POLIOMIELITE NO BRASIL E EM MATO GROSSO NO PERÍODO DE 2016 A 2022
Pôster
Santos, R. V. A.1, Galvão, N. D.1, Evangelista, F. M1, Souza, R. A. G.1
1 UFMT
Objetivo – Descrever a cobertura vacinal da poliomielite no Brasil e em Mato Grosso
no período de 2016 a 2022. Métodos – Estudo ecológico descritivo, com dados de
imunização do Programa Nacional de Imunização (PNI), disponibilizados pelo
DATASUS, abrangendo as regiões do Brasil e as regiões de saúde de Mato Grosso. A
população do estudo compreendeu crianças menores de um ano de idade. A cobertura
vacinal foi estimada pela razão entre o número de doses administradas da vacina (vacina
inativada injetável/VIP, vacinas pentavalentes acelular/DTPa-VIP/Hib e vacinas
hexavalentes/DTPa-VIP-HB/Hib) e o número de nascidos-vivos, expressa como
percentual. Resultados – De maneira geral, notou-se aumento nas taxas de cobertura até
2019, com declínio em 2020 e 2021 e aumento em 2022. A Região Norte apresentou as
taxas mais baixas, enquanto a Região Sul as mais elevadas. Considerando as regiões de
saúde de Mato Grosso, estas apresentaram um padrão mais heterogêneo de distribuição,
mas comparando os resultados do início (2016) e do final da série (2022), observa-se
aumento da cobertura para a maioria das regiões, com exceção das Regiões Baixada
Cuiabana, Médio Norte Mato-grossense e Vale dos Arinos. A Região Garças Araguaia e
Baixada Cuiabana foram as que apresentaram as menores coberturas no período,
enquanto a Região Teles Pires os maiores valores da cobertura vacinal. Conclusões –
Os resultados apontam para desafios persistentes na manutenção da cobertura vacinal da
poliomielite, especialmente em contextos regionais específicos. A variação nos dados
sugere a necessidade de estratégias adaptadas para diferentes áreas, considerando
fatores socioeconômicos e eventos adversos, como a pandemia.
COBERTURA VACINAL DOS TRABALHADORES/AS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA E MÉDIA COMPLEXIDADES
Pôster
Porto, C.B.S.1, Lua, I.1, Pinheiro, E. S.1, Morais, A. C.1, Araújo, T. M.1, Lemos, L. M.1, Moreira, G.S.1
1 UEFS
Objetivo: Estimar a cobertura vacinal dos trabalhadores da saúde da atenção primária e média complexidade de municípios do interior da Bahia. Metodologia: Estudo transversal incluindo 1635 trabalhadores da saúde dos serviços de atenção primária (APS) e média complexidade, realizado em 2019. Foram analisadas variáveis demográficas, socioeconômicas e histórico vacinal. Resultados: Os resultados apontam que 82,1% (n= 1645) dos participantes haviam recebido a vacina da BCG, 65,2% (n = 939) da hepatite B, 50,3% (n = 710) da febre amarela (FA), 54,9% (n= 745) da rubéola, sarampo e caxumba (SCR), 30,8% (n= 451) da difteria e tétano (dT) e 82,1% (n= 1645) da influenza. Porém a cobertura vacinal foi de 81,3% para BCG, 65,2% para as três doses da vacina hepatite B, 88,2% para FA, 54,9% para duas doses da SCR, 71,9% para três doses ou mais da dT e 82,1% para vacina da influenza. Além disso, alguns problemas identificados merecem destaque, como 16% (n = 264) de receio da vacinação e 3% (n = 50) de ausência do cartão vacinal. Conclusão: As doses de vacinas recomendadas para adultos estão abaixo do considerado uma cobertura vacinal adequada, com destaque para as vacinas hepatite B e SCR. Recomenda-se a realização de mais estudos para uma melhor compreensão dos impactos dos fatores que podem estar relacionados à baixa cobertura vacinal, bem como o incremento de atividades estratégicas, como a educação em saúde, para aumentar essas coberturas.
DIAGNÓSTICOS DOS PACIENTES QUE RECEBEM IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS: ESTUDO ESPACIAL
Pôster
Barbosa, T. C. P.1, Rodrigues, R. N.1, Moreira, L. E. L.1, Martins, A. T.1, Oliveira, G. N.1, Assis, F. O.1, Bessa, A. M.1, Almeida, M. A.2, Oliveira, V. C.1, Guimarães, E. A. A.1
1 UFSJ
2 SESMG
Objetivos: Identificar a distribuição espacial dos diagnósticos clínicos predominantes entre os vacinados nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) em Minas Gerais. Métodos: Estudo ecológico a partir dos dados das fichas de solicitação dos imunobiológicos especiais (SI-CRIE) em Minas Gerais. O Microsoft Office Excel 2016 foi utilizado para verificar a consistência e a qualidade dos registros e para estimar as proporções (%) da variável “Diagnóstico Clínico”. A partir dos resultados foram construídos mapas coropléticos por meio do software QGIS, versão 3.34.1. Resultados: Observa-se uma distribuição heterogênea dos diagnósticos clínicos nos CRIE de Minas Gerais. Do total de diagnósticos avaliados, 03 (três) predominaram, sendo aqueles classificados como "outros" representaram 28,57% (n=4.160), concentrando-se especialmente nas macrorregiões Central e Norte. O diagnóstico de HIV + SIDA foi o segundo prevalente, com 25,24% (n=3.688), destacando-se principalmente nas macrorregiões Norte e Leste. E por fim, os casos diagnosticados com diabetes (7,61%; n=1.112), estes com aglomerações notáveis na macrorregião Central. Conclusões: A análise evidenciou que há distribuição heterogênea dos diagnósticos clínicos dos pacientes atendidos no CRIE, porém com sobreposição dos diagnósticos prevalentes, principalmente, na macrorregião Central do estado.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS ATENDIMENTOS DOS CRIE NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Pôster
Barbosa, T.C.P1, Bessa, A.M1, Moreira, L.E.L1, Martins, A.T1, Oliveira, G.N1, Silva, M.A1, Silva, M.A.A1, Cruz, L.C1, Oliveira, V.C1, Guimarães, E.A.A1
1 UFSJ
Objetivos: Analisar a distribuição espacial dos atendimentos realizados nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) de Minas Gerais.
Métodos: Estudo ecológico baseado nos dados das fichas de solicitação dos imunobiológicos especiais (n=15912) em Minas Gerais. O Microsoft Office Excel 2016 foi utilizado para verificar a consistência e qualidade dos registros e para estimar as proporções (%) dos atendimentos realizados pelos CRIE entre 2019 e 2022. A partir dos resultados foram construídos mapas coropléticos por meio do software QGIS, versão 3.34.1
Resultados: Os atendimentos foram geograficamente dispersos por todo o estado de Minas Gerais, com concentrações mais altas em determinadas regiões. As macrorregiões de saúde com maior número de indicações foram: Vale do Aço, Oeste e Centro, representando 20% (n=3136), 15% (n=2446) e 9% (n=1408), respectivamente. A Gerência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano foi responsável pela maior proporção de encaminhamentos, com 19,9% (n=3162), seguidas pelas Regionais Divinópolis com 15,5% (n= 2472) e Pouso Alegre com 10,7% (n= 1715).
Conclusões: A análise da distribuição espacial dos atendimentos nos CRIE de Minas Gerais revelou disparidades regionais, com concentrações mais altas nas regiões Vale do Aço, caracterizada por forte industrialização, e Oeste, conhecida por sua diversidade agrícola. Essas diferenças refletem possíveis desigualdades no acesso e demanda por imunobiológicos especiais. Além disso, essas disparidades podem ser atribuídas à localização geográfica dos CRIE, criando desigualdades no acesso e demanda por imunobiológicos especiais em regiões mais distantes.
ESTRATÉGIAS ADOTADAS NAS REDES DE OFERTA DE VACINAÇÃO NA CIDADE DE CAMAÇARI-BAHIA EM 2022.
Pôster
CARNEIRO ALVES, J. X.1, LEAL, J. A. L.1
1 UEFS
Objetivo: Descrever as estratégias adotadas no município da Bahia para ampliar a oferta e as coberturas vacinais em 2022.
Metodologia: Relato de experiência onde descrevemos ações adotadas pelas equipes de saúde do distrito sanitário da sede para incrementar e apoiar a recuperação das coberturas; e análise da série histórica das taxas de cobertura de alguns imunopreveníveis por meio de dados secundários gerados no SIPNI, DATASUS do município de Camaçari até o ano de 2022.
Resultados: Ampliação de horários de funcionamento das salas de vacina com unidades Saúde na Hora; Vacinação itinerante em áreas de difícil acesso; Implantação estratégica de estruturas de mobilidade como Drive Thru de vacinação; Estimular registro sistemático de dados vacinais nos sistemas oficiais, qualificando e maticiando equipes; Fortalecer integração da Vigilância Epidemiológica com Atenção Primaria no planejamento e operacionalização das ações de imunização no território; Promover Educação Permanente para profissionais; Evitar oportunidades perdidas de vacinação, corrigindo as falsas contraindicações, identificar esquemas em atraso e realizar a atualização; Integração das ações de vacinação com as Estratégias de Saúde da Família e dos ACS; Programa Saúde na Escola para integração e articulação permanente entre as políticas e ações de educação e saúde; Além de campanhas para atualização de caderneta.
Conclusões: Todas as ações descritas são estimuladas diariamente para as equipes da APS, sobre o monitoramento da Gerência de Vigilância em Saúde que objetiva em seu escopo fortalecimento das ações de vacinação com melhora na qualidade dos dados nos sistemas de informação, assim como, melhora dos números de vacinados.
IMPORTÂNCIA DA COBERTURA VACINAL E SUA RELAÇÃO COM A ELIMINAÇÃO DO SARAMPO
Pôster
SANTOS, V. A.1, COSTA, M. O.1, RIOS, P. A. A.1, BATISTA, D. K. C. D.1, PINTO, G. S.1, SANTOS, L. N.1
1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Objetivos: descrever a importância da cobertura vacinal e sua relação com a eliminação do sarampo no estado da Bahia. Métodos: estudo ecológico, de abordagem quantitativa. Para a obtenção dos dados secundários, utilizou-se como fonte o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), através do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Em seguida, fez-se a comparação entre a aplicação da primeira e a segunda dose da vacina Tríplice Viral (D1 e D2), entre os anos de 2012 a 2022, no estado da Bahia. Resultados: de maneira geral, observou-se que a partir do ano de 2016, a cobertura vacinal contra o sarampo diminuiu de maneira significativa. É importante destacar que houve uma consonância entre os dados verificados das duas doses da Tríplice Viral (D1 e D2), sendo que o ano de 2014 marcou o maior índice de cobertura (114.851 e 91.523, respectivamente), e o menor em 2021 (66.302 e 45.308, respectivamente). Outrossim, ao comparar a vacinação da primeira e da segunda dose, nota-se que o esquema vacinal não foi aderido da maneira correta, visto que em todos os anos comparados, a segunda dose teve um índice menor de cobertura. Conclusão: a diminuição da cobertura vacinal da Tríplice Viral (D1 e D2) tem influência direta no surgimento de novos casos de sarampo, pois para que haja a imunização completa contra a doença, é necessário que sejam administradas as duas doses da vacina, no intervalo correto.
MISSÃO GOTINHA ESTRATÉGIA DE IMUNIZAÇÃO EM UM MUNICÍPIO NA ILHA DO MARAJÓ, ESTADO DO PARÁ.
Pôster
da Silva, Y.Y.P1, Júnior, V.S.T1, Marques, F.A.C1, Leão, G.C.O2, Silva, H.R.C3, Pereira, A.F1
1 SESPA
2 SEMUSA
3 HMIB
Objetivos: Oportunizar, atualizar, resgatar, iniciar, fechar esquemas e o aumento da cobertura vacinal de localidades Quilombolas, sendo vacinas de rotina, campanhas e covid-19 do calendário vacinal. Métodos: Realizada entre os dias 11 e 21 de Dezembro de 2022, em 20 localidades de difícil acesso, público alvo crianças, adolescentes e adultos. Participaram 23 técnicos, suporte de 03 veículos que realizaram o deslocamento terrestre das equipes, insumos e imunobiológicos. A estratégia foi de 3 pontos de vacinação, sendo dois itinerantes nas localidades e um fixo localizado no porto da balsa, entres os municípios de Salvaterra e Soure, denominado de Barreira Sanitária. Além de contar com um aplicativo que registrava e acompanhava em tempo real os resultados da missão, através de um dashboard, o qual se teve acesso as informações coletadas. Resultados: Foram disponibilizados 8.034 doses, 4.462 foram aplicadas, um total de 1.726 pessoas imunizadas, tendo como percentual vacinado 56% do ofertado, predominantemente mulheres (981) e 745 homens, 46% se autodeclararam pardos, 27% quilombola, 12% negros e 11% não se autodeclararam. Os imunubiológicos mais utilizados foram, Influenza (1.165), covid-19 (854), Febre Amarela (591), DT (557), Tríplice Viral (447) e Hep B (413) doses. Conclusões: A missão gotinha possibilitou o acesso aos imunubiológicos em áreas restritas através de ações itinerantes e com adesão da população, a vacina da Janssen teve destaque pois com dose única foi possível vacinar a população e aumentar a cobertura vacinal para a doença, ressalta-se que a área é endêmica para febre amarela e já passou por suspeição de sarampo.
NÃO ADESÃO VACINAL EM TRABALHADORES/AS DA SAÚDE
Pôster
Porto, C.B.S.1, Lua, I1, Pinheiro, E.S.1, Morais, A.C.1, Araújo, T. M.1
1 UEFS
Objetivo: Avaliar motivos da não adesão vacinal em trabalhadores/as da saúde. Metodologia: Estudo transversal com amostra probabilística de 1.635 trabalhadores/as da saúde dos serviços de atenção primária (APS) e média complexidade de município baiano, realizado em 2019. Aplicados questionários no local de trabalho, incluindo informações socioeconômicas e vacinal. Resultados: Dentre os/as trabalhadores/as avaliados 10,5% não aderiu a vacinação de Hepatite B, 11,7% não aderiu a febre amarela, 14,3% não aderiu a tríplice viral, 7,7% não aderiu a dT, 18,7 não aderiu a BCG, 17,8% não aderiu a influenza. Dentre os motivos para não adesão, 46,4% (n=780) referiram ter dúvidas sobre vacinas, 9,2% (n=154) acreditam não ter risco de contrair doenças infecciosas, 12,4% (n=209) falta de tempo, 8,9% (n=149) por contraindicação, 21,8% (n=367) por questão de religião, 48,6% (n=817) por acesso à fake news, 49,0% (n=825) por medo de agulha, 37,3% (n=628) por falta de interesse, 34,5% (n=577) por não acreditar, 48,4% (n=814) medo de reações e 19,4% (n=326) por poucos estudos. Conclusão: Os motivos da não adesão vacinal apontam alta discrepância para não receber vacinas por dúvidas, fake news, medo de agulha e medo das reações. Recomenda-se a aplicação de atividades estratégicas, como educação em saúde para esclarecimento e desmistificação destes motivos e ampliação da cobertura vacinal.
VACINAÇÃO OPORTUNA: IMPORTÂCIA, AVALIAÇÃO E MELHORIAS NECESSÁRIAS
Pôster
Barbone, F. G. I.1, Andrade, T. I. X.1, Melo, B. S. O.1, Guimarães, V. C.1, Santos de Sá, F.2, Leão, T. F.2, Silva, L. M3, Viegas, S. M. F1, Oliveira, V. C1, Guimarães, E. A. A.1
1 UFSJ
2 Secretária Municipal de Saúde - Divinópolis/MG
3 UFLA
Objetivo: Analisar a oportunidade de vacinação da Pentavalente e Poliomelite (VIP inativada) de um município da Macrorregião Oeste de Minas Gerais. Método: Estudo descritivo com foco na qualidade dos dados do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC), software utilizado em todas as salas de vacina pertencentes a Atenção Primária à Saúde (APS). Como referencial teórico, utilizou-se as diretrizes Guidelines for Evaluating Public Health Surveillance Systems (CDC, 2001), que define a oportunidade como a velocidade entre as etapas do processo de um sistema de vigilância. Para este atributo, foi utilizada uma base de dados extraída do SIPNI gestão do período entre janeiro e dezembro de 2023 referentes as vacinas Pentavalente e VIP inativada. Dentre as variáveis, foram avaliadas: data de nascimento, terceira dose do esquema vacinal e data de aplicação. Foram consideradas doses oportunas se ≥ 80% da terceira dose de Pentavalente e VIP inativada aplicadas e registradas até 6 meses e 29 dias de vida; inoportunas se < 80% aplicadas e registradas após esse período. Para análise dos dados utilizou-se o Excel e o Python. Resultados: As vacinas Pentavalente e VIP inativada foram classificadas como inoportunas. Dos 2112 registros da terceira dose da vacina Pentavalente, 1080 (51,2%) doses foram administradas dentro do prazo de 6 meses e 29 dias. Enquanto para a vacina VIP inativada de 2123 registros, apenas 1088 (51,3%) foram aplicados no momento oportuno. Conclusão: Percebe-se um importante atraso vacinal, indicando a necessidade de intensificar ações para garantir a vacinação oportuna.
A EXPERIÊNCIA DA CAMPANHA DE VACINAÇÃO DA COVID-19 VOLTADA PARA JOVENS NO RIO DE JANEIRO
Pôster
Mello, C. M.1, Fiorito, P. C. F.1, Ferrari, C. O. F. Q.1, Avolio, P. C.1, Campos, B. G.1
1 SMS-RIO
Objetivos: Relatar a estratégia de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro para chamar atenção de jovens nas redes sociais, gerar engajamento e viralizar conteúdos, promovendo a vacinação deste público.
Métodos: Relato de experiência sobre a elaboração de campanhas de vacinação da covid-19 específicas para o público jovem, com posts que fazem referência a assuntos populares entre o público, a partir do uso de técnicas de comunicação, análise de dados fornecidos pelas plataformas de redes sociais e análise qualitativa de interações.
Resultados: A abordagem criativa atraiu a atenção da população e também da imprensa, que fez matérias sobre a campanha. Um dos momentos de alta foi entre 15 e 22 de agosto de 2021, com postagens criativas que faziam referência aos filmes de High School Musical, Vingadores da Marvel, animação Naruto, franquia de filmes e livros Jogos Vorazes e à boyband One Direction. O volume de seguidores adquiridos ficou em torno de 12 mil novas contas, sem impulsionamento de postagens.
Conclusões: O uso da criatividade aliada à credibilidade e à construção de imagem, juntamente com o emprego correto das técnicas de comunicação e de gestão de redes sociais, gerou uma identificação direta e rápida com o público, ao ponto dos usuários tomarem para si as postagens direcionadas às suas idades, e pedirem novas temáticas para as faixas etárias de vacinação que ainda não haviam sido contempladas. A campanha levou o tema da vacinação para mais pessoas - o que é fundamental para aumentar as coberturas vacinais.
ACESSO, COBERTURA E ABANDONO DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV, DISTRITO FEDERAL, BRASIL, 2013-23
Pôster
Melo, MS1, Souza-Minuzzi, TTC2, Soares, LM3, Santos, AD4, Raio, T2, Ribeiro, A2
1 Fundação Oswaldo Cruz e Universidade de Brasília
2 Fundação Oswaldo Cruz
3 Universidade de Brasília
4 Universidade Federal de Sergipe
Objetivos: analisar a tendência temporal do acesso, cobertura e abandono da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) no Distrito Federal, no período de 2013 a 2023. Métodos: estudo ecológico de base populacional e série temporal, empregando o método de Regressão Linear Segmentada (Joinpoint) dos indicadores de acesso, cobertura e abandono da vacina contra o HPV. Resultados e Conclusões: ao todo 705.823 doses foram administradas no período, sendo 484.386 (68,6%) no sexo feminino e 221.437 (31,4%) no sexo masculino. O acesso (MVPA=-4,6; IC95%: -8,3 a -3,8) e a cobertura (MVPA=-9,2; IC95%: -12,4 a -6,6) reduziram no período de estudo e o abandono cresceu (MVPA=14,1; IC95%: 11,5 a 20,0). Apesar da redução do abandono observada no sexo masculino (MVPA=-7,7; IC95%: -10,5 a -5,4), houve crescimento do abandono no sexo feminino (MVPA=8,9; IC95%: 4,8 a 13,2). As coberturas vacinais contra o HPV foram baixas no Distrito Federal, representando um desafiador problema de saúde pública, em especial, nos adolescentes do sexo masculino, que apresentaram os piores indicadores. Além disso, o aumento no abandono a vacina contra o HPV, sobretudo no sexo feminino, constitui um desafio adicional. Diante desse cenário, recomenda-se o fortalecimento das ações de vigilância em saúde direcionadas para ampliação das coberturas vacinais. Adicionalmente, destaca-se a relevância e necessidade de fortalecimento da implementação de estratégias educativas que promovam maior adesão à vacinação. As descobertas deste estudo podem apoiar o desenvolvimento de um plano estratégico direcionado à implementação de medidas destinadas a aprimorar a adesão à vacinação.
ALCANÇANDO A IMUNIDADE: ESTRATÉGIAS DE VACINAÇÃO FORA DOS CENTROS DE SAÚDE, VILA VELHA, ES
Pôster
Alves, M.F1
1 UFES e PMVV
Objetivo: Ampliar a oferta de vacinação com ações extramuros aos finais de semana, permitindo acesso em demanda livre para os munícipes. Metodologia: Relato de experiência baseado em ações de imunizações realizadas no município de Vila Velha (ES) que está dividido em cinco regiões administrativas de saúde, com população estimada de 467.722 pessoas. As ações foram propostas em pontos estratégicos da cidade como, por exemplo, Shoppings e eventos da cidade. Resultados: Apesar de se tratar de um município com pequena extensão territorial (210,225km²), é o segundo mais populoso do estado, com uma população diversa, envolta de inúmeros fatores socioeconômicos que interferem diretamente no potencial de conhecimento e acesso aos imunobiológicos, por isso, é recorrente as iniciativas que visam abraçar as comunidades mais periféricas, dando oportunidades de acessos para elas como, por exemplo, ações extramuros fixas aos finais de semana. Para a população, essa prática foi aderida na rotina, e conseguimos movimentar uma média de 300 a 400 doses por ação. São ofertadas vacinas de rotina e campanha. A equipe é estruturada com enfermeiro responsável, vacinadores, triagistas, motoristas, plantonistas na Rede de Frio. Com a medida, é possível destacar aumento na cobertura vacinal: Febre Amarela (2021: 43,22%; 2023: 67,26%); HPV meninos (2022: 59,24%; 2023: 87,06%). Conclusão: Destaca-se como benefícios o trabalho em equipe, fortalecimento de redes de apoio, ampliação de coberturas vacinais, visibilidade da imunização em pontos estratégicos e prática profissional em vacinação. E, os principais desafios enfrentados foram o desgaste físico do profissional, intempéries ambientais, fake News e movimento antivax.
ANÁLISE DA COBERTURA E TAXA DE ABANDONO CONTRA O SARAMPO NA BAIXADA SANTISTA - 2016 A 2021
Pôster
C, T.Y.1, P, M.D.1, E, R.T.2, S, E.C.1, B, L.M.1, P, Y.A.P1, M, L.C.1
1 UNISANTOS
2 UNAERP
Objetivo: analisar a cobertura vacinal (CV) e taxa de abandono da vacina contra o sarampo na Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) entre os anos de 2016 e 2021.Metodologia: estudo ecológico misto com uso de dados secundários de domínio público – DATASUS. Foram calculados e categoriazados a taxa de CV e taxa de abandono da vacina contra o sarampo por municipio e ano estudado, depois realizado análise descritiva, teste de qui quadrado, teste de Kruskall-Wallis, comparações de Dunn e análise de autocorrelação espacial por meio dos índices global e local de Moran e construção de mapas temáticos. Resultados: observou-se, no período de estudo, que poucos municipios da RMBS atingiram CV adequada na primeira dose da vacina e apenas um na segunda dose com alternância entre três municipios, Praia Grande, Santos e Itanhaém. A RMBS apresentou alta taxa de abandono e São Vicente o maior valor entre os anos estudados. Foram observados autocorrelação espacial negativa tanto na CV como na taxa de abandono nos anos estudados. Em 2018, houve associação espacial positiva para a taxa de abandono. Considerações Finais: a CV do sarampo apresentou tendência de queda nos anos estudados, mais acentuada na segunda dose e, consequentemente, as taxas de abandono foram altas face a imcompletude do esquema vacinal. A análise espacial possibilitou verificar áreas que precisam de mais atenção nas ações de vacinação.
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL CONTRA A COVID-19 NO ESTADO DE MATO GROSSO, 2021 A 2023
Pôster
Santos, L. K. L.1, Souza Neto, R. C.1, Berra, T. Z.2, Moura, H. S. D.2, Ferezin, L. P.2, Arcêncio, R. A.2, Emerick, L. B. B. R.1
1 UFMT
2 USP
Objetivo: Analisar a cobertura vacinal (CV) contra a Covid-19, no estado de Mato Grosso, de 2021 a 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, utilizando dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Dados populacionais foram obtidos por meio do Censo Demográfico de 2022, fornecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A CV foi calculada dividindo o número de vacinações registradas, estratificadas por idade e sexo, pela população correspondente e multiplicando o resultado por 100. Resultados: Entre 2021 a 2023, foi obtido 6.881.979 registros de vacinação contra a Covid-19, considerando o esquema vacinal completo. A cobertura vacinal para a primeira dose foi de 74,17% para o sexo feminino e 72,19% para o masculino, enquanto que para a segunda dose foi de 65,67% e 61,39%, respectivamente. Nas faixas etárias analisadas, a cobertura para a primeira dose superou 80%, exceto em crianças menores de 10 anos (25%) e adolescentes de 10 a 19 anos (77,1%). Para a segunda dose, a população acima de 50 anos apresentou mais de 80% de cobertura, enquanto as outras faixas etárias ficaram abaixo de 75%. Conclusão: Os resultados demonstram que a maior parte da população aderiu de forma significativa à vacinação contra a Covid-19, embora ainda existam lacunas significativas em faixas etárias mais jovens. É essencial intensificar as campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação completa para prevenir novas ondas e variantes do vírus.
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DE DTP NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2016 A 2021.
Pôster
Carvalho, V.S.1, Da Silva, F.L.C.1, Pinheiro, M.D.1, Pamplona, Y.A.P.1, Martins, L.C.1
1 Unisantos
Objetivo: Analisar a cobertura vacinal de DTP (difteria,tétano e pertussis) no estado de São Paulo entre os anos 2016 a 2021. Métodos: Estudo ecológico misto de análise espacial para investigar a cobertura vacinal contra a DTP nos 645 municípios do Estado de São Paulo durante o período de 2016 a 2021. Dados obtidos junto ao Banco de Dados do Sistema Único de Saúde. Informações de Saúde (TABNET). Os dados sobre doses aplicadas foram coletados no Sistema de Imunização (SI-PNI), enquanto informações sobre nascidos vivos foram extraídas do Sistema de Nascidos Vivos (SINASC), e dados de mortalidade infantil foram adquiridos no sistema de mortalidade (SIM). Para fins de mapeamento e análise espacial, uma base cartográfica digital foi obtida junto à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na análise espacial utilizou-se o software GeoDa versão 1.14 e a aplicação do Índice de Moran. Foi realizada a análise descritiva, e utilizados modelos lineares generalizados de regressão de Poisson. Resultados: A maioria dos municípios, 82,3%, apresentou cobertura entre baixa e adequada. Dentro da cobertura elevada os anos 2018 e 2019 apresentaram as menores taxas de cobertura, elevando-se novamente no ano de 2020, porém o ano de 2021 apresentou taxas extremamente baixas. Conclusões: Dentre os anos estudados a taxa elevada ficou em níveis praticamente constantes, atingindo no máximo 19,8%. Ainda observa-se cobertura baixa da DTP em alguns municípios do estado de São Paulo no período de estudo, sendo necessária a implantação de Políticas Públicas mais efetivas.
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DE HPV EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM MINAS GERAIS
Pôster
Julio, R. S.1, Pimenta, P. C.2, Luna, E. J. A.3
1 SES - MG
2 UNIS - MG
3 USP
Objetivo: Analisar a cobertura vacinal de HPV em pessoas vivendo com HIV/aids em uma macrorregião de saúde de Minas Gerais. Métodos: Estudo transversal, com amostra composta pelos casos de HIV/aids da macrorregião de saúde Sul do estado de MG, notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre 2007 e 2020, elegíveis para receber a vacina HPV desde a sua implementação no SUS. O Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI) forneceu dados da situação vacinal de HPV dos casos. A regressão logística foi utilizada para a identificação dos fatores associados ao desfecho ter esquema vacinal completo (três doses) para HPV. As variáveis independentes foram idade, sexo, cor, escolaridade, tempo de diagnóstico, categoria de exposição ao HIV e município onde se localiza o serviço especializado no tratamento do HIV. Resultados: Dos 1672 casos notificados no SINAN, 146 casos preencheram o critério para recebimento da vacina HPV e possuíam registro no SIPNI. Destes, 45,89% não tinham registro de dose da vacina, 26,03% tinham uma ou duas doses e 28,08% tinham o esquema completo. Foram incluídas na análise multivariada as variáveis: escolaridade, categoria de exposição e município de tratamento do HIV/aids, variável esta com cinco categorias. Permaneceu significativa a variável município de tratamento 4 (OR: 24,35; IC: 1,76 – 336,26) e 5 (OR: 49,48; IC: 4,33 – 565,03). Conclusão: O acesso ao serviço especializado que indica a vacinação foi determinante para a vacinação de pacientes com HIV/aids que estão em maior risco para evolução desfavorável da infecção pelo HPV.
ANÁLISE DE COBERTURA VACINAL E TAXA DE ABANDONO DA TRÍPLICE VIRAL EM RORAIMA
Pôster
RODRIGUES, L.J.S1, SILVA, L.F1
1 UFF
Objetivos: Estimar as coberturas vacinas (CV) e taxa de abandono para tríplice viral
para crianças menores de 2 anos, em Roraima. Métodos: Estudo epidemiológico
desenvolvido a partir da análise de dados secundários coletados no Sistema de
Informação do Programa Nacional de Imunizações. A busca no Sistema foi realizada
selecionando os imunobiológicos Tríplice viral (D1 e D2) e tetra viral, de 2014 a 2022.
Foi realizada a tabulação dos dados no TABNET, e exportados para o EXCEL.
Resultados: O Estado apresentou CV de 85,46%; 87,49%; 81,48%; 87,23%; 74,07%;
69,26%; 55,25%; 37,30%; 39,95% respectivamente para os anos de 2014 a 2022.
Quanto a taxa de abandono os anos de 2014, 2015, 2018, 2021, 2022 apresentaram
valores superiores a 10%, em 2019 obteve-se o percentual negativo (-7,09%) e
somente em 2017 a taxa ficou baixa (<5%). Conclusões: Diante da análise realizada
é perceptível o risco para doenças imunopreveníveis, o estado já enfrentou surto de
sarampo em 2018. Contudo, não alcançou CV de acordo com o estabelecido (95%)
em nenhum dos anos analisados, com decréscimo significativo durante e após a
pandemia covid-19. Em relação a taxa de abandono os valores ficaram concentrados
na alta taxa de abandono de vacinação, foi encontrada taxa de abandono negativa
com valor em 2019, podendo ser justificada por erro de registro e desatualização do
local de residência. Portanto, é fundamental o acompanhamento dos indicadores de
desempenho do Programa de imunizações como as coberturas vacinais e taxas de
abandono para elaborar plano de intervenções a curto, médio e longo prazo.
ANÁLISE DO PERFIL DA POPULAÇÃO IMUNIZADA CONTRA MONKEYPOX NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Pôster
Marques, R.V.1, Munan, E.S.1, Carvalho, I.M.1, Barros, W.B.1, Borges, E.L.P.S.1, Greffe, N.1, Aguilar, G.M.O.2
1 Coordenação do Programa de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (CPI/SVS/SMS-Rio)
2 Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SVS/SMS-Rio)
Objetivo: Descrever o perfil da população imunizada contra Monkeypox no Município do Rio de Janeiro. Métodos: Análise descritiva e retrospectiva das doses aplicadas com a vacina Varíola Bavarian Nordic no Município do Rio de Janeiro entre 27/03/2023 e 10/05/2024, contidas na Rede Nacional de Dados em Saúde e no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. Resultados: Foram aplicadas 2.141 doses, com 79,9% dos vacinados sendo homens e 72,0% na faixa etária de 20-59 anos. Imunocomprometidos receberam 56,9% das doses e profissionais expostos, 20,5%. A taxa de adesão foi de 72,1%, sendo maior entre as mulheres, com 75,5%. Conclusão: Os resultados revelaram adesão significativa indicando boa receptividade à campanha e efetividade da busca ativa para completar o esquema. A predominância masculina e a concentração na faixa etária de 20-59 anos sugerem possíveis padrões de exposição e comportamentais, indicando áreas específicas para direcionar futuras intervenções preventivas.
ANÁLISE DOS ESAVI COM A VACINA COVID-19 BIVALENTE, NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO EM 2023
Pôster
Souza, T.G.1, Costa, N.N.M.1, T. G.S.1, M.R.V.1, N.S.H.1, G.N.1, A.G.M.O.1
1 Secretária Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Objetivo: Descrever os casos notificados de Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI) de Covid-19 Bivalente, em 2023 no Município do Rio de Janeiro, a partir do início da Campanha de Vacinação Bivalente em indivíduos com 12 anos ou mais.
Método: Estudo epidemiológico, descritivo, com coleta de dados no e-SUS Notifica, de 24 de fevereiro a 31 de dezembro de 2023. Variáveis analisadas: vacina, classificação de gravidade, idade, desfecho e causalidade ESAVI grave. As doses aplicadas foram obtidas pelo Sistema de Registro de Vacinação (SRV) da SMS-Rio.
Resultados: Foram aplicadas 1.619.456 doses a partir de 12 anos e notificados 314 ESAVI (19,4/100.000), sendo 286 (17,7/100.000) não graves e 28 (1,7/100.000) graves suspeitos. Em relação à idade: de 12 a 59 anos 224 (71,3%), e acima de 60 anos 90 (28,7%). Dos 28 graves: 10,7% - Embolia e Trombose Venosa de veia não especificada e Acidente Vascular Encefálico; 7,1% - Paralisia de Bell, Dor em membro inferior e Pneumonia Bacteriana. Outros diagnósticos correspondem a 57,8%, com destaque para Hemiplegia e Síndrome de Guillain Barré com 3,6% cada. Causalidade: 02 inerentes ao produto; 11 conflitantes, 10 descartados e 5 em investigação. Desfecho: 301 (95,9%) com cura sem sequelas, 5 (1,6%) cura com sequelas que seguem em processo de reabilitação; 4 (1,3%) em acompanhamento e 4 (1,3%) perda de seguimento.
Conclusão: O perfil de ESAVI no MRJ, possui predomínio de eventos não graves com frequência de ocorrência rara (≥0,01 e <0,1). As evidências corroboram com os dados existentes sobre a segurança da vacina avaliada no estudo.
ANÁLISE ESPACIAL DA COBERTURA VACINAL DO SARAMPO NO ESTADO DE RORAIMA 2016-2022
Pôster
Valente, R.L.F1, Pinheiro, M.D.1, Pamplona, Y.A.P1, Martins, L.C.1
1 UNISANTOS
Objetivo: Analisar a dinâmica espacial da Cobertura Vacinal do Sarampo 1ª e 2ª dose em Roraima de 2016 a 2022. Metodologia: Estudo ecológico misto de dados secundários de domínio público. As doses aplicadas foram obtidas do sistema de informação do Programa Nacional de Imunização, os nascidos vivos foram obtidos do Sistema Nacional de Nascidos Vivos, e os óbitos no Sistema de Informação de Mortalidade do Departamento de Informática do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde. Foram calculadas as coberturas vacinais (CV) por imunobiológico. Foi realizada a análise descritiva, teste de Kruskal-Wallis e de comparações múltiplas de Dunn. Foi realizada a análise da dinâmica espacial por meio da análise de Moran. O nível de significância foi de 5%. Resultado: Observa-se que há diferença entre os anos de estudo (Teste de Kruskal-Wallis, p<0,001), pelo teste de comparações múltiplas de Dunn temos uma diminuição da CV a partir de 2020 (p<0,005). Apenas o ano de 2018, para a primeira dose, alcançou a meta preconizada de 95%, com média de 109,87, e a menor cobertura foi em 2020 (53,07) (p<0,05). Para a 2ª dose, temos 2017 com a maior cobertura (90,70) e a menor em 2021 (28,47) (p<0,05). Observou-se clusters de baixa cobertura vacinal na região de fronteiras. Conclusão: Excetuando a 1ª dose de 2018, nenhum dos demais anos atingiram o recomendado pelo PNI (95%) apresentando um risco elevado do retorno da doença e demonstrando a necessidade de políticas públicas mais eficazes.
ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA COBERTURA DA VACINA PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE CONJUGADA NO BRASIL
Pôster
Pungartnik, PC1, Berra, TZ1, Almeida, ABM1, Costa JLM1, Carreira, A1
1 IQVIA, São Paulo, SP
Objetivo: Identificar variações espaciais nas tendências temporais da cobertura vacinal da vacina Pneumocócica 10-valente conjugada (VPC-10) entre os municípios do Brasil. Métodos: Estudo ecológico com dados de cobertura vacinal da VPC-10 dos 5.570 municípios do Brasil, entre 2014 e 2023, provenientes do Sistema Nacional de Imunizações (SIPNI). A população foi obtida através do DATASUS. Para identificação dos municípios com variação espacial nas tendências temporais, foi utilizada a técnica denominada Spatial Variation in Temporal Trends (SVTT), através do Software SatScan 9.4. Resultados: Entre 2014 e 2023, o Brasil apresentou queda média de 12,44% ao ano na cobertura de VPC-10, e 2.859 (51.3%) municípios brasileiros apresentaram variação espacial na tendência temporal da cobertura vacinal, com queda na tendência temporal interna (TTI) e na externa (TTE) para os quatro clusters identificados. 29 municípios do estado do Pernambuco compõem o cluster com maior queda da TTI (-16.11% /ano). O cluster com segundo maior decréscimo compreende 31 municípios, 8 localizados na Bahia e 23 no Mato Grosso do Sul (TTI: -15.73%/ano e TTE: -12.40%/ano). 434 municípios concentrados entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais compreendem o terceiro cluster, com TTI: -14.33%/ano e TTE: -11.93%/ano. O último cluster de 2.365 municípios nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, apresentaram redução de TTI -11.41%/ano e TTE: -13.04/ano, com alguns estados inteiramente compreendidos neste aglomerado. Conclusão: A queda da cobertura vacinal VPC-10 na maior parte dos municípios brasileiros, demonstra riscos de retorno de doenças pneumocócicas, demonstrando necessidades de estratégias para recuperação da cobertura vacinal.
ANTICORPOS CONTRA O SARS-COV-2 NO SANGUE E NO LEITE DE LACTANTES PREVIAMENTE INFECTADAS
Pôster
Gama, K.1, Mazzoli, F.1, Rebelo, F.1, Marano, D.1
1 IFF/FIOCRUZ - RJ
Objetivo: Comparar o percentual de anticorpos com potencial neutralizante no leite e sangue de lactantes previamente infectadas e imunizadas para o SARS-CoV-2 com base no número de doses e tecnologias de vacinas empregadas.
Métodos: Foi aplicado um questionário padronizado e coletadas amostras leite materno e de sangue. Para a detecção de anticorpos na primeira etapa, foi utilizado o método de Ensaio Imunoenzimático (ELISA), considerando um nível de significância de 5% (p < 0,05). Na segunda etapa, a detecção será realizada através do Teste de Neutralização por Redução de 50% de Placas (PRNT50).
Resultados: O percentual de anticorpos foi maior no leite em comparação ao sangue de lactantes com infecção prévia para as variantes Wuhan e Ômicron (p < 0,001). O tempo de permanência dos anticorpos presentes no leite foi superior ao sangue, para ambas as variantes (p < 0,001). Observou-se diferença significativa na probabilidade da presença de anticorpos em função do tempo quanto às diferentes tecnologias de vacinas no leite (p < 0,001), mas não no sangue, para a variante Ômicron. Não houve diferença para a variante Wuhan.
Conclusão: Observou-se diferença significativa para anticorpos com potencial neutralizante no leite quando comparado ao sangue em relação à infecção prévia por SARS-CoV-2, mas não em relação ao número de doses recebidas. A proteção conferida pelos anticorpos no leite foi mais duradoura, ratificando o papel do leite materno na constituição do delineamento imunológico e proteção passiva aos lactentes e evidenciando necessidade de cumprimento do calendário vacinal de acordo com as recomendações existentes.
ANTICORPOS NEUTRALIZANTES PARA O SARS-COV-2 NO LEITE E NO SANGUE DE LACTANTES VACINADAS
Pôster
Mazzoli, F.1, Vieira, I.S.A.1, Vasconcelos, Z.1, Costa, A.C.C.1, Zuma, M.C.C.1, Alves, A.M.B.2, Pinto, P.B.A.2, Costa, S.M.2, Gama, K.1, Salvo, G.M.1, Santiago, A.C.M.3, Moreira, M.E.L.1, Marano, D.1
1 IFF/Fiocruz-RJ
2 IOC/LABIFIV/Fiocruz-RJ
3 Viva Rio
Objetivo: Comparar percentual de anticorpos com potencial neutralizante para as variantes Wuhan e Ômicron no leite e no sangue de lactantes imunizadas para o SARS-CoV-2 com base no número de doses e tecnologias de vacinas empregadas.
Métodos: Estudo transversal realizado entre abril e outubro de 2022, com 214 lactantes com 18 anos ou mais, residentes no Rio de Janeiro e vacinadas contra a COVID-19. Foi aplicado um questionário padronizado e coletadas amostras de 10 ml de leite materno e 5 ml de sangue. Para a detecção de anticorpos foi utilizado o método de Ensaio Imunoenzimático (ELISA). Foi considerado um nível de significância de 5% (p < 0,05).
Resultados: O percentual de anticorpos foi maior no sangue do que no leite para as variantes Wuhan (p < 0,001) e Ômicron (p < 0,001). No sangue, esse percentual foi maior entre as mulheres que receberam três ou mais doses: Wuhan (p = 0,018) / Ômicron (p = 0,010), todavia, a proteção conferida pelos anticorpos presentes no leite é mais duradoura. Observou-se diferença significativa na probabilidade da presença de anticorpos em função do tempo quanto às diferentes tecnologias de vacinas no leite (p < 0,001), mas não no sangue, para a variante Ômicron. Não houve diferença para a variante Wuhan.
Conclusão: Verificou-se proteção mais duradoura conferida pelos anticorpos presentes no leite. Ratifica-se a necessidade de cumprimento do calendário vacinal de acordo com as recomendações existentes, bem como a importância do aleitamento materno para garantir a saúde e proteção do binômio maternoinfantil.
ATIVIDADES DE VACINAÇÃO DE ALTA QUALIDADE: CAMPANHA MULTIVACINAÇÃO MUNICÍPIO DO RJ
Pôster
Greffe, N.1, Aguilar, G.M.O.1, Nascimento, M.F.J1, Borges, E. L. P. S.1, Rezende, R. T. C.1, Neres, S. H.1, Castro, M. P. O1
1 SMSRIO
Objetivos: Descrever as práticas, as etapas desenvolvidas com metodologia do Programa Nacional de Imunizações e os resultados obtidos. Métodos: Relato de experiência, no microplanejamento na campanha de multivacinação, de 23/08 a 15/09/2023 e dia “D” em 02/09, com análise de situação de saúde, elaboração dos planos locais, seguimento e análise dos resultados. Realizado inquérito situacional sobre parcerias locais, setores prioritários, infraestrutura, e outras, para elaboração do plano municipal, do nível local até central, com vacinação intramuros e extramuros, varredura vacinal, vacinação em domicílios e em instituições. Resultados: Com 1.337 equipes de ESF, elencados territórios prioritários, com 648 (prioridade 1), 590 (prioridade 2) e 99 (prioridade 3). Realizadas: 47 ações extramuros (27.481 doses), 120 varreduras (2881 doses), 1318 escolas visitadas (30.489 doses), 648 pontos de vacinação no Dia D (71.000 doses), 32 ações com VaciMóvel, resgate de 103.111 doses (crianças) e 38.462 doses (adolescentes). Das coberturas vacinais, após o microplanejamento, houve incremento em todas as vacinas, variando entre 27% a 43% de melhoria. O MRJ foi avaliado, pelo Ministério da Saúde, e cumpriu 100% dos critérios recomendados, com conceito (excelente). Conclusão: O microplanejamento de vacinação garante alta qualidade nas estratégias, com eficácia e oportunidade.
BENEFÍCIOS PERCEBIDOS NA VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA ENTRE TRABALHADORES(AS) DA SAÚDE
Pôster
Silva, S. B1, Melo, D.V1, Souza, F.O1, Araújo, T.M2
1 UFRB
2 UEFS
Objetivo: Analisar os benefícios percebidos na vacinação contra Febre Amarela (FA) entre trabalhadores(as) da saúde. Métodos: Estudo transversal com abordagem descritiva, realizado em 2019 no município de Santo Antônio de Jesus/BA, com 453 trabalhadores(as) da saúde de diversas categorias profissionais em efetivo exercício. Para análise das variáveis de interesse, realizou-se frequências absolutas e relativas através do SPSS, versão 22.0 para Windows. O estudo ocorreu mediante aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa sob parecer CAAE 90204318.2.0000.0053. Resultados: A maior parte dos(as) trabalhadores(as) da saúde consideram que a vacina previne a FA (63,1%), a vacinação permite a convivência com pessoas não vacinadas (70,2%), diminui as chances de faltar ao trabalho (72,2%), é benéfica (90,8%) e diminui o medo de adoecer (61,8%). Além disso, viajar também foi um motivo para a vacinação contra FA (89,2%). Conclusões: Os benefícios percebidos enquadram-se como relevantes motivos para a vacinação contra FA entre trabalhadores(as) da saúde. Assim, campanhas de vacinação nos meios de comunicação e no ambiente laboral desses trabalhadores(as) podem enfatizar os benefícios da vacinação contra FA para manter e/ou alcançar elevadas coberturas vacinais.
BUSCA ATIVA DE ATRASO VACINAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM IMUNIZAÇÃO
Pôster
Kassada, D.S.1, Carvalho, C.C1, Castro, G.B. de1, Amorim, Y.R. de S.1
1 UNICAMP
Objetivo: Descrever as ações de busca ativa e atividades educativas em saúde realizadas por estudantes de Enfermagem sobre a importância da imunização em crianças menores de 5 anos e adolescentes. Métodos: Estudo descritivo, baseado em relatos de experiência, conduzido por estudantes de Enfermagem e extensionistas do grupo "VigiON: Ações de Vigilância em Saúde articuladas com a Atenção Primária à Saúde e Comunidade" em um Centro de Saúde localizado no interior de São Paulo. Foi realizado um diagnóstico da baixa adesão às vacinas por crianças menores de cinco anos e adolescentes. Estratégias intersetoriais foram elaboradas para superar possíveis obstáculos nesse processo. O relato de experiência aborda o Projeto de Extensão no Centro de Saúde em colaboração com um Centro de Educação Infantil e uma Escola Estadual. Resultados: Foram analisados os registros de imunização de 169 crianças no Centro de Educação Infantil, das quais 151 (89,3%) apresentavam atraso no calendário vacinal. Já em relação à Escola Estadual foram analisados os registros de 53 adolescentes, dos quais 51 (96,2%) estavam com vacinas atrasadas. Com base nessa análise inicial, foi estabelecida uma data para a realização da vacinação no ambiente escolar, a fim de atualizar a situação vacinal dos alunos, essa ação possibilitou aumento da taxa de cobertura vacinal acima de 90% nas faixas etárias vacinadas. Conclusão: As baixas coberturas vacinais e o ressurgimento de doenças imunopreveníveis são problemas decorrentes de diversos fatores, como movimento antivacina, sistemas de informação deficientes, disponibilidade de imunobiológicos e acesso limitado.
COBERTURA VACINAL CONTRA O HPV EM NITERÓI SOB A PERSPECTIVA DO NOVO ESQUEMA DA VACINA
Pôster
Borges, L.L.1, Alexandre, G.C.2, Lobato, J.C.P.2, Tavares, A.O.3, Silva-Junior, A.G.4
1 UFF - Instituto de Saúde Coletiva - Departamento de Epidemiologia e Bioestatística - Psicologia
2 UFF - Instituto de Saúde Coletiva - Departamento de Epidemiologia e Bioestatística
3 UFF - Instituto de Saúde Coletiva - OIESS
4 UFF - Instituto de Saúde Coletiva - Departamento de Planejamento em Saúde
OBJETIVO: Descrever as coberturas vacinais contra o Papilomavírus humano (HPV) no município de Niterói no período de 2015 a 2021 conforme o esquema anterior de duas doses e o atual de dose única.
MÉTODOS: Estudo descritivo que utilizou dados do PNI extraídos do Tabnet no período de 2015 a 2021. O indicador escolhido foi a cobertura vacinal contra o HPV aos 15 anos de idade. Este indicador considera meninas que receberam a segunda dose, em qualquer momento, entre 9 e 14 anos como numerador e, como denominador, a população de meninas com 15 anos residentes no município de Niterói em 2021.
RESULTADOS: Em comparação à meta de 80% preconizada pelo Ministério da Saúde (MS), a cobertura vacinal contra o HPV, no esquema de duas doses, foi de 66,3%. Entretanto, ao considerarmos a recomendação atual, de dose única, e calcularmos o indicador a partir do número de meninas que receberam uma dose como numerador, a cobertura vacinal contra o HPV foi de 114,2% no município de Niterói no período estudado.
CONCLUSÕES: Entre 2015 e 2021, se analisarmos o esquema de duas doses, a cobertura vacinal contra o HPV no município de Niterói não atingiu a meta preconizada pelo MS. Porém, levando em consideração que, em 2024, a nova recomendação do MS para o esquema completo é de dose única, temos que a cobertura vacinal contra o HPV no município alcançou a meta estipulada, o que difere dos dados de adesão a pelo menos uma dose no Brasil (76,0%).
COBERTURA VACINAL DA 1ª DOSE DA PENTAVALENTE E CRIANÇAS ZERO-DOSES NO BRASIL (2013-2022)
Pôster
MORAES, E. S.1, SATO, A. P. S1
1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
Objetivo: Analisar a cobertura da primeira dose da vacina pentavalente (DTP, Hepatite B, Hib) nos municípios brasileiros de 2013-2022 e estimar essa população com zero-doses de vacina.
Métodos: Estudo ecológico, segundo municípios, descritivo da série temporal e distribuição espacial da cobertura da primeira dose da vacina pentavalente. Foram analisados fatores associados ao alcance da meta de cobertura vacinal em 2022 (95% ou mais) por meio de um modelo de regressão logística.
Resultados: As coberturas da primeira dose da vacina pentavalente a partir de 2018 no Brasil sofrem quedas, atingindo coberturas abaixo da meta de 95%, com um percentual de 87,00% em 2022. A estimativa de crianças com zero-doses de vacina foi de 439.877 (16,43%) em 2022.
Municípios da região Norte, Sudeste, Sul, tiveram menor chance de atingir a meta em relação a Centro-Oeste e os de maior tamanho populacional (OR: 0,43; IC95%: 0,34-0,53) e maior desigualdade social (OR: 0,72; IC95%: 0,58–0,89). Entretanto, houve maior chance nos municípios com maior IDH (OR: 1,29; IC95%: 1,04–1,62), maior cobertura de Estratégia de Saúde da Família (OR: 1,33; IC95%: 1,08-1,62) e maior número de salas de vacina por 100 mil habitantes (OR: 1,35; IC95%: 1,13-1,61).
Conclusões: Quedas heterogêneas das coberturas vacinais da primeira dose da vacina evidenciam a necessidade do fortalecimento do programa de imunizações e da atenção primária para estratégias e intervenções que promovam recuperação de coberturas elevadas e equidade no acesso.
COBERTURA VACINAL DA PENTAVALENTE DE UMA ÁREA PROGRAMÁTICA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Pôster
Almeida, A.C.G.B.1, Brasil, T. A.1, Fernandes, D.1
1 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro/ Divisão de Vigilância em Saúde da Coordenadoria Geral de Atenção Primária 3.3 (SMS-RJ/DVS CAP3.3)
Objetivo: Descrever a cobertura vacinal (CV) da pentavalente em crianças menores de um ano residentes de uma Área Programática (AP) do município do Rio de Janeiro (mRJ) entre 2016 e 2023. Método: Pesquisa quantitativa e descritiva cujo cenário de estudo foi AP 3.3 do mRJ. Os dados disponibilizados pelo Observatório Epidemiológico do Rio foram utilizados, pois se trata de uma ferramenta municipal com acesso público que divulga paineis epidemiológicos sobre doenças, agravos, nascimentos, mortalidade e CV do mRJ. Os dados selecionados foram CV de pentavalente em crianças menores de um ano residentes da AP 3.3 entre 2016 e 2023. Os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos de barras. Não houve conflitos éticos, pois o acesso aos dados é público. Resultados e Conclusões: Em 2016, a CV de pentavalente registrada para crianças menores de um ano residentes da AP 3.3 foi de 101,29%. Observou-se uma queda em 2019 com 52,93% e uma recuperação em 2023, com 92,86%, o que revelou um aumento da CV de 2019 para 2023 de 39,93 pontos percentuais.
COBERTURA VACINAL DA TRÍPLICE VIRAL DE UMA ÁREA PROGRAMÁTICA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Pôster
Fernandes, D.1, Brasil, T.A.1, Almeida, A.C.G.B.1
1 SMS-RJ/ Divisão de Vigilância em Saúde
Objetivo: Descrever a cobertura vacinal da tríplice viral em menores de dois anos residentes de uma Área Programática (AP) do município do Rio de Janeiro (mRJ) entre 2016 e 2023. Método: Pesquisa quantitativa e descritiva cujo cenário de estudo foi AP 3.3 do mRJ. Os dados disponibilizados pelo Observatório Epidemiológico do Rio (EpiRio) foram utilizados, pois se trata de uma ferramenta municipal com acesso público que divulgam painéis epidemiológicos sobre agravos, doenças, nascimentos, mortalidade e coberturas vacinais da cidade. Os dados selecionados foram as coberturas vacinais da tríplice viral (D1) em menores de dois anos residentes da AP 3.3 em 2016 e 2023. Os resultados foram apresentados em tabelas e/ou gráficos do tipo histograma. Não houve conflitos éticos uma vez que a fonte de dados é de acesso público. Resultados e Conclusões: Em 2016, a cobertura vacinal de tríplice viral registrada para crianças menores de dois anos residentes da AP 3.3 foi de 104,44%. Já em 2023, identificou-se uma proporção de 76,10%. A análise revelou a queda da cobertura vacinal nesse grupo prioritário.
COBERTURAS PARA VACINAS BCG E PENTAVALENTE NO CENTRO-OESTE E DISTRITO FEDERAL, 2012-2022
Pôster
Borges, J. V. R. T.1, Lemos, P. L1, Pavoni, J. H. C.1
1 UFR
Objetivos
Avaliar a cobertura vacinal (CV) e perda de seguimento (PS) para as vacinas Bacilo Calmette Guérin (BCG) e pentavalente (DTP/Hib/HB) em crianças menores de um ano, no Centro-Oeste e Brasília-DF.
Métodos
Estudo de série temporal, para avaliação da CV e PS, entre 2012 a 2022, das vacinas BCG e pentavalente. Utilizaram-se dados secundários em site de acesso livre do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A CV foi calculada por número de doses aplicadas dividida pelo número de nascido vivo no ano. Para perda de seguimento (PS) foi considerada a diferença entre o número de terceiras doses da pentavalente e o total de BCG. Aplicou-se o modelo de regressão linear de Prais-Winsten para análise de tendências das CV. As variações percentuais anuais (VPA) foram calculadas, com significância de 5%.
Resultados e conclusões
No geral, a análise de tendência demonstrou comportamento estacionário, exceto para Cuiabá, com tendência decrescente de CV para BCG (VPA= -4.54, p-valor= 0,010). Em Goiânia, a cobertura vacinal para ambas esteve abaixo da meta, indicando PS para completude vacinal. Campo Grande manteve CV acima de 90% para a BCG nos primeiros oito anos. Brasília teve a maior perda de seguimento em 2021 e 2022, com 37% e 48,3%, respectivamente. A redução nas CV está associada ao reaparecimento de doenças controladas anteriormente.
COBERTURAS VACINAIS EM CRIANÇAS DE SÃO PAULO E CAMPINAS: DADOS DE UM INQUÉRITO X SIPNI.
Pôster
Algodres, M. A.1, Moraes, J. C.1, França. A. P.1
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Objetivo: estimar a cobertura vacinal em nascidos no ano de 2017 e 2018 nos municípios de São Paulo (SP) e Campinas, segundo dados Inquérito de Cobertura Vacinal (ICV-2020) e do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Métodos: o ICV-2020 é uma coorte retrospectiva de base populacional e as coberturas vacinais (CV) foram calculadas com doses registradas na caderneta de vacinação, divididas pelo número de crianças e comparadas às doses aplicadas registradas no SI-PNI, divididas pelos nascidos vivos em 2017/2018. Para ambas as fontes de dados (ICV e SI-PNI) foram consideradas adequadas as CVs que atingiram 90% para BCG e rotavírus e 95% para as demais vacinas. Resultados: em SP, segundo o ICV, apenas duas vacinas atingiram as metas em 2017: BCG (91,7%) e rotavírus-1ªdose (90,6%) e, em 2018, cinco: BCG (93,4%), rotavírus-1ªdose (90,5%), meningocócica-1ªdose (95,1%), pneumocócica-1ªdose (95,3%) e 2ªdose (95,0%). Segundo o SIPNI, nenhuma das 23 doses que compõem o calendário atingiu a meta nas crianças da cidade de SP, em 2017 e 2018. Em Campinas, segundo o ICV, apenas a BCG atingiu a meta em 2017 (93,0%) e nenhuma em 2018. Segundo o SIPNI, nenhuma meta foi atingida na cidade de Campinas nos dois períodos. Conclusão: as coberturas estiveram aquém do preconizado pelas duas fontes e mais baixas ainda quando calculadas com os dados do SIPNI. A qualificação dos dados de imunização desenvolveu-se com o SIPNI, porém, é primordial que o sistema forneça estimativas mais precisas para monitoramento adequado da situação vacinal.
DESCENTRALIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE IMUNIZAÇÃO NA ATENÇÃO BÁSICA EM COMUNIDADES VULNERÁVEIS
Pôster
Maximo, P.V.F1, Elias, Y.S2, Silva, L.L.B3, Silva, M.A.F1, Costa,M.N1, Neto, J.A.A1, Morais, D.D1
1 Sec. Saúde de Várzea Alegre
2 UEPB
3 UFPI
Objetivos
Investigar a eficácia da descentralização dos serviços de imunização na atenção básica para superar barreiras de acesso em comunidades vulneráveis no município de Várzea Alegre.
Métodos
Foi realizado um diagnóstico detalhado das barreiras geográficas, socioeconômicas, culturais e estruturais que impedem o acesso à imunização. A metodologia incluiu a adaptação das estratégias de vacinação às necessidades específicas de cada comunidade, com a implementação de campanhas de vacinação em locais acessíveis e familiares.
Resultados
A descentralização dos serviços de imunização resultou em uma taxa de 100% de vacinação completa entre a população-alvo. Este sucesso se deve à eliminação de barreiras de acesso, como transporte e tempo, e à disponibilidade de uma variedade de vacinas para diferentes faixas etárias. A abordagem centrada na comunidade mostrou-se eficaz em alcançar e imunizar os membros mais vulneráveis da comunidade.
Conclusões
A descentralização dos serviços de imunização na atenção básica é crucial para garantir a equidade em saúde. Ao adaptar as estratégias de vacinação às realidades específicas das comunidades vulneráveis, é possível superar barreiras significativas e garantir que todos tenham acesso às vacinas. Isso não apenas protege os indivíduos, mas também fortalece a imunidade coletiva e contribui para sistemas de saúde mais resilientes e inclusivos.
DESCRIÇÃO DO ATRASO NA VACINA PENTAVALENTE NA AP 5.2 DO MUNICÍPIO DO RJ DE 2018 A 2022
Pôster
Rosa, M. N.1, Silva, A. G.1, Silva, L. S. S. L.1, Pinto, D. R.1, Borges, M. E.1, Rocha, A. J. S. M.1, Silva, L. R. M.1
1 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
O objetivo foi descrever o atraso vacinal da vacina de rotina Pentavalente, demonstrar a prevalência e apresentar as medidas de tendência central do atraso vacinal da vacina de rotina Pentavalente aplicada nos menores de 1 ano da AP 5.2 no município do Rio de Janeiro no período de 2018 a 2022. Realizou-se análise descritiva, utilizando o banco de dados do SI-PNI Web dos menores de 1 ano de idade com atraso vacinal, considerando as crianças não vacinadas na data prevista segundo a idade preconizada pelo calendário vacinal do Ministério da Saúde. Das 121.008 doses da vacina de rotina Pentavalente aplicadas no período do estudo, 88,7% das doses foram aplicadas com atraso, a maior prevalência de atraso vacinal foi de 87%, a média de atraso vacinal variou entre 9,9 e 42 dias e observou-se a maior mediana de dias de atraso vacinal, considerando o tipo de dose, na terceira dose e no ano de 2020 e a menor mediana na primeira dose e no ano de 2021. Este estudo demonstrou a prevalência de atraso vacinal nas três doses da vacina de rotina Pentavalente, a identificação do atraso vacinal visa a implementação de estratégias mais assertivas para oportunidade de vacinação no território, principalmente referente a terceira dose que apresentou as maiores tendências centrais, quando comparado com as demais doses. Sendo fundamental a vacinação infantil no primeiro ano de vida para a prevenção de várias doenças transmissíveis e redução do Coeficiente de Mortalidade Infantil.
DESIGUALDADES REGIONAIS NA COBERTURA VACINAL NO BRASIL: ANÁLISE DOS ÚLTIMOS 20 ANOS
Pôster
Ferreira, L. Z.1, Costa, F. C.1, Barros, A. J. D.1
1 Centro Internacional de Equidade em Saúde
Objetivo
Descrever a cobertura vacinal de crianças de até 12 meses e desigualdades regionais em relação à vacinação no Brasil.
Métodos
O estudo utilizou dados coletados das bases do Programa Nacional de Imunizações. As coberturas foram descritas em nível nacional e de Unidades da Federação anualmente de 2004 a 2024 (até Abril). Foram avaliadas as coberturas das vacinas BCG, Tríplice viral (vacina contra o sarampo, caxumba e rubéola), DPT (vacina contra difteria, tétano e pertussis) e VIP (vacina injetável contra a poliomielite). Desigualdades por região foram avaliadas através do desvio absoluto médio da média nacional (MADM).
Resultados
Observou-se, no Brasil, redução na cobertura vacinal para todas as vacinas investigadas, variando, em pontos percentuais, de 113.3 para 73.9 (BCG), 110.9 para 89.4 (Tríplice viral), 102.4 para 85.4 (DPT) e 104.3 para 85.4 (VIP), comparando 2004 e 2024. A redução na cobertura ao longo do tempo foi acompanhada de aumento nas desigualdades regionais, principalmente para BCG (MADM 7,1 em 2004 para 11,5 em 2024). Em geral, observa-se altos valores de desigualdade nos anos de 2016 e 2020 para todas as vacinas. Em 2020, as menores coberturas de VIP e DPT foram observadas no Amapá e Pará e da Tríplice viral no Amapá e Acre.
Conclusões
Observou-se, em geral, relação inversa entre a cobertura das vacinas BCG, Tríplice viral, DPT e VIP e as desigualdades regionais no Brasil, com redução na cobertura e aumento das desigualdades ao longo do tempo.
ESTRATÉGIAS COORDENADAS PARA RECUPERAR AS COBERTURAS VACINAIS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
Pôster
Aguilar, G.M.O.1, Cordeiro, C.R.1, Greffe1, Ferreira, A.S.B1, Carvalho, L.F.1, Serodio, R.C.1, Soranz, D.1
1 SMS RIO
Objetivos: Apresentar as estratégias adotadas no Rio de Janeiro para recuperação das coberturas vacinais, mediante as barreiras multifatoriais identificadas na diversidade demográfica, socioeconômica e geográfica do município.
Métodos: A análise dos fatores gerais e específicos que impactam na redução das coberturas vacinais identificou os principais obstáculos na população e nos serviços de saúde, permitindo que a atuação fosse definida com base em quatro eixos: barreiras de acesso, informação, qualificação e desinformação.
Resultados:A Superintendência de Vigilância em Saúde adotou estratégias abrangentes incluindo: criação de Super Centro Carioca de Vacinação abertos todos os dias de 8h às 22h; desenvolvimento de ferramenta de georreferenciamento de crianças com atraso vacinal para busca ativa; vacinação extra-muro em locais de alta circulação como shoppings, aeroportos e estações de metrô/trem; parceria com a Educação promovendo vacinação em mais de 1300 escolas; qualificação avançada em imunização para 1200 profissionais; publicação de guias técnicos para a rede de saúde e cartilha sobre vacinação de crianças com linguagem acessível para população; campanhas de combate à desinformação e fake news; além de estratégias para melhoria da informação nos sistemas de registro, liderando junto ao Ministério da Saúde projeto replicado em todo país. Com tais estratégias, em 2023 o município alcançou níveis de cobertura superiores à 80%, que não eram atingidos desde 2019.
Conclusões: A redução das coberturas vacinais é uma preocupação mundial resultante de múltiplos fatores. Para reverter este cenário e prevenir a reemergência de doenças imunopreveníveis é fundamental adotar abordagens abrangentes e coordenadas.
FATORES ASSOCIADOS À COBERTURA VACINAL COMPLETA EM CRIANÇAS DA REGIÃO SUDESTE, ICV 2020.
Pôster
França, A. P.1, Moraes, J. C.1, Guibu, I. A.1, Barata, R. B.1
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Objetivo: estimar a cobertura vacinal de crianças aos 12 e 24 meses nas capitais e em três outras cidades da região sudeste do Brasil e identificar fatores associados ao processo de vacinação. Métodos: trata-se de um recorte do inquérito de cobertura vacinal (ICV,2020), coorte retrospectiva da trajetória de vacinação de crianças nascidas em 2017/2018. As datas da aplicação de cada vacina foram obtidas por registro fotográfico da caderneta de vacinação e as características das famílias, das mães e das crianças foram registradas em questionário estruturado. Resultados: nos sete municípios 45,8%(IC95%:42,5-49,1) das crianças tinham cobertura vacinal completa aos 12 meses sem atraso (CVC12mSA). Crianças de famílias do nível C de consumo (OR=1,53;IC95%:1,04-2,23), cujas mães referiram possuir companheiro (OR=1,51;IC95%:1,07-2,12) e avós moravam no domicílio (OR=1,72;IC95%:1,21-2,44), tiveram maior chance de CVC12mSA; enquanto crianças de famílias da maior faixa de renda (OR=0,31;IC95%0,50-0,62), com mais de 3 filhos (OR=0,58;IC95%:0,38-0,88), que não utilizavam exclusivamente serviço público para vacinação (OR=0,46;IC95%:0,26-0,82) e que não frequentavam escola/creche (OR=0,70;IC95%:0,49-0,99) tiveram menor chance de CVC12mSA. Apenas 14,0%(IC95%:11,9-16,5) das crianças tiveram cobertura completa aos 24 meses sem atraso (CVC24mSA). Após análise ajustada, filhos de mães com 35 anos ou mais tiveram maior chance de CVC24mSA (OR=4,46;IC95%:1,48-13,41), enquanto crianças não vacinadas exclusivamente no serviço público (OR=0,45;IC95%:0,22-0,89), que eram de cor preta/parda (OR=0,66;IC95%:0,44-0,98) e cujos pais relataram dificuldades de acesso ao serviço de saúde (OR =0,11;IC95%:0,04-0,33) tiveram menor chance de CVC24mSA. Conclusão: as CVCs são heterogêneas e não atingiram as metas estabelecidas pelo PNI para o controle das doenças imunopreveníveis em nenhuma das cidades.
FATORES ASSOCIADOS À COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS DAS CAPITAIS BRASILEIRAS, ICV 2020.
Pôster
França, A. P.1, Moraes, J. C.1, Barata, R. B.1, Guibu, I. A.1
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Objetivo: identificar fatores associados à cobertura vacinal (CV) completa aos 6, 12 e 18 meses, sem ou com atraso em pelo menos uma vacina, em crianças nascidas em 2017-2018, residentes nas áreas urbanas das capitais brasileiras. Método: trata-se de inquérito de base populacional baseado em uma coorte retrospectiva no qual verificou-se o cumprimento do calendário vacinal proposto pelo PNI, a partir do registro fotográfico da caderneta de vacinação, e características da família, da mãe e relacionados ao processo de vacinação, obtidas em questionário estruturado. Resultados: a CV completa tolerando atrasos foi de 76,1% (IC95%:74,6-77,6), 70,3% (IC95%:68,6-71,9) e 59,9% (IC95%:58,3-61,5), aos 6, 12 e 18 meses, respectivamente. Sem atrasos, a CV completa foi de apenas 44,5% (IC95%:42,3-46,7), 23,9% (IC95%:22,0-25,9) e 11,2% (IC95%:10,0-12,6) aos 6, 12 e 18 meses respectivamente. Na análise ajustada, tiveram CVs maiores as crianças de famílias com renda entre R$3000-8000, do nível de consumo C e filhas de mães com ensino médio completo; e CVs menores as crianças do estrato socioeconômico mais elevado, que faziam parte de famílias com 3 filhos ou mais, que não frequentavam creche/escola e que os pais/responsáveis relataram dificuldades para levar ao serviço. Ter sido levada ao serviço e não vacinada por pelo menos uma vez, associou-se ao atraso vacinal em todos os períodos. Conclusão: ações para o acesso equitativo às vacinas em todos os níveis de governo são fundamentais para retomar os altos níveis alcançados em décadas passadas e minimizar o impacto do atraso vacinal.
FATORES ASSOCIADOS À PERCEPÇÃO DE MAIOR CONFIANÇA NAS VACINAS DO SETOR PRIVADO
Pôster
Araujo, J. F.1, Silva, S. A. G.1, Abreu, D. M. X.1, MAssote, A. W.1, Álvares, F. A. C.2, Falcão, K. M.2, Girardi, S. N.1, Campos, F. E.1
1 NESCON/UFMG
2 CONASEMS
Objetivo: Investigar os fatores associados à percepção de que as vacinas disponíveis no setor privado são mais confiáveis do que as oferecidas pelo SUS.
Métodos: Utilizamos dados de uma subamostra de 1.045 participantes de um survey representativo da população brasileira, com foco em responsáveis por crianças e adolescentes. A coleta foi feita por Entrevistas Telefônicas Assistidas por Computador (ETAC) em agosto de 2023. As análises incluíram estatísticas descritivas, testes de associação e regressão logística.
Resultado: Dos adultos entrevistados, 96% confiam nas vacinas, 92% no SUS e 85% no Programa Nacional de Imunizações. Entretanto, 20,5% consideram as vacinas para crianças e adolescentes disponíveis no setor privado mais confiáveis que as do SUS. Gênero e renda mostraram-se significativos, com homens e pessoas de renda mais baixa mais propensos a sustentar essa percepção. Ser homem aumentou em 90% a chance dessa percepção, enquanto renda entre 1 e 2 salários mínimos reduziu pela metade a chance, comparado à renda até 1 salário mínimo. Nenhuma outra variável foi estatisticamente significativa (p ≤ 0,05) no modelo, controlando por idade, escolaridade, região de moradia, condição do município e possuir plano de saúde.
Conclusão: A percepção de maior confiabilidade das vacinas privadas está associada ao gênero e renda. É essencial considerar essas variáveis ao elaborar políticas de comunicação para fortalecer a confiança nas vacinas oferecidas pelo SUS.
HESITAÇÃO E RECUSA DE VACINAÇÃO CONTRA COVID-19: ESTUDO NACIONAL, BRASIL, 2023
Pôster
Rezende, C. N.1, Macieira, C.1, Abreu, D. M. X.2, Machado, A. T. G. M.3, Massote, A. W.1, Araujo J. F.1, Araujo, S.1, Alvares, F.4, Falcão, K.4, Girardi, S. N.1, Campos, F. E.2
1 EPSM/NESCON/UFMG
2 NESCON/UFMG
3 FM/UFMG
4 CONASEMS
Objetivos
Investigar a hesitação e recusa de vacinação relacionada aos imunizantes contra COVID-19 na tanto na população em geral quanto entre pais ou responsáveis por crianças/adolescentes entre 0 e 17 anos.
Métodos
Realizou-se um survey online no ano de 2023 em uma amostra aleatória estratificada por estado, totalizando 2630 respondentes adultos, dos quais 925 eram responsáveis pela vacinação de crianças/adolescentes.
Resultados
A maioria dos entrevistados afirmou ter recebido a vacina contra COVID-19 (95.7%). Em relação à confiança nas demais vacinas ofertadas pelo SUS, 68,9% relataram que a confiança não se alterou após a vacinação para COVID-19, enquanto 20,3% afirmaram ter aumentado a confiança. Contudo, sobre a vacinação infantil, observou-se que 82,5% dos pais ou responsáveis por crianças de 0 a até 1 ano e meio não vacinaram suas crianças; na faixa etária de 1 ano e meio até 5 anos, a não vacinação foi para 50,8% e na faixa de 5 até 17 anos caiu para 15,3%. A decisão de não vacinar as crianças/adolescentes foi maior entre pais ou responsáveis com maior renda e escolaridade, a associação estatística foi relevante para a faixa de 5 até 17 anos (valor p <0,05).
Conclusões
Ainda que a adesão a vacinação tenha sido alta, uma porcentagem significativa de pessoas mostrou-se hesitante. Os pais ou responsáveis por crianças de faixas etárias mais baixas demonstraram maior resistência à vacinação, bem como pais ou responsáveis com maior renda e escolaridade. Os achados da presente pesquisa podem subsidiar campanhas de vacinação direcionadas a estes públicos específicos.
HESITAÇÃO VACINAL CONTRA A INFLUENZA E CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DOS IDOSOS
Pôster
Bacurau, A.G.M.1, Andrade, L.G.1, Francisco, P.M.S.B.1
1 UNICAMP
Objetivo: Verificar a hesitação vacinal considerando-se os motivos referidos pelos idosos para a não vacinação contra a influenza, de acordo com as características sociodemográficas e de saúde. Métodos: Estudo transversal, realizado com dados de idosos (≥ 60 anos; n=6.468) que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Estimaram-se as prevalências dos motivos da não vacinação agrupados de acordo com as categorias complacência, conveniência, confiança e outros , com respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). As associações foram verificadas pelo teste Qui-Quadrado de Pearson com correção de Rao-Scott e nível de significância de 5%. Resultados: Cerca de 28% dos idosos não receberam a vacina contra influenza em 2019. A complacência foi maior na região Sudeste (49,0%; IC95%:46,3-51,8), nos homens (52,7%; IC95%:49,8-55,6), nos que autodeclararam brancos (53,7%; IC95%:50,7-56,6) e autoavaliaram a saúde como boa/muito boa (55,9%; IC95%: 53,0-58,8). A conveniência foi mais prevalente na região Nordeste (38,0%; IC95%:32,2-44,3), nas mulheres (54,9%; IC95%:48,3-61,2), autodeclararados não brancos (65,6%; IC95%:59,3-71,4), autoavaliaram a saúde como regular (43,3%; IC95%: 37,0-49,9). A falta de confiança foi mais referida pelas mulheres (67,2%; IC95%:63,8-70,3). Verificou-se maior frequência dos motivos para hesitação entre idosos com 60 a 69 anos, com ensino fundamental incompleto/completo, nos casados e sem planos de saúde particular. Conclusão: Os motivos que levam à hesitação vacinal contra a influenza diferiram quanto as características sociodemográficas e de saúde dos idosos. Tendo em vista os benefícios da vacinação para a população idosa, esses diferenciais devem ser considerados nas estratégias e políticas públicas de saúde para ampliação da vacinação nestes subgrupos.
HESITAÇÃO VACINAL EM CRIANÇAS BRASILEIRAS
Pôster
Moraes, J.C.1, França, A.P.1, Domingues, C.M.A.2, Guibu, I.A.1
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
2 pesquisadora independente
Avaliar a hesitação vacinal dos responsáveis pelas crianças brasileiras até 24 meses de idade . Para identificar esta hesitação e suas razões para a não vacinação em crianças, foi realizado um inquérito domiciliar de amostras de crianças nascidas em 2017 e 2018 e residentes nas áreas urbanas de todas as 27 capitais do pais, estratificadas por nível socioeconômico dos setores censitários. O tamanho da amostra foi 31028. Os dados foram registrados de forma digital com questões sobre a decisão de não vacinar e quais as razões para isso, importância das vacinas na saúde da criança, medo de reações adversas, a necessidade de vacinar contra as “doenças eliminadas”, e dificuldade de acessar serviços de vacinação. A cobertura vacinal em menores de 1 ano de vida foi menor em crianças cujos pais disseram que tinham medo de reações mais graves, quem decidiu não dar uma ou mais vacinas e quem teve dificuldades para levar sua criança a um local de vacinação. Medo de reações vacinais graves foi maior em mães com menos de 35 anos, com nível de escolaridade baixa e quando a criança era o terceiro filho ou mais . Pais ou responsáveis em famílias com maior nível de consumo familiar relataram maior necessidade de manter a vacinação contra doenças controladas, e aqueles com menor nível de consumo familiar tiveram a maior proporção de crianças trazidas ao local de vacinação que não foram vacinados por questões operacionais. A hesitação vacinal está associada com o decréscimo da cobertura vacinal em crianças.
HOMOGENEIDADE DA COBERTURA VACINAL NA REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA - SÃO PAULO
Pôster
Pinheiro, M. D.1, Pamplona, Y. A. P.1, Bernardes, L. M.1, Martins, C. C.1
1 UNISANTOS
Objetivo: Analisar a homogeneidade da cobertura vacinal de crianças com até 1 ano moradoras na Região Metropolitana da Baixada Santista entre 2016 e 2022. Métodos: Estudo ecológico misto, com dados secundários de domínio público. Informações sobre doses aplicadas foram obtidos do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização, nascidos vivos obtidos do Sistema de informação de nascidos vivos e óbitos do sistema de informação de mortalidade do banco de dados do departamento de informática do SUS. Foram calculadas as coberturas vacinas (CV) por imunobiológico de todas as vacinas aplicadas às crianças de 0 a 1 ano de idade. Em seguida foi calculada a homogeneidade intramunicipal foi calculada considerando-se no numerador o numero de vacinas com cobertura adequada para determinado município e ano, e no denominador o numero total de vacinas para o mesmo município e ano multiplicado por 100. Considerou-se a meta preconizada pelo COAP que considera homogeneidade adequada quando a cada vacina alcança a meta >= 75% das vacinas avaliadas. Resultados: Observa-se que a RMBS apresentou homogeneidade da cobertura vacinal não adequada no período do estudo, sendo que apenas os municípios de Santos e Peruíbe apresentaram taxa de homogeneidade adequada na maior parte dos anos estudados. Conclusões: Medidas devem ser tomadas para melhorar a CV nos municípios da RMBS.
IMPACTO DA VACINAÇÃO NA COBERTURA VACINAL E INCIDENCIA DO SARAMPO NO BRASIL (2010-2019)
Pôster
Santana, L. O. B.1, Cavalcante Filho, J. N.2, Nhamuave, E. A.3, Vilar, M. E. M.3, Barreto, F. R.3
1 UFBA, Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – Ministério da Saúde
2 Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente – Ministério da Saúde
3 UFBA
Introdução: Apesar dos avanços no controle do sarampo, a manutenção da transmissão endêmica do vírus preocupa quanto ao seu restabelecimento.
Objetivo: Avaliar o impacto da vacinação de rotina e campanhas de seguimento, na cobertura vacinal (CV) e na incidência do sarampo no Brasil.
Métodos: Estudo espaço-temporal. Analisou-se a associação entre CV da vacina tríplice viral, aplicada na rotina dos serviços de saúde e nas campanhas de seguimento, e a incidência do sarampo no Brasil, 2010-2019. A CV foi analisada segundo UF e região e a homogeneidade da CV segundo região.
Resultados: Foram confirmados 32.032 casos de sarampo no Brasil (incidência 1,58/100.000 hab.), dos quais 95,7% concentraram-se em 2018 e 2019. São Paulo com 18.065 casos (56,40%) e Amazonas com 8.795 (27,46%) registraram os maiores números. A região Norte apresentou maior incidência (5,52/100.000 hab.), seguida do Sudeste (2,20/100.000 hab.). A faixa etária de menores de 1 ano, apresentou maior incidência (20,16/100.000 hab.), seguida por crianças 1 a 4 anos (3,60/100.000 hab.). Observou-se baixas e heterogêneas coberturas vacinais no país, com queda acentuada a partir de 2016. Para a segunda dose da vacina, a meta não foi alcançada em nenhum ano do período. Em 2014 a meta da campanha de seguimento não foi atingida, e houve aumento do número de casos.
Conclusão: Constatou-se redução da cobertura vacinal, população suscetível, principalmente de 15 a 29 anos, registro de casos de sarampo em todas as faixas etárias e aumento da incidência. A baixa homogeneidade demonstrou fragilidades de vacinação e influenciou no comportamento do sarampo.
IMUNIDADE HUMORAL E CELULAR AO SARAMPO 8 ANOS APÓS 1ª DOSE DA VACINA TRÍPLICE VIRAL
Pôster
Kegele Lignani, Letícia1, Oliveira, Raquel de Vasconcellos Carvalhaes de2, Santos, Eliane Matos dos1, Maia, Maria de Lourdes de Sousa1, Melo, Enirtes Caetano Prates3
1 Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos/Fiocruz
2 Instituto Nacional de Infectologia/Fiocruz
3 Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz
Objetivos: Avaliar níveis de anticorpos neutralizantes contra o vírus do sarampo genótipo D8 e a persistência da imunidade humoral e celular em crianças, oito anos após primeira dose da vacina sarampo, caxumba e rubéola (SCR).
Métodos: Estudo clínico longitudinal, não controlado, realizado em 2020 no Rio de Janeiro. Comparamos concentrações de anticorpos em soro de 113 participantes, coletados em 2012, 30-45 dias após primeira dose da vacina SCR, armazenadas em biorrepositório (amostras pós-vacinação), com amostras pareadas coletadas em 2020 (seguimento). Determinamos concentrações de anticorpos IgG por ELISA e anticorpos neutralizantes por teste de neutralização de placas, frente ao genótipo D8 e ao vírus atenuado (cepa Schwarz). Em células mononucleares do sangue periférico (PBMC) das amostras de seguimento, realizamos ensaios de células secretoras de IFN-γ (ELISpot); células B e T de memória (citometria de fluxo); mediadores imunológicos (microarranjo líquido multiplex).
Resultados: Observamos menores níveis de anticorpos nas amostras de seguimento, contudo, 100% desses soros neutralizaram o genótipo D8, e 97,3% o vírus atenuado. 92% das amostras de PBMC secretaram IFN-γ após estimulação antigênica. Proporções de células B de memória foram maiores nas amostras com maiores níveis de anticorpos neutralizantes; efeito não observado sobre células T CD4+ e CD8+ de memória. Observamos maiores níveis de IL-2, TNF-α e IL-10 no sobrenadante das PBMC após estimulação antigênica.
Conclusão: Demonstramos níveis sustentados de anticorpos neutralizantes contra o genótipo D8 do vírus do sarampo, consistentes com a proteção da vacina SCR, por até oito anos após a vacinação, bem como persistência da resposta imune celular.
IMUNIZAÇÃO NA INFÂNCIA DE ACORDO COM A POSSE DE CELULAR: ANÁLISE MULTIPAÍSES
Pôster
Costa, F. S.1, Santos, T. M.1, Silva, L. A. N1, Barros, A. J. D.1, Victora, C. G.1
1 UFPel
Objetivo: Avaliar o possível impacto de alcançar crianças não vacinadas, cujas mães ou domicílios possuem telefone celular, nas desigualdades de riqueza em relação à vacinação, em países de baixa e média renda. Métodos: Trinta e sete inquéritos DHS (Demographic and Health Surveys) publicados após 2010 foram selecionados. O desfecho foi zero-DPT em crianças entre 12 e 23 meses (vacina contra difteria, tétano e pertussis), estratificado por quintis de riqueza. Desigualdades foram calculadas para 0% e 100% e a interpolação linear forneceu valores intermediários de zero-DPT se 25%, 50% ou 75% das crianças cujas mães ou domicílios têm celular fossem vacinadas. O Índice Angular de Desigualdades (IAD) foi calculado para cada cenário. Resultados: A prevalência combinada de zero-DPT nos 37 países foi 12,6% (IC95% 12,2;13,1). 78,8% dos domicílios com crianças zero-DPT e 31,7% de suas mães possuíam celular. Se uma intervenção focalizada no celular da mãe fosse 25% efetiva, a prevalência de zero-DPT cairia para 11,8%, e para 10,2% se o celular fosse do domicílio. Com efetividade de 100% estes percentuais seriam de 9,3% e 2,8%. Uma intervenção baseada no celular da mãe não modificaria marcadamente as desigualdades de zero-DPT em termos de riqueza (-18,2 pontos percentuais (pp) em 0% e -18.7 pp em 100%). Por outro lado, se baseada no celular do domicílio, a intervenção reduziria as desigualdades, com IAD de -18.2 pp em 0% e -9.4 pp em 100%. Conclusões: A prevalência e desigualdades para zero-DPT poderiam ser reduzidas através de intervenções efetivas empregando o celular do domicílio.
INCOMPLETUDE VACINAL EM MENORES DE 2 ANOS CADASTRADOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Pôster
Goulart, L. S.1, Prá, K. C.D.1, Bonfim, P. L. L.1
1 UFR
Objetivos: avaliar a incompletude vacinal em crianças menores de 2 anos de idade adscritas aos territórios da Atenção Primária à Saúde do Município de Sorriso, MT. Métodos: estudo transversal, com amostra probabilística de 355 pais ou responsáveis de criança menores de 2 anos de idade cadastradas na Estratégia Saúde da Família da área urbana no município de Sorriso, MT. Os dados foram coletados nos domicílios através de um questionário estruturado. Considerou-se vacinação incompleta a criança que apresentou em sua caderneta de vacinação uma ou mais vacinas em atraso. Aplicou-se regressão logística para avaliar associação entre incompletude vacinal e as caractarísticas socioeconômicas e demográficas da criança e família. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Rondonópolis, parecer Nº 5.891.237. Resultados: O esquema vacinal incompleto foi de 22,2% (IC95% 17,92-26,58). A média de idade das crianças era de 12 meses (mínimo de 01 mês e máximo de 23 meses), maioria do sexo masculino (52,1%) e raça/cor parda (66,1%). As características socioeconômicas e demográficas que mostraram-se associadas à vacinação incompleta foram crianças maiores de 12 meses de idade (OR 2,87; IC95%, 1,62-5,07); filhos de mães sem companheiro (OR 2,49; IC95% ,1,01-6,16) e residir em domicílio com 5 ou mais pessoas (OR 2,49;IC95%,1,60-5,09). Conclusões: Deve-se realizar ações que busquem ampliar a completude vacinal infantil no âmbito da Atenção Primária à Saúde, sobretudo, no primeiro ano de vida da criança.
MÉTODO DE DESLOCAMENTO TEMPORAL DO DENOMINADOR PARA CÁLCULOS DE COBERTURA VACINAL
Pôster
Schrarstzhaupt, I. N.1, Oliveira, T.M.2, Souza, H. R.2, Freitas, W.S.2, Morais, E.M2, Lima, B.B.2, Santos, G.R.2, Hott, C.E.2, Diaz-Quijano, F.A.1
1 Faculdade de Saúde Pública - USP
2 Ministério da Saúde (NGI/DPNI/SVSA)
Objetivo: O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece atualmente acesso universal e gratuito de vacinas destinadas a todas as faixas-etárias, além de campanhas anuais de vacinação. Neste sentido, para avaliar as ações de vacinação do país, utiliza-se o indicador de Cobertura Vacinal que estima a proporção da população-alvo vacinada e supostamente protegida para determinadas doenças. Nosso objetivo é avaliar o deslocamento temporal dos denominadores utilizando os dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC).
Métodos: É calculado com a utilização, no numerador, do total daquelas doses que completam o esquema vacinal e, no denominador, a estimativa da população-alvo, multiplicando-se por 100. O método atual da cobertura vacinal do Ministério da Saúde para 2023 utiliza o denominador do mesmo mês da dose aplicada. Já o deslocamento temporal retrocede o denominador de acordo com o período de aplicação de cada vacina em relação ao mês de nascimento da criança.
Resultados: O deslocamento temporal aplicado em 17 vacinas nos 5.570 municípios do Brasil mostrou leves diferenças nas coberturas vacinais. O coeficiente de correlação de Spearman aplicado nas coberturas sem e com deslocamento ficou entre 0,70 e 0,88 e vemos uma redução nas coberturas vacinais que vai de 0,62% a 1,33% na média entre as 17 vacinas analisadas. Para as vacinas BCG e Hepatite B, não há alteração pois as vacinas são aplicadas no mesmo mês de nascimento.
Conclusões: O método pode ser utilizado na correção das distorções de coberturas vacinais do ano vigente.
MODELAGEM DO IMPACTO ESTIMADO DA VACINAÇÃO DE CONTRA A COVID-19
Pôster
ascencio, Sergio1, do vale, Nayara2, Aguiar, Raimundo RW3, Passos, JPP1
1 UFT-BIONORTE
2 FASEC
3 UFT
Objetivos: Este estudo utilizou um modelo de “changuepoint” para avaliar o impacto da vacinação na prevenção de mortes por COVID-19 em 18 países.
Métodos: Foi desenvolvido um modelo estatístico em R para identificar o ponto de ruptura nas mortes após a vacinação. A partir das médias, inferimos as mortes potenciais se não houvesse ruptura e extraímos os dados oficiais de mortes.
Resultados: A análise sugere que a vacinação evitou cerca de 2,9 milhões de mortes. O ponto de ruptura foi identificado quando a taxa de vacinação atingiu 54%, momento em que a média de mortes por milhão diminuiu significativamente. O estudo indica que uma taxa de vacinação de 53,67% (DP ±19,8; IC 95% 43,80 -63,53) é crucial para observar uma redução real nas mortes.
Conclusões: O estudo forneceu estimativas do impacto da COVID-19 em 18 países, sem fazer suposições além das contidas nos dados. No entanto, as estimativas estão sujeitas à incerteza típica de modelos matemáticos.
MOTIVOS DE NÃO VACINAÇÃO EM CRIANÇAS DE ATÉ DOIS ANOS NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS/SP
Pôster
Faria, L.B.1, Donalisio, M.R.1, França, A.P.2, Moraes, J.C.2
1 UNICAMP
2 FCMSCSP
Objetivos: Analisar os motivos referidos pelos responsáveis de crianças nascidas em 2017 e 2018, sobre não vacinação até os dois anos de vida e fatores associados.
Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, com base em um Inquérito domiciliar populacional, em crianças nascidas em 2017 e 2018, no município de Campinas/SP. Foram coletados registros de vacinação dos primeiros 24 meses de vida e questionário aplicado às famílias participantes do estudo.
Resultados: Entrevistou-se 1775 famílias da área urbana de Campinas. Analisou-se a não vacinação por motivo de decisão dos responsáveis, 1,66% relatou não ter aplicado alguma(s) vacina(s) para a faixa etária da criança, sendo que 51,8% não completaram o esquema vacinal nos primeiros 24 meses de vida. 7,9% relataram não vacinar por dificuldade de chegar aos serviços de vacinação, e destes, 56,0% não completaram esquema vacinal. 16,4% deixaram de vacinar as crianças por perda de oportunidade, vão ao serviço porém não conseguem vacinar, e 37,1% das crianças não completaram esquema vacinal.
Conclusões: Observou-se maior proporção de motivos relacionados à perda de oportunidade em serviços de vacinação, como falta de vacinas e insumos, recomendação profissional, falta de documentação, entre outros. Ainda que seja o principal motivo referido, entre as três categorias possuem maior proporção de cobertura do esquema completo, dessa forma, observa-se no Brasil uma cultura de vacinação que contribui para a confiança da população nas vacinas, embora as condições de acesso aos serviços de vacinação dificultem e reduzam as taxas de coberturas vacinais preconizadas.
O USO DE INTERVENÇÕES DIGITAIS PARA A PROMOÇÃO VACINAL: REVISÃO DA LITERATURA
Pôster
Martins, M. V.1, Brito, E. B.2, Faerstein, E.1
1 Instituto de Medicina Social - IMS/UERJ
2 Faculdade de Ciências Médicas - FCM/UERJ
Objetivos: Analisar e sintetizar os dados disponíveis na literatura sobre o uso de intervenções digitais na promoção vacinal. Métodos: Foi realizada uma revisão da literatura de estudos que utilizam intervenções digitais para promoção da vacinação. Para isso, foi elaborada a seguinte questão norteadora: “Qual a magnitude de intervenções digitais como estratégia de promoção vacinal?”. A busca foi realizada em abril de 2024, utilizando os seguintes bancos de dados: LILACS, Medline e Scopus, foram selecionados artigos independente do idioma, que estivessem completos, no período de 2019 a 2024. Foram utilizados os seguintes termos MESH e livres: vaccination, immunization, health communication, digital health, intervention e social media. Esta revisão foi composta por 21 artigos, a partir da sua leitura integral, ocorreu a extração e análise dos dados, com a finalidade de responder a questão de pesquisa. Resultados: Foram identificadas 22 intervenções digitais, que envolviam o uso de vídeos, mensagens de texto, redes sociais (WhatsApp, Twitter e Facebook), sites, lembretes eletrônicos, aplicativos e inteligência artificial. As intervenções em sua maioria tinham como objetivo melhorar a intenção vacinal entre os participantes e consequentemente reduzir a hesitação. O impacto positivo na intenção vacinal foi identificado em 13 intervenções , evidenciando que as intervenções digitais podem influenciar na vacinação, e que podem ser uma estratégia para a recuperação das coberturas vacinais. Conclusões: O uso das intervenções digitais podem auxiliar no combate a hesitação vacinal, entretanto, este fenômeno é complexo e para ter resultados significativos, as intervenções necessitam ser adaptadas ao contexto social, cultural e econômico da população.
PADRONIZAÇÃO DA ROTINA EM SALA DE VACINA: ATUAÇÃO DAS PÓS GRADUANDAS EM IMUNIZAÇÕES NO ES
Pôster
Soprani, L.C.P.1, Oliveira, E.M.1, Rigoni, F.S.1, Barros, J.R.1, Bernabé, J.1, Borgo, M.K.1, Grigoleto, R.C.1
1 ICEPI/ES
objetivos: padronizar o processo de trabalho da sala de vacinação de uma ubs em linhares/es.
métodos: foi fundamentado no método altadir de planejamento popular (mapp), realizando o diagnóstico para a identificação dos problemas. aos problemas foram aplicados os critérios da matriz decisória priorizando o problema segundo a hierarquia das pontuações. em seguida, foi construído o diagrama de ishikawa, a fim de conceituar a causa do problema e pontuar suas consequências. a próxima etapa foi construir a matriz de nós críticos, identificando as causas chave que devem ser alvos de intervenção, bem como a seleção dos atores sociais que são figuras fundamentais para colaboração em eliminar ou diminuir o problema.
resultados e conclusões: o problema eleito foi a desorganização da sala de vacinação. realizou-se um levantamento de dados básicos para a construção do roteiro operacional que pontuava as atividades necessárias para o adequado funcionamento da sala de vacinação e administração segura dos imunobiológicos. o instrumento foi implementado por meio da capacitação para a equipe. nos processos de avaliação aplicados, identificaram-se 90,8% de adequação aos critérios estabelecidos. foi observado também, a necessidade de se construir um checklist para facilitar a aplicação da rotina no dia a dia. diante disso, o checklist da rotina da sala de vacinação demonstrou ser um valioso instrumento, cooperando na redução do problema encontrado, além de otimizar o trabalho da vacinadora. a construção desse projeto proporcionou às discentes uma enriquecedora experiência, na qual será implementada na rotina de trabalho no município em que atuam.
PANORAMA DA VACINAÇÃO CONTRA O HPV NO BRASIL
Pôster
Maltoni Jr, L.A.1, Reis, R. S.1
1 Fundação do Câncer
Introdução: No mundo, o câncer do colo de útero é um dos mais incidentes e letais. A principal estratégia para o controle dessa doença, e posteriormente a sua possível erradicação, é a vacinação.
Objetivo: Descrever o panorama da vacinação contra o HPV no Brasil.
Método: Foram utilizadas informações das bases de dados do Ministério da Saúde sobre a vacinação contra o HPV, na faixa etária (9 e 15 anos), nos períodos de 2015-2021 (meninas) e de 2017-2021 (meninos), Brasil e regiões.
Resultados: No Brasil, a cobertura vacinal nas meninas (9 e 15 anos) é de 76% na primeira dose e 57% na segunda dose, abaixo do valor preconizado. Para as regiões brasileiras identificamos que somente o Sul (88%) chega perto da meta na primeira dose. Observa-se que a adesão à segunda dose da vacina é inferior à primeira dose em todo o país, entre 50 e 62%, dependendo da região. A adesão à vacinação contra o HPV nos meninos (11 e 15 anos), é inferior às meninas no Brasil, é de 52% na primeira dose e 36% na segunda dose, muito abaixo do recomendado. O Norte se destaca como a região com menor cobertura vacinal: 42% na primeira dose e 28% na segunda dose.
Conclusão: Apesar da existência de uma vacina contra o HPV e dela estar disponível, gratuitamente, no SUS, ainda há uma dificuldade para atingir a cobertura vacinal adequada. Essa dificuldade se mostra maior quando se trata do esquema vacinal completo.
PERFIL DAS NOTIFICAÇÕES EM IMUNIZAÇÃO REALIZADAS NO MUNICÍPIO DE ARACRUZ-ES
Pôster
Nardi, L. M.1, Pignaton, L.R.1, Soprani, L.C.P.1, Scarpati, V. D. C.1
1 Prefeitura Municipal de Aracruz
objetivos:
• avaliar o banco de dados do e-sus notifica no município de aracruz – es, no período de janeiro de 2021 a dezembro de 2023, com o intuito de qualificar as notificações, classificando-as de acordo com o tipo de evento relatado (esavi/ erro de imunização).
• avaliar a segurança do cuidado prestado em sala de vacina mediante a incidência de erros de imunização notificados no sistema e-sus notifica.
• demonstrar a necessidade da educação permanente no cotidiano dos profissionais que atuam na imunização.
métodos:
análise do banco de dados do município de aracruz-es, no sistema online e-sus notifica, sendo utilizadas como critério de inclusão as notificações com situação classificada como encerrada. foi avaliado o período de 2021 a 2023.
resultados e conclusões:
nota-se um elevado índice de notificações em 2021 com a introdução da vacina covid no brasil, totalizando 120 encerramentos. desse total, 47,50% foram erros de imunização. no ano de 2022, o total de notificações decresceu, equivalendo a 99, porém houve um aumento relevante nos erros de imunização (65,65%). em 2023, averiguou-se que 61 pacientes foram notificados e que 45,90% notificações correspondem a erros de imunização.
conclusões:
os dados encontrados demonstram a importância da educação permanente para o profissional. a elevada incidência de erros de imunização aumenta a probabilidade da ocorrência de esavi, o que acarreta riscos para o usuário. as ações de imunização promovem a saúde do paciente, logo, faz-se necessário buscar o cuidado seguro ao vacinado por meio da atualização do profissional para que as boas práticas sejam aplicadas cotidianamente.
PERFIL DE IMUNIZAÇÃO PARA PROFILAXIA DA RAIVA HUMANA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Pôster
Moura, L.L.1, Motta, E.S.1, Santos, A.M.1, Castro, M.P.O.1, Greffe, N.1, Aguilar, G.M.O.1
1 SMS-RJ
Objetivo: Analisar o perfil de atendimento da imunização passiva na profilaxia da Raiva Humana no município do Rio de Janeiro. Método: Estudo ecológico descritivo, tendo como unidade de análise o município do Rio de Janeiro, no período de 6 meses, de julho de 2023 a dezembro de 2023. Os dados foram obtidos com estoques de soro informados e o número de imunizações realizadas no Hospital de referência, consolidadas em planilha interna. As variáveis foram: quantitativo de ampolas recebidas, número de atendimentos, grupo etário e tipo de acidente. As análises foram baseadas em frequências absolutas e relativas, com expressão em gráficos. Resultados: Foram disponibilizadas 2.070 ampolas de soro antirrábico e 820 ampolas de imunoglobulina antirrábica, com destaque para o mês de setembro com maior disponibilidade. Foram atendidas 872 pessoas para imunização passiva, sendo 13% crianças de até 11 anos, demais adultos e idosos. Em relação ao acidente, a imunização passiva contemplou 192 pessoas (22%) com acidentes por animais silvestres/de interesse econômico e 680 (78%) por acidentes com cão ou gato. Todos os atendimentos foram realizados dentro do prazo oportuno para soroterapia. Conclusões: O fornecimento de soro antirrábico e a imunoglobulina antirrábica permanece limitado nacionalmente, por isso o uso racional é princípio para uma maior sustentabilidade, reforçando a importância do controle dos estoques, para garantir a oportunidade nos atendimentos.
PREVALÊNCIA DE VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA EM CÃES E GATOS: DADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE
Pôster
Wagner, KJP1, Rhode, LE1
1 UFSC
Objetivo: analisar a prevalência de vacinação antirrábica de cães e gatos em diferentes regiões do Brasil. Método: estudo transversal realizado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. As prevalências foram avaliadas no país como um todo e também estratificada por regiões e tipo de animal (cão ou gato). As análises foram feitas no software Stata 15.1. Resultados: A prevalência de domicílios brasileiros que vacinaram todos os animais foi 78,6% (IC95% 77,9-79,3) para cães e 58,5% (IC95% 57,3-59,7) para gatos. As regiões com maiores prevalência foram: região Sudeste com 88,7% (IC95% 87,5-89,8) para cães e 71,8% (IC95% 69,2-74,2) para gatos e a região Centro-Oeste com 88% (IC95% 86,7-89,8) para cães e 66,3% (IC95% 62,3-70,0) para gatos. A região Sul apresentou a menor prevalência de vacinação, sendo 69,2% (IC95% 67,5-70,8) para cães e 46,9% (IC95% 44,1-49,6) para gatos. Conclusão: A região sudeste permanece dentro das recomendações da Organização Mundial da Saúde, onde estabelece-se uma prevalência de vacinação antirrábica ideal quando acima de 70% tanto para cães quanto para gatos. A região sul ficou com prevalência de vacinação abaixo da recomendada tanto para cães quanto para gatos, e, as demais regiões, apresentaram a prevalência de vacinação de gatos abaixo do recomendado.
PRÉ-CERTIFICAÇÃO DAS SALAS DE IMUNIZAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA DA AP 3.2, RIO DE JANEIRO
Pôster
Maciel, C.J.V.G.1, Assucena, B.M.2, Marques, C.M.C.2
1 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
2 Divisão de Vigilância em Saúde da Coordenadoria Geral de Atenção Primária 3.2/Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Objetivos: Relatar a experiência sobre a reorganização dos processos de trabalho da imunização nas Unidades de Atenção Primária (UAPs) da Área Programática (AP) 3.2 do município do Rio de Janeiro a partir de visitas preparatórias para certificação das salas de imunização. Métodos: a Divisão de Vigilância em Saúde (DVS) da AP 3.2 realizou visitas de preparação a 21 salas de imunização da área, cuja performance era de 90% de crianças com registro da 3ª dose de Pentavalente em setembro de 2023. Foi utilizado roteiro pré-definido pela Coordenação de Programas de Imunização (CPI) da Secretaria Municipal de Saúde, com 50 variáveis e escore de até 10 pontos. Cada visita apontava o resumo das adequações necessárias na sala em check list encaminhado aos gestores de cada unidade e supervisores da área, com prazo de ajustes. Resultados: Foram realizadas 29 visitas às salas de imunização com revisão de todos os processos, garantindo a adequação física das salas, as normas de biossegurança e o uso das boas práticas. Posteriormente, na certificação da CPI, todas as 21 salas das UAPs foram certificadas com Selo Técnico de Qualidade em Imunização, sendo atribuída pontuação máxima a 50% delas e configurando a AP 3.2 como a maior área do município em salas certificadas. Conclusões: a metodologia de visitas de preparação das salas contribuiu para a atualização técnica das equipes bem como a reorganização dos espaços físicos, processos de trabalho, fluxos de usuários, registros de doses, implementação de boas práticas e manejo da rede de frio.
PROMOÇÃO DE PRÁTICA INTERATIVA NA CAMPANHA MULTIVACINAÇÃO EM UM MUNICÍPIO CATARINENSE.
Pôster
RAMOS,E.C1, SILVA, M.A.S.O1, ARAUJO, P. S1
1 VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA DE PORTO BELO
Objetivos: Resgatar crianças e adolescentes que deixaram de tomar alguma dose das vacinas de rotina, trazendo ao município a carreta dos vacinados conhecida como a “carreta furação”, na campanha de multivacinação.
Métodos: Por meio da mobilização da vigilância epidemiológica de um município do litoral catarinense foi realizada uma ação que buscou resgatar crianças e adolescentes que deixaram de tomar alguma dose das vacinas de rotina a fim de elevar as coberturas vacinais e reduzir o risco de disseminação de doenças que podem ser prevenidas com a imunização.
Resultados: Através do olhar criativo à comunidade, essencial ao planejamento da ação, a campanha de multivacinação de 2023 foi um grande sucesso, conseguindo alcançar um número de vacinados três vezes maior que o ano anterior. Isso representa um importante avanço na proteção da saúde de crianças e adolescentes. Em termos de impacto a longo prazo, as campanhas de vacinação contribuem para a melhoria da qualidade de vida populacional, reduzindo o ônus causado pelas doenças evitáveis.
Conclusão
O principal fator para o resultado alcançado foi a ampliação da capilaridade dos pontos de vacinação, somando-se à "carreta dos vacinados" que percorreu diferentes bairros, levando crianças e adolescentes que foram vacinados para um passeio pela cidade acompanhados de personagens infantis. Essa estratégia de vacinação mostrou-se exitosa, aumentando o interesse dos pais em vacinar os filhos, ofertando alegria para a comunidade. Além disso, houve um trabalho de divulgação sobra a vacinação, contribuindo para a adesão da população-alvo. Tais resultados servirão como base para novas ações de imunização.
QUALIFICAÇÃO DE TRABALHADORES DE SALAS DE VACINA EM MINAS GERAIS
Pôster
Massote, A. W.1, Costa, F. G. S.1, Silva, J, A. T. A.1, Souza, J. F. A.2, Tofoli, G. B.1, Ribeiro, E. E. N.2
1 ESP-MG
2 SES-MG
Objetivos:
Qualificar trabalhadores de salas de vacina em Minas Gerais, com referencial teórico pedagógico da Educação Permanente em Saúde (EPS).
Métodos:
Os pressupostos da EPS nortearam a elaboração do projeto pedagógico, da matriz curricular e do material didático do curso, contando com participação de referências estaduais em imunização, área responsável pela demanda à ESP-MG. Privilegiou-se
abordagens dialógicas e relações teórico-práticas por meio de reflexões sobre os processos de trabalho no contexto em que os alunos estão inseridos.
Resultados:
O curso “Qualificação profissional para trabalhadores de salas de vacina” foi ofertado
em educação à distância no formato autoinstrucional. Foram disponibilizados diferentes recursos didáticos para a apresentação do conteúdo, tais como videoaulas, podcasts, animações, infográficos e webinários. A carga horária total foi de 44 horas, distribuídas em 7 unidades de estudo. As atividades desenvolvidas incentivaram os alunos a pensar e refletir sobre sua prática no cotidiano de trabalho. Foram ofertadas 15 turmas nos anos de 2022 e 2023, com 3560 alunos certificados em 724 municípios mineiros (84,9%), em todas as 89 Regiões de Saúde do Estado. O curso foi avaliado como ótimo ou bom por 98,3% dos concluintes.
Conclusões:
As abordagens pedagógicas e recursos tecnológicos utilizados, além da conformação e experiência da equipe de conteudistas, contribuíram para a conexão com o cotidiano de trabalho dos alunos, favorecendo que o objetivo do curso fosse alcançado. Como uma inovação deste curso, destaca-se a abordagem ao combate às “fake news” e estratégias de comunicação com a população, visando aumentar a adesão à vacinação.
QUALIFICAÇÃO EM VACINAÇÃO PARA TRABALHADORES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE EM MINAS GERAIS
Pôster
Costa, F.G.S.1, Massote, A.W.1, Silva, J.A.T.A.1, Souza, J.F.A2, Tófoli, G. B.1
1 ESP-MG
2 SES-MG
Objetivos:
Promover a atualização/qualificação em vacinação para os trabalhadores da Atenção Primária à Saúde (APS) na perspectiva da Educação Permanente em Saúde (EPS).
Métodos:
Os pressupostos da EPS nortearam a elaboração do projeto pedagógico, da matriz curricular e do material didático do curso, privilegiando abordagens dialógicas e relações teórico-práticas por meio de reflexões sobre a importância da vacinação e formas de promover sua ampliação no cotidiano de trabalho da APS.
Resultados:
A “Qualificação em vacinação para trabalhadores da Atenção Primária à Saúde” foi ofertada em educação à distância no formato autoinstrucional. Foram disponibilizados diferentes recursos didáticos para a apresentação do conteúdo, tais como videoaulas, podcasts, animações, infográficos e webinário. A carga horária total foi de 20 horas em 3 unidades de estudo. O público do curso foram trabalhadores que atuam nas unidades de APS, em funções como recepcionistas, vigias, profissionais da limpeza e profissionais de saúde de diferentes áreas. Foram ofertadas 11 turmas em 2023 e 2024, com 2.706 alunos certificados em 528 municípios mineiros, em todas as Regiões de Saúde do Estado. O curso foi avaliado como ótimo ou bom por mais de 96% dos concluintes.
Conclusões:
As abordagens pedagógicas e recursos tecnológicos utilizados, além da conformação e experiência da equipe de conteudistas, contribuíram para a conexão com o cotidiano de trabalho dos alunos, favorecendo que o objetivo do curso fosse alcançado. Como uma inovação deste curso, destaca-se o combate às “fake news” e estratégias de comunicação com a população, visando aumentar a adesão à vacinação.
SITUAÇÃO DAS COBERTURAS VACINAIS ≤ 01 DE 01 ANO, 1º QUADRIMESTRE 2020 A 2024, I GERES/PE
Pôster
Carneiro, S.R.L.1, Silva, E.P.S2, Brandão, G.P.3, Ribeiro,M.F.P4
1 Enfermeira Sanitarista -I GERES - SES/PE
2 Coordenadora da Vigilância em Saúde da I GERES - SES/PE
3 Enfermeira Analista em Saúde - I GERES - SES/PE
4 - Iª Gerência Regional de Saúde, Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco, Gerência, Pernambuco, Brasil;
Objetivos, analisar coberturas vacinas no período pandêmico e pós pandêmico da Covid 19. Métodos: Análise quantitativa, das coberturas vacinais de oito imunobiológicos do 1º quadrimestre, dos anos 2020 a 2024, administrados nas crianças menores ou iguais a um ano de vida. Os dados foram obtidos na Rede Nacional de Dados em Saúde – RNDS e no SI-PNI WEB do Ministério da saúde.
Resultado, 07 imunobiológicos obtiveram incremento de 25% em 2024, exceto a BCG que apresentou queda de 7,3% em relação a média dos anos anteriores, provavelmente por registro inadequado dos dados de CPF ou Cartão SUS no sistema de informação, deixando as doses represadas em relação a vacina da Hepatite B (< 01 ano) em 2024 obteve um incremente de 32,8% comparada a média dos anos de 2021 à 2023. Conclusões, avanço das coberturas pós-período pandêmico, evoluindo para cobertura preconizada 95%.
Considerando que a cobertura vacinal é um fator primordial para o controle e eliminação das doenças imunopreviníveis, o resultado apresentado, mostra-se em evolução dessas coberturas mediante o trabalho persistente do Programa Nacional de Imunização juntamente com , Estados, municípios e a Atenção Básica, onde a maior parte das vacinas é ofertada aos usuários do SUS.
TENDÊNCIA DA COBERTURA VACINAL DE TRÍPLICE VIRAL NO CENTRO-OESTE E DISTRITO FEDERAL
Pôster
Lemos, P.L.1, Silva, K.J.A.1, Borges, J.V.R.T.1, Pavoni, J.H.C.1
1 UFR
Objetivo: avaliar tendência temporal da cobertura vacinal (CV) de Tríplice Viral (TV) em crianças no primeiro ano de vida no Centro-Oeste e Distrito Federal (DF), entre 2012 a 2022. Método: estudo de série temporal para avaliação da CV de TV, no Centro-Oeste e DF. Foram utilizados dados secundários, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para o cálculo da CV foi considerado o número da terceira dose dividido pelo número de nascidos dos respectivos anos, multiplicando-se por 100. Para análise de tendência temporal da CV aplicou-se o modelo de regressão linear de Prais-Winsten. As variações percentuais anuais (VPA) e seus intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram calculados. Tendência de crescimento para valor de p < 0,05 e o coeficiente de regressão era positivo (+), de decréscimo quando p < 0,05 e o coeficiente era negativo (-), e estacionária quando p > 0,05, com significância de 5%. Resultados e conclusões: Apresentaram menores valores de CV para o período de estudo as capitais Cuiabá 69,2% em 2018 e 76,4% em 2020 e Goiânia 69,0% em 2019 e 68,5% em 2020. Tendências decrescentes de CV para TV foram encontradas nas capitais Cuiabá (VPA=-2,51, p-valor=0,022) e Goiânia (VPA=-2,61, p-valor=0,033). Para Campo Grande e DF as tendências de CV foram estacionárias. O monitoramento das CV aliado a estudos de tendência temporal são fundamentais para amenizar o risco do retorno de doenças infecciosas, como é o caso do sarampo, prevenido pela vacina TV.
VACINA CONTRA HPV: ACESSO, COBERTURA E DESERÇÃO EM ADOLESCENTES DE FORTALEZA E SÃO PAULO
Pôster
Maciel, AMS1, Barbosa, JC2, Montanari, PM3, Renata Mourão Macedo3, Almeida, NMGS4, Sousa, GS5, França, AP3, Moraes, JC3, Ramos Jr, AN2
1 SESA e UFC
2 UFC
3 FCMSCSP
4 UECE
5 SMS Fortaleza
Objetivo: Analisar indicadores de acesso, cobertura e deserção da vacinação contra o HPV em adolescentes de duas capitais brasileiras. Métodos: Pesquisa baseada em dados secundários a partir do registro de doses aplicadas em adolescentes na faixa etária de 9 a 15 anos de idade no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram analisados indicadores de acesso, cobertura vacinal (CV) e deserção do esquema da vacina contra HPV no período de 2017 à 2021 nas capitais, Fortaleza (FOR) e São Paulo (SP). Resultados: No último ano da série (2021), com a análise de 1.363.040 adolescentes, houve baixo acesso à vacina contra o HPV em meninas de 9 anos (FOR:57,5%; SP:57,3%) e meninos de 11 anos (FOR:40,2%; SP:46,9%). Manteve-se a baixa CV na coorte de meninas de 15 anos (FOR:59,5%; SP: 64,3%) além de elevada taxa de deserção do esquema vacinal preconizado para meninas (FOR:21,6% SP:16,0%) e meninos (FOR:31,0% SP:23,1). Conclusão: Demonstra-se limitada adesão da vacinação, baixa CV e alta deserção, principalmente entre pessoas do sexo masculino. Mantém-se em perspectiva a necessidade de estudos para a compreensão da hesitação vacinal, e barreiras relacionadas a estas ocorrências, inclusive em contexto pandêmico, e desta forma, que possibilitem a utilização de estratégias para superação com a participação efetiva da atenção primária à saúde. Insere-se ainda a necessária composição de um diálogo permanente junto a essa população para o encorajamento da adesão, atualmente em dose única, para a vacina contra o HPV.
VACINAÇÃO CONTRA O HPV E PERFIL DAS PARTICIPANTES DO PROGRAMA CUIDADO EM SAÚDE DA MULHER
Pôster
Freitas, A. A.1, Monteiro, C. N.1, Brito, L. C.1, Lemos, G. A.2, Scala, C.2
1 Hospital Sírio Libanês
2 Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Introdução: O câncer de colo de útero (CCU) é uma doença potencialmente evitável com cerca de 95% dos casos causados por infecções persistentes oncogênicas do papilomavírus humano (HPV). A vacinação contra o HPV representa importante estratégia para redução do CCU. O programa Cuidado em Saúde da Mulher inclui a linha de cuidado Atenção Primária Digital e o rastreamento de CCU colaboradoras e dependentes de uma empresa de saúde
Objetivo: Estimar a taxa de vacinação contra o HPV e caracterizar as participantes do programa.
Método: Estudo quasi-experimental quantitativo. Consideradas características sociodemográficas, vacinação e rastreamento de CCU entre as participantes.
Resultados: A análise preliminar das participantes estimou a média de idade de 41 anos, com 12% vacinadas. A média de idade das vacinadas foi 38 (+ 6,9) anos, sendo 60% graduadas ou pós-graduadas. Dentre as vacinadas que realizaram o teste de PCR DNA-HPV para rastreamento primário de CCU, em 80% o vírus não foi detectado, enquanto as não vacinadas, 72% (21) apresentaram resultados negativos para HPV, 21,5% (6) apresentaram resultados positivos para os genótipos 16 e/ou 18 de HPV (mais oncogênicos) e 7% ( 2) apresentaram resultados positivos para outros 12 genótipos de HPV.
Conclusões: A taxa de vacinação contra o HPV entre as participantes foi baixa. A vacina foi incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI) em 2014, quando a maioria das mulheres do estudo não tinham acesso à vacinação pelo PNI. Existem oportunidades de ações de rastreio primário do HPV, ações de conscientização sobre a importância e acesso à vacinação.
VACINAÇÃO EM ESCOLAS: ESTRATÉGIAS PARA RECUPERAÇÃO DE COBERTURAS VACINAIS EM PERNAMBUCO
Pôster
Torres, J.T1, Costa, M.G.S.1, Silva, B.C.A.1, Caheté, L.R.C.1, Araujo, W.J.1, Silva, T.M.1, Ferreira, J.P.S.1, Ishigami, B.I.M.1
1 SES-PE
Objetivo: Intensificar a atuação dos municípios para a recuperação das coberturas vacinais, com ações nas escolas. Métodos: Realizou-se uma pesquisa transversal, retrospectiva e descritiva, da cobertura vacinal dos municípios do estado e distrito de Fernando de Noronha, a partir dos dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações–SI-PNI, evidenciando as baixas coberturas vacinais em PE. Diante disso, a Secretaria Estadual de Saúde intensificou as estratégias de vacinação contra o HPV junto aos municípios, por meio de mobilização nas escolas: O Programa Estadual de Imunização (PEI-PE), em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, promoveu a ação de vacinação denominada de "Dia M". A ação ocorreu durante todo o ano de 2023, como parte do projeto Cuida PE Mulher, com a imunização contra o Papilomavírus Humano (HPV), para meninas e meninos, entre 9 e 14 anos. Foi utilizado de estratégia de divulgação das ações para publicização nas mídias sociais. Na oportunidade foi encaminhado aos municípios um modelo de Termo de Aceitação a ser enviado às famílias, para adesão à vacinação. Resultados: De março a dezembro de 2023 todos os municípios registraram ações de intensificação para vacinação. A iniciativa foi realizada em 2 mil escolas de Pernambuco onde foram aplicadas um total de 70.908 doses, sendo 16.550 doses da vacina contra o HPV. Conclusão: A busca ativa de crianças e adolescentes no contexto escolar é uma ferramenta crucial de intensificação para resgate de altas coberturas e proteção contra doenças Imunopreveníveis.
VARIAÇÃO DAS COBERTURAS VACINAIS DE CRIANÇAS ATÉ 2 ANOS DE IDADE ENTRE 2021 E 2023
Pôster
Massote, A.W.1, Rocha, H.A.1, Rezende, C.1, Abreu, D.M.X.2, Araújo, J.F.1, Álvares, F.3, Falcão, K.3, Girardi, S.N.1, Campos, F.E.2
1 EPSM/NESCON/UFMG
2 NESCON/UFMG
3 CONASEMS
Introdução: No Brasil, observa-se um declínio na cobertura vacinal desde 2016. A pandemia da COVID-19 contribuiu para o enfraquecimento dos programas de imunização. Entretanto, após a pandemia, percebe-se um aumento nas coberturas vacinais, ainda que não tenham atingido as metas preconizadas.
Objetivos: Este estudo visa analisar a variação da cobertura vacinal em crianças até 2 anos entre 2021 e 2023 nas diferentes regiões do Brasil.
Metodologia: Trata-se de uma análise descritiva da cobertura vacinal no Brasil, examinando a variação percentual do Índice de Cobertura Vacinal de 10 vacinas do calendário básico de imunização para crianças até dois anos de idade, no período de 2021 a 2023, em todas as regiões brasileiras. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.
Resultados: Entre 2021 e 2023, houve um aumento na cobertura vacinal para a maioria das vacinas analisadas, com o Nordeste apresentando as maiores variações positivas para a maioria das vacinas. Destaca-se que a vacinas contra Hepatite A teve as maiores variações positivas em todas as regiões.,. Entretanto, as coberturas vacinais ainda não alcançaram as metas estabelecidas para os imunobiológicos analisados. As vacinas pneumocócica e tríplice viral foram as que mais se aproximaram da meta preconizada de 90% de cobertura em todas as regiões em 2023.
Conclusões/Considerações: A reversão das tendências de queda na cobertura vacinal, especialmente acentuadas durante a pandemia de COVID-19, ressalta a importância de fortalecer o Programa Nacional de Imunizações para garantir o alcance das metas estabelecidas em todas as regiões do país.
IMPACTO DA VACINA CONTRA O HPV NOS CASOS DE CÂNCER CERVICAL EM MULHERES JOVENS
Pôster
Oliveira, J.K.B.S.1, Lima, J.L.2, Tavares, J.N.1, Teixeira, L.M.C.1, Rocha, M.C.S.1, Porto, S.O.1, Oliveira, C.M.3
1 Faculdade de Medicina de Olinda - Olinda-PE
2 Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco - Recife-PE
3 Secretaria de Saúde do Recife - Recife-PE
Objetivo: Descrever o impacto do imunizante contra o papilomavírus humano (HPV) nos casos de câncer cervical em mulheres de 15 a 24 anos de Pernambuco, no período de 2006 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo, de corte transversal, sobre o quantitativo de casos de câncer cervical antes (intervalo 1 = 2006-2013) e após (intervalo 2 = 2015-2022) a implementação da vacina contra o HPV no Brasil e o número de doses aplicadas entre 2014 e 2022. Utilizou-se os dados do Sistema de Informação de Câncer, do Sistema de Informação de Câncer de Colo de Útero e do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização. Resultados: Excluindo-se o ano de 2014, foram registrados 55 casos de câncer cervical entre 2006 e 2022, com média de 3,4 casos/ano (1,9 DV). No intervalo 1, identificou-se 39 casos, sendo 46,2% do carcinoma epidermóide invasivo e 41,0% do adenocarcinoma invasor. No intervalo 2, foram 16 casos, 62,5% de carcinoma epidermóide invasivo. Comparando-se os intervalos, observou-se redução de 59,0% nos casos, com destaque na faixa de 15 a 19 anos (83,3%) e no adenocarcinoma invasor (75,0%). Quanto à vacinação, houve redução nas doses aplicadas ao longo do período, destacando-se 2016 e a partir de 2020, ano de início da pandemia pela covid-19. Conclusão: Evidencia-se a importância da vacinação contra o HPV e sua relação com a redução dos casos de câncer cervical. Contudo, necessita-se de maior tempo para avaliação dos efeitos desse imunizante na população.
EVENTOS SUPOSTAMENTE ATRIBUÍVEIS À VACINAÇÃO OU IMUNIZAÇÃO (ESAVI) APÓS VACINA DENGUE
Pôster
Chastinet, A. E. A.1, Saavedra, R. da C.1, Broucke, V. R. B. V.1, Fahel, M. M.1
1 SESAB
Introdução: A dengue é uma doença infecciosa aguda de grande importância para a saúde pública no Brasil. Em fevereiro de 2024, a vacina dengue (atenuada) foi introduzida no SUS, direcionada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.
Objetivo: Analisar as notificações de Eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização (ESAVI) após a vacina dengue realizadas de fevereiro a maio de 2024 no estado da Bahia.
Métodos: Estudo descritivo transversal sobre os casos notificados de ESAVI temporalmente relacionados à vacina dengue (atenuada), por meio do e-Sus Notifica. Foram analisadas variáveis de tempo, pessoa e lugar, bem como tipo de reação e classificação de gravidade.
Resultados: Foram notificados 125 casos de ESAVI no período, sendo 92 (73,6%) eventos adversos e 33 (26,4%) erros programáticos. Entre os 92 eventos adversos notificados, 79 (85,9%) foram Não Graves e 13 (14,1%) foram classificados como Graves. A maioria dos eventos notificados (60% - 55) estavam relacionados com manifestações alérgicas (hipersensibilidade). Outros13% (12) apresentaram sintomas compatíveis com arboviroses. Não houve registro de óbitos. As notificações foram provenientes de 35 municípios do estado.
Discussão e Conclusão: A introdução da vacina contra a dengue no SUS foi acompanhada de notificação de reações de hipersensibilidade acima do esperado, identificadas por meio da farmacovigilância, levando a recomendações específicas para minimizar os riscos e garantir a segurança dos indivíduos vacinados e a credibilidade desta relevante ação de prevenção em saúde. Revela também a importância fundamental da vigilância de ESAVI para o Programa Nacional de Imunizações.
Palavras-chave: Vacinas, Dengue, ESAVI, hipersensibilidade.