Programa - Sessão de Poster - Epidemiologia das doenças transmissíveis - 5. Hanseníase, Leishmaniose e outras doenças negligenciadas
A IMPORTÂNCIA DA LONGITUDINALIDADE NAS AÇÕES DE COMBATE A HANSENÍASE
Pôster
Oliveira, M. S.1, Silva, D. G.1, Farias, E. R. D.1, Gominho Filho, A. C.1, Silva, M. F. M.1, Silva, F. V. S.1, Soares, M. S.1, Gaspar, G. S.1
1 Universidade Federal de Pernambuco- UFPE
OBJETIVOS: Apresentar a série histórica dos casos de hanseníase em Pernambuco entre os anos de 2018 a 2023, e discutir a importância da longitudinalidade do cuidado com a hanseníase. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo ecológico de caráter descritivo, com análise de estatística descritiva de dados no período de 2018 a 2023 em Pernambuco. A análise considerou as variáveis: proporções de casos confirmados para a hanseníase e a distribuição dos casos conforme regiões de saúde. A fonte de dados foi o Sistema de Informação de Notificação de Agravo do Ministério da Saúde. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Brasil é o segundo entre países que registram casos novos, permanecendo assim como um importante problema de saúde pública no país. Entre os anos de 2018 a 2023, foram notificados no estado de Pernambuco 13917 casos de hanseníase distribuídos em 12 regiões de saúde, sendo Recife e Petrolina as regiões que apresentaram os maiores índices de casos em todos os anos observados, e Recife o detentor de mais da metade dos casos durante o período. Foram notificados apenas 615 casos de hanseníase em 2023, o que pode indicar que a maioria dos casos notificados no ano anterior não foram acompanhados adequadamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Nota-se a diminuição dos casos de Hanseníase nos últimos anos em todo o estado de Pernambuco, e isso pode ser um reflexo da fragilização das notificações e diagnóstico dos casos no estado e a necessidade de ações estratégicas para o enfrentamento da hanseníase nas regiões de maior incidência de casos.
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL, MACRORREGIÃO DE SAÚDE NORTE- BAHIA
Pôster
Brito, A. O.1, Alves, J. B.2, Sauer, R. C. O. C.1, Sobral, C. M.3, Xavier, J. S.4
1 SESAB
2 SESAI/MS
3 UNIBRAS-JUAZEIRO
4 OPAS/MS/CIEVS
Objetivo: descrever o perfil epidemiológico da leishmaniose visceral (LV) na macrorregião norte da Bahia. Métodos: Estudo descritivo baseado em dados do Sistema de Informação Agravos de Notificação (SINAN), estratificação de risco de LV 2020-2022 - OPAS e dados populacionais do IBGE. Selecionou-se casos confirmados de LV residentes da macrorregião norte da Bahia, de 2012 a 2022, e empregou-se o Tabwin35 e o Excel 2019 para cálculo da incidência, letalidade, proporção de casos em menores de 5 anos e percentual de confirmação laboratorial. Resultados: A incidência média de LV na macrorregião norte foi de 2,32/100 mil habitantes, sendo mais elevada no ano de 2014 (4,8/100 mil hab.). Observou-se maior acometimento de indivíduos do sexo masculino (65,6%) e menores de 05 anos (28,8%) sendo a maioria (73,22%) dos casos confirmados laboratorialmente. A letalidade média foi de 4,59%. Conforme a estratificação de risco, dos 28 municípios da macrorregião, 15 apresentam transmissão de LV, sendo 12 de baixo risco, dois de médio risco e um de alto risco. Conclusões: A LV apresenta forte endemicidade na macrorregião norte demandando mais ações para o seu controle e prevenção, tais como um trabalho descentralizado da vigilância entomológica pelos municípios, melhorias das condições ambientais e de habitação e intensificação do inquérito sorológico canino associado a utilização de coleiras inseticidas.
MALÁRIA EM RORAIMA: CASOS E METAS DE ELIMINAÇÃO (2019-2022)
Pôster
Jesus, L.A,1, Moresco, G.G,2, Carneiro, L.O,1, ZAITUNE, M.P,1
1 Universidade de Brasília
2 Ministério da Saúde
Objetivo: Monitorar as metas propostas pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária para a eliminação da malária nos municípios do estado de Roraima, de 2019 a 2022. Método: Utilizou-se dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária, Sistema de Informação de Agravos de Notificação e Sistema Eletrônico do Serviço Único de Saúde, acessados pela Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação ao Ministério da Saúde, para os 15 municípios do estado de Roraima no período de 2019 a 2022. A análise foi realizada utilizando Microsoft Excel e Power BI. Resultados: Em 2019 e 2020, os municípios de Cantá, Caracaraí, Rorainópolis e São Luiz atingiram as metas do PNCM. Em 2021 e 2022, Cantá, Caracaraí, Pacaraima, Rorainópolis, São João da Baliza e São Luiz cumpriram as metas estabelecidas. Observou-se que os municípios fronteiriços do estado, Alto Alegre, Amajari, Mucajaí, Iracema e Caracaraí enfrentam desafios significativos no controle e eliminação da malária, devido à mobilidade humana, mineração ilegal e áreas de garimpo, além de abrigarem populações indígenas, como o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami. Em 2022, esses cinco municípios registraram juntos 90,7% dos casos no estado. Em 2021, representaram 78,9%, em 2020, 70,4%, e em 2019, 58,2%. Conclusões: Fortalecer a atenção primária, assegurar diagnósticos e tratamentos adequados, implementar controle vetorial específico e garantir a inserção de dados no Sivep-Malária são essenciais. A educação em saúde e a mobilização social são vitais para alcançar a eliminação da malária até 2035.
PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE NA REGIÃO DO MARAJÓ, PARÁ.
Pôster
da Silva, Y.Y.P1, Barros, R.F2, Matias, I.L.S2, Serra, F.T.C1, Nascimento, R. G3, Castro, K.J.S4
1 SESPA
2 UNAMA
3 UEPA
4 FIBRA
Objetivo: Investigação do perfil sociodemográfico e clínico epidemiológico dos casos de hanseníase na região do Marajó- I PA. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico do tipo exploratório, descritivo de caráter analítico e abordagem quantitativa, sendo retrospectivo e ecológico, executado em 3 etapas, sendo coleta de informações sociodemográficas, coleta de dados clínicos da patologia e registros da data de início e término de tratamento, dados tabulados no Microsoft Excel 2007 e análises executadas software Bio Estat (versão 5.0). Resultados: Foram notificados 225 casos de hanseníase na região investigada. Observou-se que a maior parte dos casos de hanseníase ocorreu no sexo masculino, em indivíduos pardos, com idade entre 20 a 65 anos de idade, residentes na zona urbana e com ensino fundamental incompleto, exercendo atividade de dona(o) de casa, estudante ou pescador. Com relação às características clínicas epidemiológicas, constatou-se a prevalência de casos multibacilares, forma clínica dimorfa com grau 0 de incapacidade física, seguido por grau I no momento do diagnóstico. Conclusões: Os resultados encontrados mostram que a taxa de detecção dos casos novos nas regiões do Marajó ainda é considerada alta, o que ainda classifica como uma região hiperendêmica, onde as baixas condições socioeconômicas e níveis de escolaridade dificultam o acesso aos postos de saúde, dificultando o diagnóstico precoce e a implementação do manejo terapêutico, aliado a estes fatores, a falta de capacitação e correto preenchimento da ficha de notificação pelos profissionais, apresenta limitação nos registros e subnotificação dos novos casos e contatos.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA EM DIAMANTINO-MT DE 2010 A 2022
Pôster
CRUZ, A. G. G.1, Regis, L. H. J1, Morais, L. S1, Pitombeira, A. V. H1, RIBEIRO, A. D. N1, FARIA, N. B1, SILVESTRE, G. C. S. B1, MOURA, S. V1, ROCHA, R. P. S1, SILVA, R. A1, SOUZA, R. B. F1
1 UNEMAT
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de Leishmaniose Tegumentar Americana no município de Diamantino no Mato Grosso de 2010 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com dados secundários disponíveis no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) vinculado ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana notificados em Diamantino no Mato Grosso nos últimos treze anos. Foram avaliadas as variáveis sexo, faixa etária e escolaridade. A coleta ocorreu no mês de junho de 2024 e os dados foram analisados no Microsoft Office Excel 2010 a partir de estatística descritiva utilizando frequência relativa (%) e absoluta (n). Resultados: Foram identificados 310 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana no município de Diamantino-MT. A doença apresentou tendência crescente, sendo o ano de 2015 o de maior proporção (16,12%). Houve uma prevalência da faixa etária de 20 a 39 anos (39%), seguido da raça/cor parda/preta (69,10%). Os resultados apresentaram que 76,12% eram do sexo masculino, sendo que 19,35% estudaram o ensino fundamental incompleto quando foram acometidos pela doença. Conclusão: Os resultados ressaltam a importância da implementação de medidas de controle e prevenção da Leishmaniose Tegumentar Americana no município em questão, com ênfase na informação e educação da população, além de estratégias de vigilância e manejo adequado dos casos.
UMA ANÁLISE DA INCIDÊNCIA DE HANSENÍASE NO PARÁ ATRAVÉS DE MICROSSIMULAÇÃO.
Pôster
Neves, DCO1, Silva, AR2, Xavier, MB2, Matos, HJ3
1 CESUPA/UFPA
2 UFPA
3 CESUPA/IEC
A hanseníase coninua sendo um problema de saúde pública na região amazônica. Objetivos. Analisar a situação epidemiológica da hanseníase nos treze centros regionais de saúde (CRS) e seus municípios, no estado do Pará, sob uma perspectiva do território e suas populações. O objetivo primário deste estudo é, através microssimulação, com o SIMCOLEP, projetar as taxas de detecção de casos novos (TDCN) de hanseníase nos CRS, no período de 2020 a 2050. Métodos: Utilização do SIMCOLEP, programa para microssimulação da estimativa da TDCN de hanseníase, através de modelos estocásticos, a partir de dados observados no período de 2000 a 2019, notificados no SINAN. Resultados. No período estudado foram notificados no estado do Pará 98.397 casos de hanseníase. Em 2019 foi observada hiperendemicidade em municípios das regiões do Sudeste (11o e 12o CRS), Sudoeste (10o CRS), Marajó (8o CRS) e parte do Nordeste paraense (5o CRS). As projeções com o uso do SIMCOLEP mostram que as TDCN de hanseníase permanecem fora da meta de eliminação até pelo menos 2030 no estado do Pará. Porém, nos CRS com municípios hiperendêmicos essa eliminação pode demorar até por mais uma década. Conclusões. A redução nas taxas de detecção é heterogênea nos CRS, e tende permanecer em níveis de elevados nos CRS com municípios com elevada endemicidade, caso nenhuma nova intervenção, como quimioprofilaxia de contatos, seja adotada
A EXPERIENCIA DA BAHIA NA IMPLANTAÇÃO DOS TESTES RÁPIDOS PARA HANSENÍASE
Pôster
Silva, T.L.C.1, Cruz, G.Q.S.2, Santos, E.F.S.2, Oliveira, N.C.3
1 SESAB/UNG
2 SESAB
3 UNG/ UNASP
Objetivo: Relatar o processo de implantação dos testes rápidos de hanseníase na Bahia. Método: Relato de experiência baseado na vivência das autoras. A implantação aconteceu em maio de 2023, sendo avaliado o indicador de contatos examinados de casos novos de hanseníase diagnosticados, os dados do Sinan. Resultado: As Bases Regionais de Saúde receberam treinamento, de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde (MS) para aplicação dos testes rápidos para hanseníase, além do matriciamento para o uso do SIES. Como desafios encontrados ressalta-se a dificuldade de aceitação dos critérios de utilização, resistência do uso em algumas localidades com perda do insumo por validade, dificuldades para solicitação em sistema e uso para diagnóstico. No primeiro ano não foi observado impacto no indicador de proporção de contatos examinados quando comparado ao ano anterior. Entretanto, no primeiro quadrimestre de 2024 já observou-se aumento na proporção de avaliação de contatos em relação a 2023 passando de 58,6% para 65,5%, o que representou um incremento de 11,8% apontando para melhoria da vigilância dos contatos e consequente melhoria do indicador. Conclusão: Os dados iniciais apontam mudança no indicador após a implantação dos testes, considerando que outras estratégias não foram utilizadas no período. No entanto, é necessário avançar nas capacitações e sensibilização dos profissionais para o uso dos testes em contatos de casos novos de hanseníase. A avaliação de contatos é essencial para detecção precoce dos casos, prevenção de incapacidades e interrupção da cadeia de transmissão.
ABANDONO DO TRATAMENTO DA HANSENÍASE EM MINAS GERAIS: ANÁLISE TEMPORAL (2010-2021)
Pôster
Freitas, A. C.1, Araújo, I. M. M.1, Almeida, L. M.1, Drumond, L. A.1, Freitas, E. D.1
1 UFJF - GV
Objetivos: Analisar a tendência temporal da taxa de abandono do tratamento da hanseníase em Minas Gerais (MG), entre 2010 e 2021. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, ecológico, que avaliou o abandono do tratamento de hanseníase. Foram incluídos no estudo todos os casos notificados de hanseníase ocorridos em MG entre janeiro de 2010 e dezembro de 2021; bem como casos notificados de abandono nesse mesmo período. Os dados foram extraídos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação do Sistema Único de Saúde (SINAN/SUS) e analisados no software de planilhas Microsoft Excel 2016, com cálculo das taxas de abandono e produção de gráficos. Resultados: Nesse período, houve o total de 17.552 notificações e 691 pacientes abdicaram do tratamento. No que se refere à taxa de abandono de tratamento, observa-se oscilações ao longo do período, com maiores taxas nos 2 últimos anos avaliados. A menor taxa foi observada em 2012, correspondendo a 2,69 abandonos para cada 100 casos diagnosticados, e a maior em 2021, sendo 5,98 abandonos para cada 100 diagnósticos. Conclusões: Concluiu-se que a taxa de abandono do tratamento da hanseníase tende ao aumento, sendo esse mais expressivo em 2020 e 2021. Tal acontecimento pode se relacionar ao cenário pandêmico, haja vista a dificuldade do Ministério da Saúde em oferecer atendimento voltado para a hanseníase e demais comorbidades em meio à sobrecarga do SUS, e a necessidade de implementação do isolamento social.
ANÁLISE DA CONSISTÊNCIA DOS DADOS CLÍNICOS E DE TRATAMENTO DOS CASOS DE HANSENÍASE
Pôster
Reis, G. C. S.1, Lages, D. S.2, Lana, F. C. F.2, Maciel, I. C. L.2
1 Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
2 Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Avaliar a consistência de dados clínicos e de tratamento dos pacientes diagnosticados com hanseníase e registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, entre os anos de 2017 e 2021, no estado de Minas Gerais. Método: Estudo ecológico descritivo, quantitativo e transversal, que buscou avaliar a consistência dos dados clínicos (forma clínica e classificação operacional) e de tratamento (esquema terapêutico inicial), conforme preconizado pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Hanseníase, segundo Unidade Regional de Saúde. A população do estudo foram os casos de hanseníase registrados no SINAN de 2017 a 2021, sendo os dados extraídos e avaliados em uma planilha do Microsoft Excel (versão 2016). Resultado: Foram notificados 6.568 casos de hanseníase em MG, dentre eles, somente 5.417 (82%) apresentaram o preenchimento completo dos dados. Ao avaliar o percentual de consistência, observou-se divergência entre as Unidades Regionais de Saúde, uma vez que somente Juiz de Fora e Leopoldina apresentaram 100% de consistência nos dados clínicos e de tratamento. Por outro lado, Barbacena (66,7%), São João Del Rei (75,0%), Itabira (77,8%) e Uberlândia (77,8%) obtiveram os menores percentuais. Conclusão: O estudo identificou fragilidades na qualidade das notificações de hanseníase devido à inconsistência de dados, prejudicando a avaliação das ações de controle. A melhoria no preenchimento e o preenchimento realizado corretamente é essencial para fortalecer a vigilância e informação e para uma melhor compreensão do cenário epidemiológico e operacional da doença.
ANÁLISE DA DESCENTRALIZAÇÃO MINEIRA NAS AÇÕES DE CONTROLE DA HANSENÍASE
Pôster
Lages, D. S.1, Maciel, I. C. L.2, Reis, G. C. S.3, Vidal, S. L.2, Lana, F. C. F.2
1 UFMG; MS
2 UFMG
3 SMS BH
Objetivo: Comparar a tendência da descentralização das Ações de Controle da Hanseníase para a Atenção Primária à Saúde com a situação epidemiológica e operacional da hanseníase em Minas Gerais. Método: Estudo epidemiológico observacional e analítico do tipo ecológico, de séries temporais, para analisar a tendência da descentralização das Ações de Controle da Hanseníase para a Atenção Primária à Saúde e seu desempenho no estado de Minas Gerais. Os dados do estudo foram os casos de hanseníase registrados no SINAN de 2001 a 2020, sendo os dados extraídos e avaliados em uma planilha do Microsoft Excel (versão 2016). Resultado: Em comparação entre a tendência da descentralização e os indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase, notou-se que, para as regiões que apresentaram tendência crescente da descentralização (Centro Sul, Leste do Sul, Nordeste, Oeste, Sul e Triângulo do Sul), houve, majoritariamente, tendências igualmente crescentes para os indicadores de Cobertura da Atenção Básica e Cobertura da Estratégia de Saúde da Família. Conclusão: Nos locais em que se percebeu uma maior descentralização das Ações de Controle da Hanseníase, houve uma redução da magnitude e incidência da hanseníase, podendo ser atribuído à fatores intrínsecos às ações da Atenção Primária à Saúde, como por exemplo, ações preventivas que visem o diagnóstico precoce, realização da PQT-U e seu devido acompanhamento, aumento da cobertura da Cobertura da Atenção Básica e Cobertura da Estratégia de Saúde da Família - fator que contribui para identificação da população em risco de adoecimento -, busca ativa de contatos e a vacinação contra BCG.
ANÁLISE DESCRITIVA E ESPACIAL DA LEPTOSPIROSE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO DE 2012-2021
Pôster
Santos, I. B. G.1, Sandre, M. C. C.1, Barros, A. M.1, Faustino, D. S.1, Quadros, E. M. S.1, Luan, S. C.1, Bannitz, W. C. S.1, Aguair, G. M. O.1
1 SMS/SUBPAV/SVS
Objetivo: Descrever os casos confirmados de leptospirose do Município do Rio de Janeiro entre 2012 a 2021.
Métodos: Estudo descritivo e espacial dos casos confirmados de leptospirose, residentes do MRJ entre 2012 a 2021 e notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Para análise espacial, inicialmente os casos foram geocodificados com coordenadas geográficas dos seus endereços residenciais, posteriormente corrigidos quando necessário. Os registros pluviométricos e populacionais foram obtidos do Sistema Alerta Rio e do Instituto Pereira Passos, respectivamente. Foram utilizados os programas Microsoft Excel e ArcGis.
Resultados: Foram confirmados 463 casos, sendo 2019 o ano de maior ocorrência. A doença incidiu mais no sexo masculino (87,9%) e entre pessoas de 45 a 59 anos (30,7%). As exposições mais frequentes foram locais com sinais de roedores (n=205) e contato com água/lama de enchente (n=203), tendo 41,3% dos casos o domicílio como local provável de infecção. Verificou-se ampla distribuição espacial, sendo Jacarepaguá (n=22) e Guaratiba (n=19) os bairros mais acometidos. A maioria foi de hospitalizados (94,6%) com taxa de letalidade de 22,2%. Observou-se análise diretamente proporcional da doença com os anos de maior incidência de chuva, onde destacaram-se os anos de 2013 e 2019 com incidência de 127,9%.
Conclusão: Observou-se alta taxa de letalidade e associação direta dos períodos chuvosos com uma maior incidência da doença, o que reforça a leptospirose como um problema de saúde pública. Além disso, o uso do geoprocessamento permitiu conhecer a real localidade dos casos, favorecendo a implementação oportuna das medidas de prevenção/controle.
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE NO DISTRITO FEDERAL (2012-2022)
Pôster
JESUS, C.S.G.1, SILVA, L.S.2, RESENDE, F.O.2, BRANT, J.L.2
1 UnB
2 Unb
Objetivos: Investigar o perfil epidemiológico dos casos de leptospirose no Distrito Federal entre 2012 e 2022, abrangendo características demográficas, sazonalidade, fatores de risco e variáveis como escolaridade, faixa etária, regiões de residência, fonte e características do local. Métodos: Foram analisados dados epidemiológicos, recapitulados e descritivos de cunho populacional de casos de leptospirose notificados no Distrito Federal durante o período de 2012 a 2022. Foram coletados dados do Sistema de Notificação de Agravos (SINAN) a partir do site do Departamento de Informática do Sistema de Saúde Única (DATA-SUS). Todas as informações foram coletadas no TABNET e posteriormente tabuladas no Microsoft Excel para análise subsequente. Resultados: Durante a análise, observou-se um perfil predominante de adultos jovens, com média de 30 anos (intervalo de 20 a 39 anos), correspondendo a aproximadamente 40% (n=119) dos casos. Os homens foram mais afetados do que as mulheres, representando cerca de 80% dos casos (n=164). A sazonalidade dos casos coincidiu com períodos de chuvas, ocorrendo principalmente entre dezembro e o início de maio. A maior parte dos pacientes identificados eram de etnia parda (40,38%, n=84). Adicionalmente, 42,3% dos casos ocorreram em perímetros urbanos. Conclusão: O perfil epidemiológico identificado destaca a necessidade de medidas preventivas direcionadas, especialmente durante os períodos de chuvas intensas. Intervenções focadas na melhoria do saneamento básico e no controle de roedores são essenciais para reduzir a incidência de leptospirose no Distrito Federal. Além disso, é crucial promover educação em saúde e conscientização da população sobre os fatores de risco associados à leptospirose.
ANÁLISE TEMPORAL DA HANSENÍASE. RECIFE, PERNAMBUCO, 2016 A 2021.
Pôster
TEIXEIRA, A.Q.1, COSTA, C. G. C.2, SOUZA, W. V.1, CABRAL, A.P.S.2
1 FIOCRUZ/PE
2 UFPE/CAV/PE
Objetivo: analisar a tendência temporal da hanseníase no Recife, Pernambuco, 2016 a 2021.
Métodos: estudo ecológico a partir dos casos novos de hanseníase notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Os casos foram agrupados por semestre de notificação. Para a tendência temporal, adotou-se a regressão Jointpoint, que estimou a variação percentual semestral (VPS). Foi considerado um máximo de dois pontos de inflexão e os modelos foram elegíveis pelo Bayesian Information Criterion (BIC).
Resultados: foram detectados 2.660 novos casos de hanseníase (27,0 casos/ 100 mil habitantes). A partir do 2º semestre de 2019 até o 2º semestre de 2021 observou-se uma tendência de decréscimo da detecção de casos (VPS=-21,8; p=0,025) entretanto destaca-se, no mesmo período, uma maior redução entre os menores de 15 anos (VPS=-39,0; p=0,003)), entre o sexo feminino (VPS=-24,0; p=0,027) e para os casos paucibacilares (VPS=-26,2; p=0,037).
Conclusões: embora a tendência de decréscimo tenha iniciado no 2º semestre de 2019, o período pandêmico da Covid-19 pode ter impactado no comportamento da detecção da hanseníase no Recife, comprometendo as ações de vigilância epidemiologia e atenção à doença durante a emergência em saúde pública, podendo se prolongar por anos adiante. Incorporar a análise da tendência temporal ao monitoramento da hanseníase poderá contribuir na interpretação de indicadores epidemiológicos e operacionais e no planejamento e implementação de intervenções oportunas para o controle do agravo.
ANÁLISE TEMPORAL DO RISCO EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO ESTADO DE GOIÁS-BRASIL 2010-2021
Pôster
Vieira, N. F.1, Barbosa, C. C.1, Guimarães, R. A.1
1 UFG
Objetivos: analisar a tendência do risco epidemiológico da hanseníase no estado de Goiás e suas macrorregiões de saúde de 2010-2021. Métodos: análise de série temporal do indicador composto índice de risco epidemiológico de hanseníase em Goiás. Utilizaram-se casos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação para cálculo dos indicadores isolados (taxa de detecção geral de novos casos, taxa de detecção em menores de 15 anos e taxa de casos com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico) e o risco classificado em alto, médio, baixo e muito baixo. A tendência foi analisada pela regressão linear de Prais-Winsten e produzidos mapas de risco. Resultados: Goiás apresentou 19.728 novos casos de hanseníase, sendo 814 em menores de 15 anos e 1.264 casos com grau 2 de incapacidade física no diagnóstico entre 2010-2021, com alta endemicidade para hanseníase (24,8 casos/100 mil habitantes) e médio risco epidemiológico (0,58). Observou-se tendência estacionária (variação percentual anual 0,50; intervalo de confiança -3,04; 4,16) para o risco da hanseníase em Goiás e macrorregiões Centro-Oeste e Centro-Sudeste. Por fim, em 2021, foi observado médio risco epidemiológico para hanseníase no estado. Conclusões: Goiás necessita de ações que visem a redução do risco epidemiológico da hanseníase, especialmente em áreas com tendência estacionária, isso inclui medidas de rastreamento precoce de novos casos e educação em saúde. Além disso, a endemia persiste como problema de saúde pública, com distribuição e tendência heterogênea em municípios e macrorregiões goianas, o que reforça necessidade de fortalecer serviços e profissionais de saúde para atuação qualificada da hanseníase.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE HANSENÍASE NO BRASIL NOS ANOS DE 2013
Pôster
Tavares , A. C.1, Silva , A. S.1, Fonseca , I. M.1, Silva, R. R. C. P1, Bastos , T. V. R1, Silva, L. M. S1
1 UECE
Objetivo: Descrever o comportamento epidemiológico da hanseníase no Brasil no período de 2013 a 2023. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal e descritivo, que utilizou os dados secundários sobre os números e as variáveis sociodemográficas relacionadas aos casos notificados de hanseníase no Brasil, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS), com base no SINAN, no período de 2013 a 2023. A coleta de dados foi realizada de abril a maio de 2024. Realizou-se a busca dos números de casos de hanseníase no Brasil e a correlação destes dados com as variáveis (região, sexo, faixa etária, raça e escolaridade). Os dados foram analisados de forma descritiva frequencial. Resultados: Identificou-se um total de 336.090 casos de hanseníase, com predominância destes na região Nordeste (n=143.600; 42,7%) em comparação às demais regiões, sendo a maioria em pacientes do sexo masculino (n=191. 499; 57%) e na raça parda (n=196.977; 58,6%). Os casos predominaram na faixa etária de 15 anos ou mais (n= 317.048; 95,3%) com nível de escolaridade da 1ª a 4ª serie incompleta do ensino fundamental (n=66.562; 19,8%). Conclusões: O levantamento atualizado dos casos e das variáveis sociodemográficas dessa população é necessário para possibilitar a elaboração de estratégias e políticas públicas para a prevenção, controle e assistência aos pacientes com hanseníase, bem como reduzir os casos da doença no Brasil.
ASSOCIAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE CHAGAS
Pôster
Xavier, I.G.G.1, Andrade, P.M.1, Vitor, R.L.1, Barros, T.C.1, Portela, L.F.1, Holanda, M.T.1, Sangenis, L.H.C.1, Silva, G.M.S.1, Rocha, F.M.1, Mendes, F.S.N.1, Costa, A.R.1, Hasslocher-Moreno, A.M.1, Araújo, I.L.1, Junqueira, A.C.V.1, Georg,I.1, Pinheiro, R.O.1, Paravidino, V.B.2, Gonçalves, T.R.2, Saraiva, R.M.1, Mediano, M.F.F.1
1 Fiocruz
2 UERJ
O objetivo do estudo foi investigar a associação entre a atividade física (AF) e a qualidade de vida (QV) em indivíduos com doença de Chagas (DC) durante a pandemia de COVID-19.
Este é um estudo transversal com 187 pacientes com DC de ambos os sexos, com ≥18 anos, acompanhados em um centro nacional de doenças infecciosas (Rio de Janeiro, Brasil). O nível de AF total (TotMet) foi determinado pelo questionário IPAQ-versão curta, a QV foi determinada pelo questionário WHOQOL-Bref. Foram utilizados modelos não ajustados e ajustados por potenciais variáveis de confundimento. Foram criadas duas categorias de acordo com a variável MET-minutos: ModVig= moderado + vigoroso e caminhada = leve. A análise ajustada demonstrou os tercis médio (Exp β= 1,123; IC 95% 1,010 a 1,249) e alto (Exp β= 1,140; IC 95% 1,021 a 1,274) de ModVig foram associados positivamente ao domínio físico. O tercil alto de TotMet foi positivamente associado ao domínio psicológico (Exp β= 1,114; IC 95% 1,016 a 1,221). Os tercis médio (Exp β= 1,116; IC 95% 1,021 a 1,220) e alto (Exp β= 1,111; IC 95% 1,012 a 1,218) de ModVig foram positivamente associados ao domínio psicológico. O tercil mais alto de TotMet foi positivamente associado ao domínio do meio ambiente (Exp β= 1,116; IC 95% 1,011 a 1,232).
A identificação das características dos pacientes associadas aos níveis de AF pode facilitar o desenvolvimento de abordagens personalizadas para incentivar que os pacientes com DC tornem-se cada vez mais fisicamente ativos contribuindo assim para melhorar sua QV.
AVALIAÇÃO COMPARATIVA DE TÉCNICAS DIAGNÓSTICAS PARA TOXOPLASMOSE EM CAPRINOS
Pôster
Vicentini, L. P. P.1, Nunes, M. C.1, Meneghetti, P.2, Pereira-Chioccola, V. L.3, Torrecilhas, A. C. T.2, Fux, B.1
1 Universidade Federal do Espírito Santo
2 Universidade Federal de São Paulo
3 Instituto Adolfo Lutz
Objetivos
Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose, representa um desafio na caprinocultura devido aos riscos de abortos. Humanos se infectam por ingestão de carne ou leite contaminados. Nesse contexto, as Vesículas Extracelulares (EVs) desempenham papel na patogênese, modulando respostas do hospedeiro e ajudando na disseminação do parasita. Entender os mecanismos epidemiológicos de infecção é crucial para aprimorar os métodos diagnósticos. Este estudo visou desenvolver um protocolo padronizado de diagnóstico utilizando um ensaio imunoenzimático quimioluminescente (CL-ELISA) que emprega EVs liberadas por T. gondii como antígeno.
Métodos
Foram analisadas 146 amostras de soro de cabra. O CL-ELISA foi conduzido utilizando EVs e antígenos totais do parasito em microplacas. O método de Análise de Rastreamento de Nanopartículas (NTA) foi empregado para caracterizar as EVs de T. gondii. A eficácia do CL-ELISA foi comparada com o ELISA convencional. Para padronização, as placas receberam EVs do parasito a uma concentração de 10³ partículas por poço, conforme medido pelo NTA. Foram usados 3 µg de antígeno por poço.
Resultados
Dos 146 soros, 78 (53,4%) tiveram resultados negativos no ELISA convencional. No método CL-ELISA com EVs, 24 soros (16,4%) foram negativos, e 9 (6,1%) com antígeno do parasito. Estes resultados revelam mais soros positivos — 83,6% com EVs e 93,8% com antígeno do parasito — comparados ao ELISA convencional (46,6%).
Conclusão
A análise comparativa demonstrou que as EVs podem oferecer vantagens significativas sobre o método convencional, proporcionando melhorias na detecção da infecção por T. gondii. Conclui-se que o uso de EVs em um CL-ELISA é eficaz e sensível para detectar toxoplasmose em cabras.
AVALIAÇÃO DA ESQUISTOSSOMOSE COM VARIÁVEIS AUTORREFERIDAS
Pôster
ANDRADE, G. N.1, MATOSO, L. F.1, COSTA, A. L. A.2, GAZZINELLI, A.1
1 Universidade Federal de Minas Gerais
2 Universidade Federal de Lavras
Objetivo: A esquistossomose é um importante problema de saúde pública no Brasil e sua eliminação é uma meta mundial, mas fatores como falhas no processo diagnóstico dificultam. Além disso, os indivíduos que vivem em áreas remotas têm difícil acesso ao diagnóstico. Assim, o objetivo foi investigar as relações entre variáveis demográficas e sintomas autorreferidos com a infecção pelo Schistosoma Mansoni. Método: estudo transversal com 577 participantes (idade de 2 a 80 anos). Foi realizado levantamento parasitológico com duas amostras de fezes pelo método Kato-Katz. Informações demográficas e sintomas autorrelatados foram obtidos. Os dados de sintomas foram coletados por meio de um questionário “Recall Card” registrado por cada indivíduo, tanto positivo quanto negativo para infecção por S. mansoni, por um período de 30 dias. Os dados foram analisados por meio da Análise de Correspondência Múltipla. Resultados: a prevalência da infecção por S. mansoni foi de 33,2% e a intensidade média de infecção foi de 451 ovos/grama de fezes. De acordo com a análise de correspondência tivemos uma inércia total de 80,1% o que representa que os resultados são robustos. Os resultados indicam uma relação forte e direta entre a infecção por S. mansoni e o sexo feminino, faixa etária de 10 a 19 anos, presença de diarreia, dor abdominal, dor de cabeça, tontura e cansaço. Conclusão: Embora menos específica, a identificação de variáveis autorreferidas por indivíduos de uma comunidade endêmica pode ser um importante indicador de doença.
ÁREAS DE RISCO DA HANSENÍASE INFLUENCIADO PELAS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS EM MINAS GERAIS
Pôster
Lana, F.C.F.1, Bueno, I.C.1, Lages, D.S.1
1 UFMG
Objetivos: Analisar a correlação espacial entre o Risco Epidemiológico da hanseníase e as condições socioeconômicas nos municípios de Minas Gerais. Métodos: Estudo ecológico analítico realizado com casos de hanseníase diagnosticados entre 2012 e 2019 em Minas Gerais. O risco epidemiológico foi calculado a partir de três indicadores epidemiológicos do SINAN, enquanto nove indicadores socioeconômicos foram retirados do IBGE. Os dados foram tratados no Excel e a análise espacial foi realizada com regressão linear multivariada, seguida pelos modelos Spatial Error e Spatial Lag, considerando a autocorrelação espacial, utilizando o software GeoDa. Resultados: O modelo final de regressão multivariada incluiu quatro indicadores socioeconômicos: proporção de pessoas com baixa renda, taxa de analfabetismo, proporção de pessoas em domicílios com alta densidade de moradores e proporção de pessoas sem acesso à água canalizada, explicando 15% da variação do risco epidemiológico (R²=0,15). O modelo Spatial Error apresentou melhor ajuste ao incorporar a autocorrelação espacial (R²=0,68), com índice de Moran de 0,086 (p<0,001). As macrorregiões Noroeste e Nordeste apresentaram maior proporção de municípios de alto risco, enquanto as regiões Centro-Sul, Sudeste e Central concentraram municípios de baixo risco. Conclusões: A hanseníase em Minas Gerais ainda se concentra em áreas historicamente endêmicas, fortemente associada a condições socioeconômicas desfavoráveis. Estratégias de controle devem incluir ações intersetoriais para reduzir desigualdades sociais e melhorar as condições de vida. A técnica de geoprocessamento mostrou-se eficaz para o planejamento e monitoramento de ações de saúde pública, destacando áreas prioritárias para intervenção.
BUSINESS INTELLIGENCE NO MONITORAMENTO DE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS: MUNICÍPIO DE NITERÓI
Pôster
Hellmann, S.1, Silva, J. P.1, Fiebig, L. L.1, Almeida, S. C. B.1, Honorato,1, Costa, F. M.1, Guillen, L.C.1, Machado, L. S.1, Hellmann, S.1
1 FMS
As Doenças negligenciadas contribuem na manutenção de desigualdades e representam entraves ao desenvolvimento dos países. Exemplos incluem: doença de Chagas, hanseníase, malária, tuberculose, sífilis, leishmaniose entre outras. Segundo a OMS, 1/6 da população mundial já foi infectada. Objetivos: apresentar a experiência da utilização de Business Intelligence (BI) na elaboração do painel para monitoramento de doenças negligenciadas em Niterói. Metodologia: Para o dashboard incluiu-se os agravos mais prevalentes na cidade: tuberculose, hanseníase e sífilis. Os dados foram extraídos dos bancos do SIM, SINAN, SINASC e IBGE. Para análise e processamento, empregou-se o software RStudio e a ferramenta BI. Resultados: O painel possui três interfaces gráficas: indicadores operacionais, sociodemográficos e georreferenciamento, possibilitando visualizações dinâmicas e acessíveis. O período analisado foi 2014-2024. Em 2023, para Tuberculose foi visualizado um coeficiente de incidência (CI) de 45,46 e uma taxa de mortalidade de 3,3. Já o bairro com maior CI foi Gragoatá (719,42). Para hanseníase a taxa de detecção foi de 3,53 e proporção de cura de 100%. No georreferenciamento, a maior taxa foi no bairro de Jurujuba (34,65). Nos dados de sífilis, Niterói apresentou um CI de 208,61 para adquirida; 57,98 para gestantes e 12,30 para congênita < 1 ano. Os bairros com maiores incidências para cada tipo de sífilis foram Gragoatá (3597), Viradouro (3.000) e Matapaca (71,43) respectivamente. Conclusões: A utilização do BI para monitoramento de doenças negligenciadas representa uma contribuição significativa para a gestão da saúde pública municipal. Entretanto, alguns desafios persistem, tais como: qualidade dos dados coletados e subnotificações desses agravos.
CADEIA DE TRANSMISSÃO DA HANSENÍASE EM MINAS GERAIS: ESTUDO DE TENDÊNCIA
Pôster
Rodrigues, R. N.1, Kerr, B. M.2, Lages, D. S.3, Coelho, A. C. O.4, Lana, F. C.2
1 UFSJ
2 UFMG
3 UFMG e MS
4 UFJF
Objetivo: Analisar a tendência dos indicadores epidemiológicos para o monitoramento da hanseníase em Minas Gerais no período de 2001 a 2020. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais realizado no período de 2001 a 2020. Foram consideradas unidades territoriais de análise os 853 municípios do estado de Minas Gerais. A análise de tendência foi realizada no programa Stata, versão 12. Utilizou-se a regressão linear generalizada pelo método de Prais Winsten. Como variável dependente adotou-se os indicadores epidemiológicos para o monitoramento da hanseníase selecionados (taxa de detecção de casos novos; proporção de casos multibacilares; proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade física; taxa de detecção na população de zero a 14 anos); e como variável independente o ano de diagnóstico (2001 a 2020). Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, disponibilizado pela Coordenação Estadual de Hanseníase da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Resultados: A taxa de detecção geral e em menores de 15 anos apresentaram tendências decrescentes em todo período analisado, exceto entre os anos de 2011-2020. Nesse intervalo de tempo a tendência da taxa de detecção em menores de 15 anos foi estacionária. Já a proporção de casos segundo classificação operacional apresentou tendência crescente entre os casos multibacilares. Por fim, a tendência da proporção de grau 2 foi estacionária. Conclusões: Os resultados sinalizam a perpetuação da cadeia de transmissão e existência de prevalência oculta da hanseníase no estado de Minas Gerais.
CONHECENDO AS ZOONOSES: UTILIZAÇÃO DE REDES SOCIAIS E PREVENÇÃO DE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS
Pôster
Silveira Neto, O.J.1, Silva, V.H.P.1, Andrade, V.G.1, Espindola, I.R.M.1
1 UEG
O objetivo da realização deste trabalho foi de produzir e divulgar materiais didáticos para rede social com o intuito de contribuir para a prevenção de zoonoses negligenciadas. O projeto foi desenvolvido a partir do levantamento de dados sobre doenças negligenciadas no Brasil, sendo que foram escolhidas as seguintes zoonoses: leishmaniose visceral, leishmaniose tegumentar e doenças de chagas. Foram elaborados posts em aplicativos online e gratuitos, como o Canva, sobre ciclo biológico da doença, formas de transmissão e métodos de prevenção e controle. Além disso, foram produzidos vídeos com o intuito de informar sobre a prevenção das doenças. Todos os posts e vídeos foram feitos com linguagem simples e acessível, com o intuito de atingir o maior número possível de pessoas. Todos os posts e vídeos foram publicados no instagram. No ano de 2023, foram elaborados mais de vinte postagens sobre leishmanioses e doença de chagas, sendo que mais de 15.000 pessoas tiveram acesso ao material. Os vídeos curtos e com utilização de alguma forma de humor na linguagem tiveram mais visualizações e interações do público, com envio de dúvidas e interações, o que pode ajudar na disseminação de informação e educação em saúde. Por mais que seja complexo o processo de informar por meio de redes sociais, pode-se concluir que a utilização de linguagens simples e acessíveis a uma boa parte da população pode contribuir bastante no processo de prevenção de zoonoses e educação em saúde.
CONTROLE E PREVENÇÃO DE ESPOROTRICOSE:REVISÃO INTEGRATIVA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
Pôster
LOUREIRO, C.F.1, SIQUEIRA, T. M.1, TAVARES, A. S.1, JACKISCH-MATSUURA, A. B.1
1 Fiocruz Amazônia
Objetivo:Identificar as políticas públicas recomendadas para controle e a prevenção de esporotricose em humanos e animais no Brasil.Métodos:Trata-se de uma revisão integrativa de literatura sobre esporotricose em humanos e animais.Para pergunta de pesquisa foi utilizado o mnemônico PICo,onde P é a população: humanos e animais;I é o fenômeno de interesse:controle e prevenção de esporotricose e Co é contexto: no Brasil. Tendo-se como pergunta de pesquisa: Quais as políticas públicas recomendadas para controle e a prevenção de esporotricose em humanos e animais no Brasil? Para seleção dos artigos foram utilizadas as bases de dados: Medline/via pubmed; Lilacs/ BVS; Scielo.br e Google Acadêmico. Foram utilizados os descritores:Esporotricoose, zoonose e humanos combinados através do operador booleano AND. Os artigos selecionados foram inseridos no aplicativo RAYYAN, excluindos os artigos duplicados e dos demais lidos títulos e resumos, e os que respondiam a pergunta de pesquisa foram selecionados para leitura.Não houve recorte temporal na revisão. Resultados: Foram encontradas 788 publicações,excluídos 185 por serem duplicados, 445 por abordarem outras questões, 25 incompletos, 20 pagos, totalizando 113 artigos. As medidas para controle e prevenção da esporotricose são: as campanhas de conscientização abordando os aspectos clínicos e epidemiológicos, estruturação e capacitação da rede de atendimento, vigilância e controle, necessidade de um sistema de notificação da doença,indicado para os animais a castração e a cremação pós-óbito para evitar contaminação do solo, implantação de assistência veterinária pública, distribuição da medicação. Conclusão:Faz-se necessária a implementação da notificação compulsória e acompanhamento dos acometidos, visto que a esporotricose é uma doença neglicenciada.
DISCRIMINAÇÃO E ESTIGMA SOB A ÓTICA DOS CASOS DE HANSENÍASE COM GIF2 CONFIRMADO NO BRASIL
Pôster
Lages, D. S.1, Sousa, G. J. B.1, Barbosa, P. P. L.1, Rocha, M. C. N. R.1, Neto, S. A. S.1, Macedo, A. C.1, Lana, F. C. F.2
1 MS
2 UFMG
Objetivos: Avaliar a percepção de estigma dos casos de hanseníase com confirmação de GIF2 na investigação. Métodos: Estudo descritivo que avaliou as 27 Unidades Federativas. Avaliou-se os casos novos de hanseníase diagnosticados com GIF2, notificados no Sinan e investigados no SIGIF2. Os softwares Microsoft Excel e Stata 14.0 foram utilizados para tabulação e análise dos dados. O formulário do SIGIF2 possui duas questões que tratam da percepção dos pacientes com hanseníase em relação ao estigma: “Você preferiria que as pessoas não soubessem que você tem hanseníase?” e “Alguma vez te pediram para se manter afastado(a) do trabalho escola ou grupo social por conta da hanseníase?". Resultados: 43,8% não se importariam que as pessoas soubessem, sugerindo uma maior aceitação social da hanseníase em algumas comunidades. Entretanto, 30,9% gostariam que as pessoas não soubessem, indicando que, apesar da redução, o estigma ainda persiste. Em Alagoas e Pernambuco, a maioria dos casos não se importaria em que outras pessoas soubessem sobre a hanseníase. No Rio de Janeiro, 80% prefeririam que sua condição fosse mantida em segredo. 68% dos pacientes nunca foram solicitados a se afastar de suas atividades sociais ou profissionais por conta da hanseníase. O percentual de respostas "Não" variou de 55,6% a 100%, já o "Sim" variou de 0% a 20%, indicando que essa situação ainda ocorre em alguns casos. Conclusões: O estigma associado à hanseníase tem diminuído no Brasil. É importante atentar às situações em que os pacientes são alvo de discriminação e promover a inclusão dessas pessoas na sociedade.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CARAQUATATUBA, SP - 2001 A 2023
Pôster
Almeida, A.B.A1, Lafratta, T.E1, Queiroz, E.R.P1, Lorenço, S.C1, Borges, M.D.V1, Santos, L.C1, Luz, D.G1
1 CVE/HANSENIASE
Introdução: Dados da Organização Mundial da Saúde indicam o Brasil como o segundo colocado no ranking dos casos de hanseníase no mundo, perdendo somente para a Índia e ficando à frete de Indonésia desde a década de 1980 a 2021, mesmo com a introdução da poliquimioterapia (PQT) que reduziu significativamente os casos novos nesse período. Objetivo: Identificar as áreas de alto risco da hanseníase no período de 2001 a 2023 no Município de Caraguatatuba, Estado de São Paulo. Método: Estudo descritivo ecológico de análise espacial dos casos de hanseníase notificados por residência no Município de Caraguatatuba no Estado de São Paulo, entre o período de 2001 a junho/2023. Com a utilização da análise de varredura para definição das áreas de alto risco (Aglomerados) no puramente espacial, puramente temporal, no espaço-tempo e na variação espacial das tendências temporais, bem como no espaço-tempo prospectivo, utilizando o software Sastcan nos 202 setores censitários do município. Resultados: Foram georreferenciados 325 casos detectáveis de hanseníase entre 2001 e junho 2023, sendo destes 10 casos novos de crianças menores de 15 anos de idade. As análises espaciais de varredura detectaram no puramente espacial 3 aglomerados, no espaço-tempo 3 aglomerados e na variação espacial das tendências temporais e no espaço-tempo prospectivo não se obteve significância estatística nos aglomerados com valores de p<0,05.
DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS FORMAS GRAVES E ÓBITOS POR ESQUISTOSSOMOSE EM PERNAMBUCO
Pôster
Brito, M.I.B.S.1, Oliveira, E.C.A.1, Barbosa, C.S.1, Gomes, E.C.S.1
1 IAM/Fiocruz-PE
Objetivo: analisar o padrão espacial das formas graves e óbitos por esquistossomose no estado de Pernambuco. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, analítico de série temporal (2007 a 2017). A população de estudo foi composta pelas notificações confirmadas das formas graves e óbitos por esquistossomose no estado de Pernambuco, sendo analisadas por região de desenvolvimento. Resultados: No período estudado, foram identificadas 9.085 notificações no Sinan para as formas graves da esquistossomose distribuídas em 140 municípios do estado de Pernambuco e, foram identificados 1.956 óbitos por esquistossomose registrados no SIM, distribuídos em 123 municípios. Foram calculadas as frequências absolutas e relativas de cada município, assim como, a taxa média de positividade e taxa média de mortalidade acumulada. Calculou-se o Índice Global de Moran (I) e foram construídos os mapas de Moran. Resultados: Destacam-se as maiores representações de formas graves na Mata Sul (30,75%) e dos óbitos, na Região Metropolitana (47,39%). Para positividade obteve-se o I=0,23, p=0,001 e para mortalidade, I=0,64, p=0,001. Conclusões: A doença ainda persiste nas áreas endêmicas como a Zona da Mata, Agreste e há migração para região Metropolitana, incluindo os territórios litorâneos, mostrando sua expansibilidade no Estado. Essas regiões são consideradas de risco e devem ser áreas prioritárias para investimentos emergenciais em diagnóstico, tratamento e controle.
EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESPÍRITO SANTO
Pôster
SOARES, S.B.P1, LEITE, G.R1, DEL CARRO, K.B2, FUX, B1
1 UFES
2 SESA
Objetivos: O trabalho tem como objetivo analisar o panorama da doença de Chagas no estado do Espírito Santo e avaliar os indicadores epidemiológicos mais relevantes. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com base nos dados de casos confirmados da doença de Chagas no Espírito Santo, entre 2001 e 2023. Os dados foram coletados no DATASUS e SESA. Resultados: Foram registrados 62 casos de doença de Chagas no Espírito Santo entre 2001 e 2023. 38,7% dos casos eram autóctones e 30% foram considerados importados de outras localidades. Os outros 31,3% casos foram considerados desconhecidos quanto à origem da infecção. Dos 24 casos autóctones, 13 foram transmitidos por triatomíneos, um foi transmitido por via oral e um foi infectado acidentalmente. 54,8% dos casos foram do sexo masculino e 17,7% afirmaram ter Ensino Fundamental Completo. A maioria dos infectados se identificaram como brancos (35,5%) e possuem idade entre 40-59 anos (30,6%). Quanto à forma clínica da doença, 41,9% apresentam a forma indeterminada da doença. Conclusões: A transmissão vetorial teve grande importância nos casos registrados no ES. A maioria dos casos foram registrados na região metropolitana e sul do ES. Grande parte dos casos, não possuem uma forma de transmissão identificada, o que indica que o diagnóstico foi tardio, com a forma crônica da doença já estabelecida. Os resultados, quanto ao perfil epidemiológico dos infectados, são similares a outros estudos realizados em outros estados e à nível nacional.
EPIDEMIOLOGIA DA INCIDÊNCIA DE HANSENÍASE NA VI REGIÃO EM SAÚDE-PE, NO PERÍODO 2014 2022
Pôster
Pires, A. P. D.1, Vilela, A.P1, Silva, A. C.R.1, Amaral, D. H. A.1, Costa, D. M. A1, Da Silva, G. R. A. R.1, Matias, H. V.1, Arcoverde, J. H .V1, Mandú, L. C. S.1, Vasconcellos, M. A. S1, Lucena, J. R. M1, Rodrigues, R. M. S.1, Melo, W. E . S.1
1 VI GERÊNCIA REGIONAL DE SAÚDE -PE
A hanseníase possui alta prevalência na população com baixa instrução, carente de serviços de atenção básica em saúde, assistência social e sanitária. Além desses, outros fatores socioeconômicos propiciam a alta incidência da doença, como o baixo investimento em prevenção, o isolamento geográfico e a dependência de serviços e informações, as quais, na maioria das vezes, são escassas e afetam a capacidade da população de, por si, melhorar as condições da própria saúde. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico da tuberculose na IV Região em Saúde no estado de Pernambuco no período de 2018 a 2022. Resultados: No período de 06 anos foram notificados 428 casos de hanseníase nos Municípios da VI Região, o maior número de registrados foi em Arcoverde, com 22,5% dos casos. Quanto a forma clínica multibacilar foi detectada em 100% dos casos registrados. Ao analisar o perfil dos indivíduos com hanseníase, constatou-se que 59% são do sexo feminino, a faixa etária mais acometida é de 40 a 49 anos equivalendo a 22% dos casos notificados, no que se refere a raça, a parda teve maior percentual declarado, 72%, já sobre a escolaridade 20% dos indivíduos são analfabetos. Conclusão: a hanseníase permanece como uma doença da atualidade ainda distante da erradicação na VI região. Os aspectos epidemiológicos evidenciados pela pesquisa, revelam a necessidade de planejamento dos serviços de saúde quanto a capacitação dos profissionais para combater a tuberculose.
ESTUDO DO NÚMERO DE NOVOS CASOS DE HANSENÍASE NO BRASIL NO PERÍODO DE 2019 A 2023
Pôster
Wunder, V.A.1, Cunha, G.B.V1, Shama, S.F.M.S1
1 Feevale
A hanseníase, endemia histórica no Brasil, é caracterizada como uma infecção crônica causada pelo Mycobacterium leprae. A doença que afeta a pele e os nervos periféricos configura-se como um importante problema de saúde pública, sendo de notificação obrigatória. Esse estudo tem por objetivo verificar o número de casos novos de hanseníase na população geral nos âmbitos nacional e estadual com ênfase nas taxas de detecção por ano no período de janeiro de 2019 até dezembro de 2023. O estudo epidemiológico com delineamento transversal foi elaborado a partir de dados pesquisados no Sistema de informação de agravos de notificação. Constatou-se que em 2019, foram registrados 27.864 casos, número que caiu para 17.979 em 2020, possivelmente devido à menor detecção em meio à pandemia da COVID-19. Nos anos seguintes, a detecção voltou a subir, chegando a 22.466 casos em 2023. O Nordeste concentrou o maior número de casos no período (9.041) de Janeiro a Dezembro de 2023. No entanto, Mato Grosso, na região Centro-Oeste, se destacou como o estado com maior número de casos, evidenciando o efeito de um programa de busca ativa, sugerindo que a subnotificação pode ser um desafio em outras regiões. Os resultados ressaltam a necessidade de formulação de políticas públicas, principalmente relacionadas às ações de atenção primária à saúde e saneamento básico. A queda na detecção em 2020 durante a pandemia sugere a importância de ações robustas de vigilância epidemiológica junto a outros setores da administração pública para alcançarmos a eliminação dessa doença no Brasil.
EVOLUÇÃO DA HANSENÍASE NAS REGIÕES BRASILEIRAS: UM ESTUDO DE 2013 A 2023
Pôster
Oliveira, A. R.1, Kronenberger, C.T.1, Boccollini, P.1
1 Faculdade de Medicina de Petrópolis- FMP
Objetivo: Analisar a prevalência da hanseníase nas regiões brasileiras entre 2013 e 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e quantitativo dos casos notificados de hanseníase nas regiões brasileiras, no período de 2013 a 2023. Foram utilizados os dados disponíveis no SINAN - DATASUS. Resultados: Com a análise dos dados obtidos no sistema no período selecionado, foram notificados 336 090 casos de hanseníase no
Brasil, e o Nordeste apresentou 143 600 casos, sendo a região com maior número de casos do país. No entanto, ao calcular a média das taxas de prevalência de hanseníase nos anos estudados, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram encontrados os seguintes índices respectivamente: 3.22, 2.29 e 3.97 casos a cada 10.000 habitantes. Logo, a proporção de casos notificados de hanseníase nas regiões Norte e Centro-Oeste pela população total é maior, sendo assim, possui mais casos por habitantes do que o Nordeste. Conclusão: Apesar da redução de casos de hanseníase nos últimos anos no Brasil, principalmente pela implementação do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, os casos notificados seguem elevados nas macrorregiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Essa é uma doença que prevalece em baixas condições socioeconômicas, contribuindo para manutenção do quadro de desigualdade. Indica-se a necessidade de aprofundamento das análises de dados sociodemográficos e ampliação
da cobertura do programa de controle já existente, visando entender o motivo pelo qual os números da hanseníase se mantêm elevados quando comparados às regiões Sul e Sudeste.
EXPERIÊNCIA DO BRASIL NO INQUÉRITO NACIONAL DE INCAPACIDADE FÍSICA DEVIDO A HANSENÍASE
Pôster
Andrade, E.S.N.1, Brandão, J.G.2, Pedrosa, V.L.3, Boigny, R.N.4, Coriolano, C.R.F.5
1 Fundação Oswaldo Cruz Ceará – Fiocruz/CE
2 Ministério da Saúde e UNB
3 Fundação Alfredo da Matta – FUAM
4 Ministério da Saúde
5 Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia
Objetivo: Descrever a experiência da realização do Inquérito de Incapacidade Física em hanseníase no Brasil, entre 2022 a 2024. Método: Relato de experiência do planejamento e execução do inquérito; realizaram-se revisões na literatura nacional e internacional, discussões com especialistas no tema, reuniões com gestores do âmbito nacional, estadual e municipal, oficinas de padronização com profissionais selecionados para as atividades de campo. Resultados: Inquérito foi realizado nas 27 Unidades Federativas do país com uma amostra aleatória de pacientes de hanseníase que tiveram alta por cura entre 2015 e 2019. Ao todo foram avaliados 2.732 pacientes em 217 municípios. Foram analisados prontuários, avaliação clínica e entrevistas. Foram coletados dados sociodemográficos e econômicos; clínicos no diagnóstico, alta e pós-alta; avaliação neurológica simplificada no diagnóstico, alta e pós-alta; aplicado questionário World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Foi desenvolvido sistema online para registro dos dados. Conclusões: A incapacidade física pela hanseníase é preocupação mundial e requer condutas inovadoras. A execução desse trabalho pioneiro e inovador foi bastante desafiador tanto na parte do planejamento como na execução. Os resultados desse trabalho árduo possibilitaram conhecer a magnitude de incapacidade física Brasil com produção informações para implementação de novas estratégias no controle da hanseníase.
FATORES ASSOCIADOS A LETALIDADE DA LEPTOSPIROSE HUMANA NO BRASIL
Pôster
Marteli, A. N.1, Guasselli, L. A.2, Diament, D.3, Cunha, M4, Marinho, D. S.4, Costa, F.5
1 Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
3 Instituto de Infectologia Emílio Ribas, São Paulo
4 Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz)
5 Instituto de Pesquisas Gonçalo Moniz (Fiocruz Bahia) e Instituto de Saúde Coletiva (Universidade Federal da Bahia)
Objetivos: identificar os fatores associados ao óbito por leptospirose no Brasil. Métodos: Estudo ecológico em municípios com casos confirmados de leptospirose (2007-2019), obtidos no Sinan – Net (DATASUS). De 50.640 casos confirmados, foram excluídos: pacientes com sexo indefinido (n=4), contaminados no exterior (n=33), com idade inferior a 18 anos (n=7494), óbitos com hospitalização superior a 90 dias (n=42), data de óbito não especificada (n=16), evolução diferente da doença (n=391), ignorados (n=1520) e registros com valores ausentes (n=2934). A população final do estudo foi de 38.206 pacientes. Utilizamos modelos de regressão logística no R para estimar razões de chances (OR) de óbito e abordagem hierarquizada para seleção de variáveis, conforme nível de proximidade do desfecho: distal, intermediário e proximal. Resultados: de 38.206 casos confirmados, 34.238 foram curados (89,61%) e 3.968 (10,39%) vieram a óbito. Fatores associados ao óbito por leptospirose incluíram: contato lixo/entulho (OR 1,14), trabalho (OR 1,11), sexo masculino (OR 1,10), cor/raça não branco (OR 1,07), idade (OR 2,16 entre 50 e 59; OR 1,13 entre 25 e 39 anos), confirmação clínico-epidemiológico (OR 4,17), vomito (OR 1,07), icterícia (OR 1,95), insuficiência renal (OR 2,12), alterações respiratórias (OR 4,28), cardíacas (OR 1,63), hemorragia pulmonar (OR 2,19). Para indivíduos da região Sudeste (OR 1,83) a chance de vir a óbito (83%) foi maior que da região Norte (5,68%). Conclusões: os resultados permitiram um panorama sobre a letalidade da leptospirose humana no Brasil. Deve-se investigar diferenças regionais para orientar políticas de saúde. Agradecemos a CAPES pela bolsa de estudos concedida a autora.
GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA EM MUNICÍPIOS COM GRUPOS DE AUTOCUIDADO EM HANSENÍASE
Pôster
Ferreira, N. N. L.1, Costa, N. G. S.1, Rocha, R. do N.1, Araújo, C. E. L1
1 Universidade Federal do Ceará
Objetivo: Descrever o grau de incapacidade em hanseníase nos municípios que possuem grupos de autocuidado, regiões Norte e Nordeste.
Material e Métodos: Estudo transversal e descritivo realizado em novembro de 2023. Coletaram-se: 1) Proporção de casos novos (CN) de hanseníase com grau de incapacidade física (GIF) avaliado no diagnóstico e 2) Proporção de CN com grau 2 de incapacidade física (G2F) no momento do diagnóstico, nos municípios do Norte e Nordeste com Grupos de Autocuidado (GAC). Considerou-se CN diagnosticados e notificados no SINAN em 2022, coletados no SINAN–ESUS/SVS/MS e analisados conforme as diretrizes do Ministério da Saúde.
Resultados: Há 36 GAC em 28 municípios de 13 estados, somando 1970 CN. Manaus possui a menor taxa de detecção (5,23/100mil) e Porto Nacional (TO) a maior (156,79/100mil). Cinco municípios foram classificados como hiperendêmicos e um com baixa endemicidade. Entre menores de 15 anos, quatro municípios são hiperendêmicos, nove com baixa endemicidade, destacando a preocupação com a transmissão ativa. Quanto ao GIF avaliado no diagnóstico, 15 municípios como bons, sete como regulares e seis como precários. Em um município, a proporção foi zerada. Entre 22 municípios com igual ou mais de 75% dos casos avaliados, 12 apresentaram alta proporção de CN com G2F no diagnóstico, sete média e três baixa.
Conclusão: A avaliação do GIF é fundamental para medir a qualidade dos serviços e monitorar a hanseníase, norteando orientações e grupos de autocuidado. Nos municípios com GAC, a avaliação dos CN pode ser considerada boa sinalizando algum grau de incapacidade física instalado.
HANSENÍASE, LEISHMANIOSE VISCERAL, ESQUISTOSSOMOSE E TUBERCULOSE EM PERNAMBUCO, 2016-2023
Pôster
Silva, B.M.1, Andrade, N.R.N.1, Dias, C.C.2, Azevedo, R.S.A.2, Silva, J.L.2, Silva, M.B.A.3, Ramos Júnior, A.N.1
1 UFC
2 SES-PE
3 UPE
Objetivo: Analisar vigilância epidemiológica hospitalar da hanseníase, leishmaniose visceral, esquistossomose e tuberculose em 32 unidades da rede estadual de Pernambuco, de 2016 a 2023. Métodos: Estudo epidemiológico transversal descritivo com foco em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação da Secretaria de Saúde de Pernambuco específicos para hanseníase, leishmaniose visceral, esquistossomose e tuberculose, considerando as notificações de 32 unidades de vigilância epidemiológica hospitalar de 2016 a 2023. Resultados: Durante os 8 anos estudados, foram notificados 83.000 casos destas doenças em Pernambuco, dos quais 14.999 (18,1%) foram registrados pela rede de vigilância epidemiológica hospitalar. A proporção de notificações foi de: tuberculose (76,9%), leishmaniose visceral (17,0%), hanseníase (4,7%) e esquistossomose (1,4%). A maioria das notificações ocorreu em homens (66,6%) e na faixa etária de 20 a 59 anos (68,4%). A raça parda foi a mais acometida (70,7%) e 42,8% dos casos tiveram a escolaridade ignorada, com 10,4% na faixa da 5ª a 8ª série do ensino fundamental. As principais unidades notificadoras foram os Hospitais Geral Otávio de Freitas (26,4%) e Correia Picanço (14,7%), ambos na capital do Estado. Conclusões: Hanseníase, leishmaniose visceral, esquistossomose e tuberculose são condições crônicas e a procura por atendimento em unidades hospitalares geralmente ocorre em complicações agudas ou estágios avançados. A rede de vigilância epidemiológica hospitalar notificou 18,1% dos casos, sendo 76,9% para tuberculose. Medidas de promoção e prevenção são necessárias na atenção primária à saúde para reduzir casos graves e óbitos.
INCAPACIDADE FÍSICA EM HANSENÍASE NA ALTA POR CURA EM MINAS GERAIS, 2014 - 2022
Pôster
Maciel, I. C. L.1, Lages, D. S.2, Silveira, A. C.1, Lana, F. C. F.1
1 Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG
2 Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Ministério da Saúde
Objetivo: Analisar a ocorrência de incapacidade física em pessoas diagnosticadas com hanseníase na alta por cura. Método: Estudo ecológico descritivo realizado com casos novos de hanseníase diagnosticados em Minas Gerais entre 2014 e 2022. Foram investigadas as proporções do grau de incapacidade física (GIF) no diagnóstico e na cura. O GIF classifica lesões neurológicas e limitações funcionais da hanseníase em 0, 1 ou 2. O GIF 2 indica diagnóstico tardio e baixa efetividade dos serviços de saúde. Foram incluídos os casos com GIF avaliado no diagnóstico e na alta, excluindo-se aqueles não avaliados ou com dados em branco. Os dados foram extraídos do Sinan e tratados no Microsoft Excel. Resultados: Foram diagnosticados 9.340 novos casos de hanseníase: 56,5% (N=4.858) com GIF 0, 29,3% (N=2.520) com GIF 1 e 14,2% (N=1.213) com GIF 2. Apenas 76% (N=7.386) evoluíram para cura, dos quais 65,5% (N=3.809) com GIF 0, 22,4% (N=1.300) com GIF 1 e 12,1% (N=702) com GIF 2. Conclusão: A alta proporção de GIF 2 sugere diagnóstico tardio, indicando estágios avançados e incapacidades frequentemente irreversíveis. A proporção significativa de GIF 2 na cura reflete um alto número de pessoas necessitando de acompanhamento para reabilitação pós-alta. Os resultados indicam baixa efetividade dos serviços de saúde, ressaltando a necessidade de capacitação dos profissionais e vigilância ativa para prevenir incapacidades através do diagnóstico precoce.
INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ATENÇÃO À SAÚDE NA EVOLUÇÃO DA INCAPACIDADE FÍSICA EM HANSENÍASE
Pôster
LANA, F.C.F1, GOMES, F.B.F.2, LEMOS, R.T.C2, ABREU, M.N.S1
1 UFMG
2 FAMINAS
Objetivo: Analisar a evolução do grau de incapacidade física da hanseníase (GIF) e sua associação com o nível de atenção à saúde. Método: Estudo epidemiológico analítico do tipo ecológico, realizado com os casos de hanseníase diagnosticados em Minas Gerais no período de 2012 a 2021. Foram incluídos todos os casos novos que foram avaliados quanto ao GIF no diagnóstico e na alta por cura, totalizando 6524 casos. Os dados foram extraídos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN. O nível de atenção foi classificado tendo como fonte o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES. As diferenças foram avaliadas pelo teste Qui-quadrado de Pearson (p≤0,05) por meio do Software estatístico IBM SPSS (2021). Resultados: Houve diferença estatística significativa entre o nível de atenção e a evolução do GIF. Na comparação do GIF observado entre o diagnóstico e a alta, 76% mantiveram a classificação inicial, 17% apresentaram melhora e 8% piora da incapacidade. No nível primário, houve maior proporção de melhora do GIF (18%) em relação ao nível secundário (14%) e terciário (16%). Ressalta-se que a piora da incapacidade teve resultados mais insatisfatórios no nível terciário (16%), enquanto no nível primário e secundário, representaram 6% e 8%, respectivamente. Conclusão: A evolução da incapacidade física em hanseníase é influenciada pelo nível de atenção à saúde. O estudo reforça a importância da Atenção Primária à Saúde no monitoramento da hanseníase e na redução da incapacidade física associada.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NA V REGIÃO DE SAÚDE DE PERNAMBUCO, 2013 A 2022
Pôster
Silva, N. H D1, NUNES-SERAFIM, E.R.C.2, SANTANA, M.C.2, SANTOS, J R2, PIMENTEL, I.T.2, SILVA, C.R.S2, ALVES, K.M.L2
1 Residência de Saúde Coletiva com ênfase em Agroecologia, Universidade de Pernambuco
2 Secretaria de Saúde de Pernambuco, V Região de Saúde de Pernambuco
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana na V Região de Saúde de Pernambuco. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa sobre os casos de leishmaniose tegumentar americana na V Região de Saúde de Pernambuco no período de 2013 a 2022, utilizando as variáveis: sexo, raça, escolaridade, faixa etária, ano da notificação, região de saúde de residência, critério de confirmação, forma clínica e evolução do caso. Os dados utilizados foram obtidos utilizando a ferramenta TABNET do Departamento de Informática do SUS a partir do banco do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: No período investigado, ocorreram 63 casos de leishmaniose tegumentar americana. Os casos tiveram uma distribuição variável ao longo do tempo, com mínima de 1 caso, em 2022, e máxima de 15, em 2017. Houve maior predominância em pessoas com faixa etária entre 40 a 59 anos, na população negra (79,10%) e do sexo masculino (64,18%) que cursaram até o ensino fundamental incompleto. Em cerca de 94,03% dos casos, os pacientes foram diagnosticados com a forma clínica cutânea da doença. Quanto ao critério de confirmação, 73,43% dos casos foram confirmados a partir do critério clínico-epidemiológico. Observou-se que há pouco registro de informações quanto à evolução dos casos, pois apenas 27 dos mesmos têm registro sobre encerramento da investigação. Conclusão: A leishmaniose tegumentar americana está presente na V Região de Saúde, acometendo, em maior proporção, homens negros, com o ensino fundamental incompleto e em idade entre 40 a 59 anos.
LTA ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA COMPARATIVA NO ES
Pôster
Silva, M.J.C.O.G.1, Carvalho, C.L.1, Del Carro, K.B.2, Garbin, J.R.T1
1 IFES
2 SESA/ES
Objetivo: Analisar os aspectos epidemiológicos, sociodemográficos e clínicos da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) antes (SE 01 de 2017 até a SE 10 de 2020) e durante (SE 11 de 2020 à SE 18 de 2023) a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional analítico realizado no Espírito Santo. Os dados foram coletados do e-SUS-VS e complementarmente pelo SINAN, organizados no Excel 2007 e analisados no programa SPSS 20.0 Realizou-se uma análise descritiva para entender a distribuição dos dados, apresentando os resultados em tabelas de frequências absolutas e relativas e mapas de incidência. Posteriormente, associou-se as características sociodemográficas e clínicas com os períodos antes e durante a pandemia da COVID-19 através do teste de independência qui-quadrado de pearson, com um nível de significância de 0,05. O projeto de pesquisa foi aprovado no CEP, sob o parecer nº 6.568.173. Resultados: Antes da pandemia, registrou-se 409 casos confirmados, enquanto durante esse período 351. Observou-se uma mudança no perfil da doença: os municípios com maior incidência (100 mil/hab) antes eram Santa Leopoldina (362,83), Afonso Cláudio (238,47) e Ibatiba (157,51) e durante a pandemia Brejetuba (475,41), Laranja da Terra (355,13) e Santa Leopoldina (256,18). As variáveis associadas aos períodos foram: doença relacionada ao trabalho (p=0,000), presença de lesão cutânea (p=0,029), presença de cicatrizes cutâneas (p=0,001), coinfecção com HIV (p=0,029), critério de confirmação (p=0,031) e evolução do caso (p= 0,05). Conclusões: A dinâmica da doença se revelou distintamente nos dois períodos. É importante ressaltar a relevância de medidas preventivas, conscientização e mapeamento de casos da Leishmaniose Tegumentar Americana.
MALÁRIA EM DISTRITOS SANITÁRIOS ESPECIAIS INDÍGENAS - DSEIS DA REGIÃO AMAZÔNICA, 2019-2022
Pôster
Carneiro, L. O.1, Zaitune, MPA1, Jesus, L. A.1
1 Universidade de Brasília - UnB
Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da malária notificada por Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) da Região Amazônica no período de 2019 a 2022. Método: Os dados coletados em fontes abertas foram padronizados e processados utilizando a linguagem de programação R. Foram então criados mapas cartográficos para identificar áreas com elevada incidência de malária. Este mapeamento envolveu o cálculo do Índice Parasitário Anual (IPA), que indica o número de novos casos de malária entre residentes de 2019 a 2022, expresso em casos por 1.000 habitantes por ano. Resultados: No período analisado, foi relatada uma prevalência notável no sexo masculino, atingindo uma proporção de 54,3%. No ano de 2019, entre os 21 DSEIs analisados, dez foram classificados como de alto risco. Nessas localidades, as taxas anuais de malária variaram de 53,22 a 650,75 casos por mil habitantes. Em 2020, dez DSEI foram identificados como de alto risco, apresentando taxas que variaram de 75,15 a 766,62. Este cenário caracterizou um aumento substancial do risco de infecção nestas áreas. Até 2021, observou-se que nove DSEIs apresentavam risco elevado, com taxas oscilando entre 57,03 e 704,21, indicando ligeira redução em relação aos anos anteriores. No último ano de análise, 2022, oito DSEI permaneceram classificados como de alto risco, com taxas variando entre 83,96 e 507,58. Conclusões: Estes resultados destacam a persistência de desafios significativos relacionados com a incidência da malária nas regiões analisadas.
PERFIL DAS NOTIFICAÇÕES POR FEBRE MACULOSA NO ESPÍRITO SANTO NOS ANOS 2010 A 2019
Pôster
D‘Agostin, D.M.1, Mata. L.G2, Rocha, M.A.F1
1 Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo
2 Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação
Objetivos: Descrever e avaliar o perfil das notificações por febre maculosa no Espírito Santo no decênio de 2009 a 2019. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo com a avaliação da completude das notificações por febre maculosa no estado do Espírito Santo entre os anos de 2010 a 2019, foram utilizados dados secundários disponibilizados pelo DATASUS. Realizou-se análises descritivas e a avaliação da completude das variáveis raça, sexo, faixa etária, evolução, zona de infecção e ambiente de infecção por meio da frequência absoluta e relativa e da incidência nos anos de interesse do estudo. A consistência das variáveis foi classificada em excelente (90%); bom (70 a 89%); regular (50 a 69%); e ruim (0 a 49%) do campo preenchido. Os dados foram tabulados no Tabnet e foi utilizada a linguagem R para cálculo da incidência. Resultados: No decênio de 2010 a 2019 foram confirmados 55 casos de febre maculosa no Espírito Santo e 44% evoluíram a óbito. Em todos os anos mês de agosto teve a maior incidência sendo igual a 3 por 100 mil habitantes. O sexo masculino representou 76% dos registros, com a cor parda e a faixa etária de 20-39 anos sendo as mais prevalentes, totalizando 19 óbitos. A completude foi considera excelente para as variáveis analisadas, exceto para zona de infecção que teve a completude ruim. Conclusão: Os resultados sugerem que a febre maculosa apresentou alta letalidade no período analisado e o conhecimento do seu perfil epidemiológico possibilita o planejamento das ações de vigilância no Espírito Santo.
PERFIL DOS CASOS DE ABANDONO AO TRATAMENTO DA HANSENÍASE NO ESTADO DA BAHIA - 2014 A 2023
Pôster
Silva, T.L.C.1, Cruz, G.Q.S.2, Santos, E.F.S.2, Oliveira, N.C.3
1 SESAB/UNG
2 SESAB
3 UNG/ UNASP
Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes que abandonaram o tratamento para hanseníase no ano de 2014 a 2023 na Bahia. Método: Estudo exploratório descritivo com dados secundários coletados do Tabnet, de 2014 a 2023, utilizando o modo de saída “abandono” de casos novos no período da coorte. Os dados foram analisados com estatística descritiva. Resultado: A taxa de abandono foi de 7,8% dos casos notificados no período, sendo maior entre os homens (53,4%). As macrorregiões de saúde Sudoeste e Leste apresentaram os maiores percentuais de abandono com 11,6% e 11,1% dos casos respectivamente. A capital apresentou maior percentual de abandono com 18,2% seguida por Juazeiro com 5,1% e Feira de Santana com 4,7%. Os pacientes que abandonaram o tratamento tinham média de idade de 41,68±18,69 anos. A maior parte dos casos foi de pessoas com baixa escolaridade (31,9%), com ensino fundamental incompleto). Em relação à ocupação, a maior parte da coorte foi composta por donas de casa (11%), estudantes (8,4), aposentados (7,1%), trabalhadores agropecuários(5%) e pedreiros (3%). O abandono ocorreu principalmente entre os pacientes multibacilares (75,3%). Os pacientes que abandonaram o tratamento tiveram em média contato com 3,07±2,39 pessoas, mas foram examinados em média 2,03±2,17 contatos .Conclusão: A hanseníase continua como um grave problema de saúde pública na Bahia, sendo mais comum entre homens com baixa escolaridade, e possivelmente está relacionado ao longo período de tratamento dos casos multibacilares. Evidencia-se a importância da criação de estratégias de controle dos casos de abandono e do rastreamento dos contatos, com vistas a interrupção da cadeia de transmissão da doença.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM PERNAMBUCO, NO PERÍODO DE 2017 A 2022
Pôster
Santos, I.S.F.1, Oliveira, E.C.A.1, Silva, A.P.S.C.2
1 FIOCRUZ
2 UFPE
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de hanseníase em Pernambuco, no período de 2017 a 2022. Métodos: Estudo epidemiológico transversal e descritivo com dados do Sistema de Informação Nacional de Agravos e Notificações (SINAN) (2017-2022), obtidos via DATASUS. Foram calculadas a taxa de prevalência do período total, frequências absolutas e relativas das variáveis sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade, forma clínica de notificação, avaliação da incapacidade da cura e baciloscopia. As análises foram realizadas no Excel 2016. Resultados: Foram notificados 16.285 casos de hanseníase em Pernambuco. Sendo que 9.583 (58,84%) ocorreram no primeiro triênio (2017-2019) e 6.702 (41,15 %) no segundo triênio (2020-2022). Com taxa de prevalência do período total de 28,31/100.000 habitantes. Os casos prevaleceram no sexo masculino (52,37%); na raça/cor parda (57,47%); faixa etária de 40-49 anos (20,33%); a escolaridade foi ignorada/branca (35,13%) seguido de 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental (14,22%); a forma clínica predominante foi a dimorfa (46,61%). Na avaliação da incapacidade da cura a categoria ignorado/branco obteve predominância de 52,56%, seguido de Grau 0 (29,76%); a baciloscopia não foi realizada em 49,73% dos casos. CONCLUSÃO: Diante do exposto, observa-se que o perfil clínico epidemiológico da hanseníase teve prevalência no sexo masculino, raça parda, baixa escolaridade, predominante em indivíduos adultos de meia idade, com maior procedência de classificação clínica dimorfa e a baixa realização de baciloscopia. Evidencia-se a necessidade de medidas adequadas focadas nos grupos prioritários para o enfrentamento da doença, visando melhorar o diagnóstico e tratamento.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE CAPITÃO POÇO, PARÁ, DE 2019 A 2023
Pôster
Santos, L. A.1, Farias, A. S. M.2, Aguiar, A. V. S.1, Souza, B. C.3, Sousa, B. Y. S.1, Miranda, C. S. C.1, Miranda, L. M. M.1, Gonçalves, L. L.1, OLIVEIRA, V. V.1, Gonçalves, N. V.1
1 UEPA
2 CESUPA
3 UFPA
Objetivo: Analisar o panorama epidemiológico dos casos de Hanseníase no município de Capitão Poço, no Estado do Pará, no período de 2019 a 2023. Método: Trata-se de um estudo transversal e descritivo, a partir de dados epidemiológicos da Secretária Municipal de Saúde. Foram utilizadas as variáveis sexo, raça, faixa etária, zona de residência, forma clínica, número de lesões e classificação operacional. Essas variáveis foram analisadas com técnicas estatísticas utilizando percentuais, no software Bioestat 5.4. Resultado: Foram estudados 114 casos no município. Foi observado maior expressividade quantitativa da doença no sexo masculino (n=75; 65,78%), na raça/cor parda (n=98; 85,96%), na faixa etária 35 a 64 anos (n=53; 46,49%), em residentes da zona urbana (n=93; 81,57%), com a forma dimorfa (n=74; 64,91%), número de lesões maior do que 5 (n=59; 51,75%) e classificação multibacilar (99; 86,84%). Estes achados são preocupantes, tendo em vista que os percentuais predominantes de casos associados a essas variáveis indicam um diagnóstico tardio e possível transmissão ativa da doença. Conclusão: O perfil dos casos de hanseníase no município de estudo aponta para a necessidade de intensificação da vigilância epidemiológica da doença com abordagem multidisciplinar, com descentralização dos serviços de atenção a mesma e oportunizando treinamentos para profissionais de saúde visando o seu diagnóstico e o tratamento precoce.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO PARÁ DE 2018 A 2022
Pôster
Teixeira, V. N. L.1, Lima, V. K. G.1, Morais, C. G.1, Lopes, J. A. C.1, Bitencourt, G. V.1, Sousa, Y. J. S.1, Santos, M. R. S.1, Costa, J. O. M.1, Soares, D. S.1, Cardoso, A. S.1
1 UFOPA
Objetivos: Caracterizar o perfil dos casos confirmados de Leishmaniose Visceral (LV) no Estado do Pará. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, efetuado a partir de dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foram incluídos os casos confirmados notificados de LV no período de 2018 a 2022, considerando as variáveis: faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade, região de saúde de residência, tipo de entrada e evolução. Resultados: A análise de dados demonstrou que houve 1.495 casos notificados, sendo que o ano de 2018 obteve mais casos (39%). A faixa etária mais afetada foi a de 1 a 4 anos de idade (24%). Observou-se a predominância do sexo masculino (63%), pardos (78%) e de pessoas que possuíam o grau de escolaridade da 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (11%). A região de saúde com mais casos foi a de Carajás (46%). Dos casos notificados, 93% (n= 1.396) tratavam-se de casos novos. Ademais, 70% (n=1.052) dos casos tiveram como desfecho a cura, enquanto 7% (n=99) dos casos evoluíram a óbito por LV. Conclusões: Chama atenção o expressivo número de crianças afetadas por LV, bem como a alta frequência de casos novos no período analisado. Considerando os impactos da LV à saúde da população, faz-se necessário aprofundar o planejamento e execução de intervenções em prol da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado da LV, visando reduzir o impacto dessa enfermidade na população paraense.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE HANSENÍASE NO TOCANTINS DE 2014 A 2022
Pôster
Silva, L.S.1, Bonatto, M.E.A.1, França, M.E.F.1, Telles, R.P.R.B.G.1, Souza, R.V.P.1, Matos, V.A.1, Sallet, L.A.P.1, Silva, S.F.1
1 UNITINS
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de Hanseníase no Estado do Tocantins no período de 2014 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, com delineamento ecológico e de abordagem quantitativa, realizado a partir dos dados secundários obtidos pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS) acerca dos casos notificados de Hanseníase de 2014 a 2022. As variáveis analisadas foram: faixa etária, sexo, raça e microrregião do Tocantins. Resultados: Entre 2014 e 2022 foram registrados 13.016 casos de Hanseníase no Tocantins, com média de 1.446 casos por ano. A microrregião com maior prevalência é Porto Nacional, com 5.930 casos, representando 45,5% do total. Indivíduos do sexo masculino são os mais afetados pela doença (56% n= 7.292). Com relação à raça, predominou-se os pardos (65,8% n= 8.568). Para a faixa etária, identificou-se um maior acometimento entre 40 e 49 anos (20,3% n= 2.641). Conclusões: O estudo permitiu uma melhor compreensão do perfil epidemiológico da Hanseníase no Estado do Tocantins, bem como a identificação dos indivíduos mais acometidos pela doença. A partir dos resultados, observa-se que os homens são os mais afetados. Sendo assim, a análise bioestatística é fundamental para a criação de políticas públicas que estejam alinhadas às necessidades da população tocantinense.
QUALIDADE DO ATENDIMENTO E EFETIVIDADE DAS ATIVIDADES DA DETECÇÃO OPORTUNA DE HANSENÍASE
Pôster
Matos, T.M1, Souza, C.D.F.2, Fernandes, T. R.M.O.2, Santos, M.B.3, Brito, R. J. V. C.2, Matos, D.U.S.2, Carmo, R.F.4, Silva, T. F. A.1
1 UPE
2 UNIVASF
3 UFAL
4 UNIVSF
A hanseníase é um problema de saúde pública no Brasil. A qualidade e a efetividade das ações de enfrentamento à doença devem ser avaliadas constantemente. Foram analisados indicadores de qualidade dos serviços e a efetividade das ações de saúde do programa da hanseníase. MÉTODOS: Estudo ecológico envolvendo todos os casos novos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (GIF2) no diagnóstico entre 2001-2022, nas macrorregiões e estados brasileiros. Os dados foram extraídos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação. Foram calculados dois indicadores epidemiológicos: 1) Proporção de casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico; 2) Proporção de casos de hanseníase com GIF2 no diagnóstico entre os casos novos detectados e avaliados no ano. Foi empregado modelo de regressão por pontos de inflexão. A qualidade dos serviços de hanseníase no diagnostico, mostrou Brasil (86,55%) e as regiões Centro-Oeste (87,70%), Sudeste (91,70%) e Sul (91,80%) mantiveram-se qualidade regular e tendência estacionária. A região Norte apresentou qualidade boa e tendência estacionária (91,95%). O Nordeste apresentou qualidade regular com tendência de queda (84,75; AAPC: -0,3). Na efetividade das atividades de detecção oportuna de hanseníase, o Brasil (AAPC: 2,9) e as regiões Norte (AAPC: 4,2), Nordeste (AAPC: 2,8), Centro-Oeste (AAPC: 3,9), Sudeste (AAPC: 3,3) e Sul (AAPC: 1,9) apresentaram tendência de crescimento. Quanto à proporção de GIF2 no diagnóstico, houve tendência crescente em 22 dos 27 estados. Os indicadores epidemiológicos sinalizaram a necessidade de implementação de medidas para melhorar a qualidade e efetividade dos serviços de hanseníase no Brasil.
QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO À SAÚDE PARA REDUÇÃO DA HANSENÍASE NO BRASIL
Pôster
Freitas, R. F.1, Mártires, G. S.1, Lima, G. L. S.1, Gomes, D. E.1, Souza, C. S. M.1, Ignotti, E.2, Lessa, A. C.3
1 UFAM
2 UNEMAT
3 UFVJM
Objetivo: Analisar a tendência temporal dos indicadores de qualidade dos serviços de atenção à saúde para redução da hanseníase no Brasil, no período no período de 20 anos. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de tendência temporal, cujos dados foram extraídos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Construiu-se indicadores a partir do Manual Técnico-Operacional que apresenta as diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública do Ministério da Saúde. Para análise de tendência utilizou-se o modelo de Prais-Winsten e também foi calculada a Taxa de Incremento Anual (TIA). Resultados Na série temporal investigada, foram notificados no Brasil, 732.959 casos de hanseníase. A tendência mostrou-se estacionária para: cura de hanseníase entre os casos novos (β=-0,000; p=0,196; TIA = -0,2), casos de hanseníase em abandono de tratamento entre os casos novos (β=-0,001; p=0,147; TIA = -0,4), contatos examinados de casos novos de hanseníase (β=-0,001; p=0,112; TIA = 1,6), casos novos de hanseníase com grau de incapacidade física avaliado no diagnóstico (β=-0,000; p=0,196; TIA = -0,2) e casos curados no ano com grau de incapacidade física avaliada (β=0,002; p=0,265; TIA = 0,5); enquanto o indicador casos de recidiva entre os casos notificados no ano (β=0,019; p<0,001; TIA = 0,5) apresentou tendência crescente. Conclusão: Com base na avaliação dos indicadores para avaliar a qualidade dos serviços de atenção à saúde para redução da hanseníase ficou evidente que o Brasil possui grandes desafios para sua execução plena, sendo necessárias melhorias na qualidade do serviço ofertado à população.
RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DOS FÁRMACOS DA HANSENÍASE NAS REGIÕES BRASILEIRAS
Pôster
Reis, G. C. S.1, Maciel, I. C. L.2, Lages, D. S.2
1 Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
2 Universidade Federal de Minas Gerais
Objetivo: Avaliar o perfil de resistência antimicrobiana dos fármacos da hanseníase, segundo Regiões do Brasil. Método: Trata-se de um estudo descritivo e avaliativo dos casos de hanseníase notificados no Brasil no período de 2018 a 2023, que descreve por meio dos dados do Sistema de Investigação da Resistência em Hanseníase - Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde os casos positivos de resistência antimicrobiana. A resistência aos antimicrobianos é definida como a capacidade de um microrganismo impedir a ação de um medicamento antimicrobiano. Resultados: Entre 2018 e 2023 foram investigados no Brasil 3.674 casos de resistência antimicrobiana dos fármacos do tratamento da hanseníase. A Região Sudeste foi responsável por 1.537 (42%) casos, seguidos da Nordeste com 677 (18%), Centro-Oeste 578 (16%), Norte 531 (14%) e Sul 351 (9%). A maior proporção de resistência primária e secundária ocorreu nos casos da Região Centro-Oeste com (4,5%), enquanto a Nordeste teve a menor proporção (1,2%). Conclusão: A avaliação do perfil de resistência antimicrobiana dos fármacos da Hanseníase revelou uma distribuição heterogênea entre as regiões do Brasil. Os resultados destacam a importância de monitorar e enfrentar a resistência do Mycobacterium leprae, especialmente em regiões onde a prevalência é mais significativa. Estratégias de controle e vigilância contínuas são essenciais para mitigar essa ameaça à eficácia do tratamento da Hanseníase, uma vez que a Poliquimioterapia Única é a principal estratégia de controle da doença e as alternativas terapêuticas são escassas.
RETOMADA DA DETECÇÃO DE HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS NO BRASIL NA PANDEMIA DE COVID-19
Pôster
Sousa, G. J. B.1, Barbosa, P. P. L.2, Lages, D. S.3, Rocha, M. C. N.1
1 Ministério da Saúde
2 MInistério da Saúde
3 Minsitério da Saúde
Objetivos: estimar a taxa de detecção de hanseníase em menores de 15 anos no Brasil pós impacto da pandemia de covid-19. Métodos: trata-se de um estudo de séries temporais interrompidas utilizando o Brasil como unidade de análise. O desfecho “taxa de detecção em menores de 15 anos” foi calculado conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. A coleta de dados compreendeu o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022, totalizando 72 meses de análise, por meio do portal do DATASUS. O evento responsável pela interrupção da série foi a pandemia de covid-19, decretada pela Lei nº 13.979 de 6 de fevereiro de 2020. As análises foram realizadas por meio de regressão de Prais-Winsten no software R. Este estudo não necessitou de aprovação prévia de Comitê de Ética em Pesquisa pois usou dados de livre acesso conforme resolução 510/16 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Foram notificados 7.422 casos novos de hanseníase em menores de 15 anos no Brasil nos 72 meses de estudo. O país apresentava média de 136 casos detectados mensalmente antes da pandemia (0,3/100 mil hab.) e 66 durante a pandemia (0,2/100 mil hab.). Identificou-se que a pandemia imediatamente impactou com redução em 52% (IC: 0,40 – 0,57) na taxa de detecção geral, com retomada da detecção em 1% ao mês (IC95%: 1,01 – 1,02) desde então. Conclusões: Por meio deste estudo, identificou-se que a pandemia de covid-19 reduziu significativamente a detecção de hanseníase no Brasil com lenta retomada ao longo dos meses.
SÉRIE TEMPORAL DE DOENÇAS NEGLIGENCIADAS NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
Pôster
de Oliveira, M.1, Neves, M. V dos. A1, Oliveira, D. C de.1, Strelow, L.1
1 UFSC
O objetivo deste estudo foi descrever a incidência das doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil durante os últimos 10 anos. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal. Para a investigação utilizou-se os dados disponibilizados pelo TABNET/DATASUS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. No período investigado houveram 11.923.006 DTNs notificadas no Brasil. As regiões com mais notificações foram: Sudeste (49%); Nordeste (19%) e Centro-Oeste (19%). O sexo feminino foi mais afetado em relação ao masculino, apresentando 52,5% contra 47,5%, respectivamente. Os anos com maiores incidências foram os de 2015 e 2013, e com as menores ocorrências foram os de 2017 e 2018. A faixa etária mais acometida foram os de 20 a 39 anos (38,3%) e de 30 a 49 anos (26,9%). As doenças virais apresentaram maior número de novos casos (87,4%), seguidas pelas bacterianas (10,3%). Os maiores números de notificações foram registrados por: Dengue (85,5%), Tuberculose (7,5%) e Hanseníase (2,2%). As doenças tropicais negligenciadas no Brasil representam um desafio significativo para a saúde pública. A incidência elevada de doenças como a Dengue, Tuberculose e Hanseníase aliada à falta de investimento em pesquisa, produção de medicamentos e controle adequado, contribui para a persistência desses problemas de saúde
SIMULAÇÃO CLÍNICA NA FORMAÇÃO DE AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PARA DETECÇÃO DE HANSENÍASE
Pôster
Vieira, N. F.1, Almeida, T. A.1, Barbosa, R. F.1, Mendonça, J. M. G.1, Guimarães, R. A.1, Magalhães, L. S.1
1 UFG
Objetivos: Descrever um relato de experiência sobre o uso da Simulação Clínica como método de capacitar Agentes Comunitários de Saúde (ACS) para busca ativa de novos casos de hanseníase. Métodos: Trata-se de uma capacitação profissional desenvolvida por integrantes do projeto de extensão “Vigihans” da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás. Foram realizadas 12 turmas de capacitação (abril/ 2023 a janeiro/2024), com média de 13 participantes por turma, conforme metodologia do cenário simulado. Participaram ACS dos municípios de Goiânia e Itapuranga, ambos em Goiás. Utilizou-se o cenário validado “Ações de prevenção e controle da hanseníase: busca ativa de sintomáticos dermatoneurológicos”, com as etapas: pré-briefing; briefing; simulação e debriefing. Resultados: Foram capacitados 158 ACS, com idade média de 45,2 anos; 36,2% relataram ter de 2 a 4 treinamentos anteriores à capacitação e 60,5% acompanharam casos de hanseníase em sua microárea. Quanto à avaliação da experiência vivenciada, 99% revelaram ter adquirido maior compreensão sobre hanseníase; e 97,5% demonstraram se sentir empoderados para tomarem decisões durante a visita domiciliar. Conclusão: A simulação clínica se destaca como uma importante estratégia de ensino ativa e eficaz na capacitação dos ACS, fornecendo-lhes maior confiança na suspeição e acompanhamento de casos de hanseníase. Além disso, a formação do ACS na atenção à hanseníase é uma importante ferramenta para realizar a suspeição de novos casos da doença, e assim, possibilitar quebra na cadeia de transmissão, o que causa impacto epidemiológico positivo nas ações de controle e eliminação da hanseníase.
TENDÊNCIA TEMPORAL DE CASOS DE HANSENÍASE COM GRAU 2 DE INCAPACIDADE FÍSICA NO BRASIL
Pôster
BARBOSA, PPL1, LAGES, DS2, SOUSA, GJB2, ROCHA,MCN2
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ/ MINISTÉRIO DA SAÚDE
2 MINISTÉRIO DA SAÚDE
Objetivo: Analisar a tendência temporal da proporção de casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (GIF2) no Brasil, de 2014 a 2023.Métodos: Trata-se de um estudo ecológico. Os dados foram obtidos do Sinan para o número de casos novos de hanseníase com GIF2 e o Departamento de Informática do SUS (DATASUS) para os dados populacionais. Para a análise de dados, foi utilizada a regressão linear segmentada por pontos de inflexão, por meio do Joinpoint Regression Program. As unidades geográficas para análise foram o Brasil e unidades Federativas (UF). Este estudo não necessitou de aprovação prévia de Comitê de Ética em Pesquisa pois utilizou dados de livre acesso conforme resolução 510/16 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados e Conclusão: Um total de 19.768 casos novos de hanseníase foram diagnosticados com GIF2. A proporção desse indicador aumentou de 7,6% em 2014 para 11,2% em 2023, com tendência crescente anual de 5,5% (IC95:3,6;7,3). A tendência variou entre as UFs, Pernambuco (VPA: 9,5; IC95: 6,5; 12,4) e Espírito Santo (VPA: 9,5; IC95: 1,9; 17,8) apresentaram a maior variação percentual anual. Nove UFs apresentaram tendência estacionária, incluindo Acre, Roraima, Amapá, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal. As demais UFs, como o Mato Grosso, apresentaram dois períodos distintos de tendência, com um período estacionário (VPA: -11,2; IC95: -24,2; 12,8) seguido por um período de crescimento (VPA:14,8; IC95: 4,6;37,3). A tendência de GIF2 no país e em algumas UFs apresenta um crescimento, destacando a necessidade de ações estratégicas específicas.
TENDÊNCIA TEMPORAL IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO PARA INCAPACIDADE FÍSICA POR HANSENIASE
Pôster
Matos, T.M1, Souza, C.D.F.2, Fernandes, T.R.M.O.2, Santos, M.B.3, Brito, R.J.V.C.2, Matos, D.U.S.2, Carmo, R.F.2, Silva, T.F.A.1
1 UPE
2 UNIVASF
3 UFAL
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, dermatoneurológica e incapacitante. Analisou-se tendência temporal da taxa de novos casos de hanseníase com grau 2 de incapacidade física (GIF2) no Brasil, e aglomerados espaciais de risco para incapacidade física. Métodos: Estudo ecológico, envolvendo todos os casos novos de hanseníase GIF2 no diagnóstico, entre 2001-2022 no Brasil, macrorregiões, estados e municípios. Os dados foram extraídos do Sistema Nacional de Agravos de Notificação e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Utilizou-se variáveis sociodemográficas, clínicas e taxa de casos novos de hanseníase com GIF2 no diagnóstico por 1 milhão habitantes. As análises foram divididas em três etapas: 1- Análise descritiva do perfil sociodemográfico e clínico; 2- Análise de série temporal, empregado regressão por pontos de inflexão; 3- Análise espacial, utilizando estatística de Moran global e local. Foram registrados 50.466 casos novos de hanseníase GIF2, sendo 97,4% com idade >14 anos, 70,2% masculino, 45,7% pardos, 87,6% baixa escolaridade, 90,2% multibacilares e 47,5% forma clínica dimorfa. Observou-se tendência decrescente na detecção de hanseníase com GIF 2, redução anual média de 2,8%. As regiões Sudeste, Sul e Norte apresentaram tendência decrescente. 14 estados e 4 capitais apresentaram declínio, com destaque para Roraima (-11,0%/ano). Tocantins foi o único estado com tendência de crescimento (3,2%/ano). 635 (14,1%) municípios situaram-se no quadrante High-High. Esses municípios pertencem a 12 estados brasileiros e foram responsáveis por 30% (n=15.139) de todos os casos registrados no país em 22 anos. Indicadores mostram desigualdade espacial na ocorrência de incapacidades por hanseníase especialmente no diagnóstico e tratamento oportuno.
TESTES SOROLÓGICOS NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE CONTATOS DE HANSENÍASE
Pôster
Vidal, S. L.1, Ferreira, A. C. V. V.2, Lanza, F. M.3, Lana, F. C. F.1, Coelho, A. C. O.2
1 UFMG
2 UFJF
3 UFSJ
Objetivos: Analisar o resultado dos testes anti-NDO-HSA, anti-LID-1 e anti-NDO-LID e suas contribuições para a vigilância epidemiológica de contatos.
Métodos: Estudo transversal do tipo analítico, realizado em município de baixa endemicidade na zona da mata Mineira, com 35 contatos domiciliares e 145 vizinhos que residiam em um raio de até 100 metros de distância da casa do caso de hanseníase. Foram coletados sangue, dados dermatoneurológicos, sociodemográficos e relacionados à moradia. Os testes laboratoriais foram realizados por meio do método ELISA. Análises bivariadas foram feitas para verificar associação entre as variáveis. Aquelas que apresentaram valor de p<0,20 foram inseridas no modelo de análise multivariada. Considerou-se então significativos valores de p<0,05.
Resultados: Entre os contatos domiciliares, o teste NDO-HSA apresentou 20% de positividade e NDO-LID 8,6%, ambos em contatos de casos MB. LID-1 teve 5,7% de positividade, tanto para contatos de casos PB quanto MB. A variável número de residentes foi significativa para NDO-HSA (p=0,019) e NDO-LID (p=0,029), e a variável número de cômodos por residentes para NDO-HSA (p= 0,019) e NDO-LID (p=0,029), sendo que para NDO-HSA esta última aumenta as chances de positividade (OR=20,25; IC=1,67-245,44; p=0,018). Entre os vizinhos, LID-1 apresentou 9,0% de positividade, NDO-HSA: 4,1% e NDO-LID: 1,4%. As variáveis renda (p=0,026) e morar a menos de 25 metros da moradia do caso (p=0,022) foram significativos para NDO-HSA.
Conclusão: Em região de baixa endemicidade as características de moradia e proximidade com o caso índice interferem significativamente na exposição dos indivíduos ao M. leprae e consequentemente nas chances de adoecimento.
INDICADORES EPIDEMIOLOGICOS E OPERACIONAIS DA HANSENÍASE, NA BAHIA, 2014 A 2023
Pôster
Oliveira, C.D.B.B1
1 SESAB
Objetivo: Descrever indicadores epidemiológicos e operacionais da hanseníase na Bahia, no período de 2014 a 2023. Métodos: Estudo ecológico descritivo de série temporal abrangendo os indicadores epidemiológicos e operacionais do programa de controle da hanseníase na Bahia, considerados prioritários para a eliminação da doença no estado, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, sobre o período de 2014 a 2023 . Resultados: No período estudado, houve redução: da taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase por 100.000 habitantes (de 17,41 para 11,68), classificada como alta; taxa de detecção de casos novos de hanseníase por 100.000 habitantes em menores de 15 anos (de 4,93 para 1,22), classificada como média; a proporção de casos novos de hanseníase com grau de incapacidade avaliado ( de 81,9 para 79,1),classificada como regular; proporção de contatos de hanseníase entre os casos novos diagnosticados ( de 69,2 para 63,5) e proporção de cura de hanseníase entre os casos novos de diagnóstico ( de 80,5 para 74,2), classificadas como precárias. Apresentaram incremento os indicadores: proporção de grau 2 no momento do diagnóstico (de 7,7 para 9,5), classificado como médio e proporção de abandono de hanseníase entre os casos novos de diagnóstico (de 4,1 para 7,8) classificado como bom. Conclusão: Os indicadores epidemiológicos sinalizaram redução do diagnóstico de hanseníase mas sugerem a existência de casos ocultos; os indicadores operacionais apontaram necessidade de melhoria na qualidade da assistência prestada.
INTEGRAÇÃO ENTRE PROMOÇÃO, ATENÇÃO E VIGILÂNCIA PARA O CONTROLE DA HANSENÍASE NO PARANÁ
Pôster
Cardoso, F. G.1, Trybus, T1, Dias, A. C.1, Aires, N. P.1, Tabuti, R. C. T.1, Oliveira, E. C. V.1, Lopes, M. G. D.1
1 Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
Objetivos: Relatar a experiência de integração entre as áreas de promoção, atenção e vigilância em saúde para o controle da hanseníase no Paraná. Método: Foi instituído Grupo de Trabalho (GT) na Secretaria de Estado da Saúde, para traçar estratégias transversais a partir dos eixos da Atenção Primária, Promoção da Saúde, Vigilância Epidemiológica, Rede Laboratorial, Vigilância Sanitária e Núcleo de Telessaúde, por meio de reuniões mensais com agendas protegidas desde 2022. Resultados: A partir dessas reuniões foi elaborado um Plano Estratégico de Controle da Hanseníase, incluindo ações para melhorar o acolhimento, a detecção e o acompanhamento dos casos, bem como indicadores estratégicos. Dentre os principais indicadores, em 2023, a proporção de cura da hanseníase nos anos das coortes no Paraná ficou em 78,57%, acima da média nacional. Quanto a proporção de incapacidade física ao diagnóstico, o percentual de avaliação do grau de incapacidade física (GIF) alcançou 87,58%. O estado tem diagnosticado mais precocemente, quando comparado aos outros estados da região sul, com maior proporção de GIF2 ao diagnóstico. Uma das estratégias para o diagnóstico precoce está na busca na contatos, que em 2023 atingiu 88,5%, acima da média nacional (78,35%). Quanto às ações pactuadas no Plano, 81,82% foram cumpridas em 2023. Conclusões: A mudança na organização dos processos de trabalho, a partir de uma coordenação compartilhada entre a Atenção Primária à Saúde, Promoção da Saúde e Vigilância e a criação do GT permitiu a transversalidade no planejamento e execução de ações mas efetivas para o controle da hanseníase no estado.