Programa - Poster dialogado - PD25.5 - Vacinação e doenças imunopreviníveis 1
25 DE NOVEMBRO | SEGUNDA-FEIRA
14:00 - 15:00
CENÁRIO DE CASOS DE SARAMPO E RUBÉOLA NO ESTADO DA BAHIA NO PERÍODO DE 2018 A 2022
Pôster dialogado
Xavier, J. S.1, Coelho, G.M.P.2, Coutinho, H.S.3, Braz, J.B.4
1 CIEVS OPAS/MS
2 UNIVASF
3 SESAB
4 SESAI/MS
Objetivos: Identificar o número de casos confirmados de Sarampo e Rubéola e o percentual por faixa etária, sexo e raça no estado da Bahia no período de 2018 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa, utilizado dados secundários, disponíveis no portal da Superintendência de Proteção e Vigilância em Saúde (SUVISA) da Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) entre 2018 e 2022. Os dados coletados foram tabulados e traduzidos pela metodologia da estatística descritiva. Resultados: A distribuição de casos confirmados de sarampo e rubéola foram de 84 casos, sendo 78 casos confirmados de sarampo e 6 de rubéola de 2018 a 2022. O sarampo obteve maior distribuição na faixa etária entre 20 a 34 anos (28,21%), já a rubéola em menores de 01 ano e entre 20 e 34 anos (33,33%), ambos os casos das doenças ocorreram na raça parda (sarampo 44,87%; rubéola (50%). Os casos confirmados por sexo se deram por, 56,41% no sexo feminino para o sarampo, e 83,33% no sexo masculino para os casos de rubéola. Conclusões: O estado da Bahia registrou um surto de sarampo em 2019, reflexo do ressurgimento de casos no período analisado. Portanto, se faz necessário o constante monitoramento e a avaliação da cobertura vacinal em âmbito estadual e municipal, além da vigilância no território, monitoramento de taxas de abandono, busca ativa, educação em saúde e fortalecimento das ações de vacinação na Atenção Primária para minimizar ou evitar o surgimento de doenças imunopreveníveis com potencial disseminação em território.
BUSCA ATIVA DE DOENÇAS EXANTEMÁTICAS EM MUNICÍPIOS DO SUL DO BRASIL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Pôster dialogado
SILVA, M. R.1, SILVA, Alda Maria Rodolfo.1, BARRETO, G.1, MOSER, J.R.1, RAMOS, M. S.1, SANTOS, Simone Vidal.2, SEBOLD, L. F.2, SOUZA, A. I. J.2, FRELLO, A. T.2
1 SES/SC
2 UFSC
Objetivos: Relatar a experiência no processo de busca ativa das doenças exantemáticas sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita em municípios em risco no sul do Brasil. Método: Trata-se de relato de experiência sobre busca ativa, realizada em 72 municípios com alto risco de reintrodução do sarampo rubéola e síndrome da rubéola congênita no estado de Santa Catarina em 2023, utilizando-se como base a matriz de risco construída em 2022, buscando identificar casos suspeitos, potencialmente suspeitos ou confirmados não investigados e a efetividade da vigilância epidemiológica. A busca ocorreu de agosto a dezembro de 2023, em prontuários físicos e eletrônicos, utilizando-se como estratégias de busca: CID-10 B09, B05 e P350; sinais e sintomas que atendiam a definição de caso suspeito de sarampo e rubéola; e, registros de evoluções interrogadas ou hipótese diagnóstica para essas doenças. Os profissionais que atuavam na vigilância epidemiológica dos municípios de risco participaram da busca. Para a busca ativa uma planilha eletrônica foi construída e compartilhada com 17 regionais de saúde, que a compartilharam com os serviços de vigilância epidemiológica municipais. Resultados: Foram revisados 144.478.096 prontuários, constatando-se não haver casos confirmados, pois, casos suspeitos foram descartados por: não atenderem definição de caso; CID-10 incorretos; exames solicitados fora do protocolo; e, confirmação de outros CID-10. Identificou-se falta ou incompletude de registros nos prontuários. Conclusão: Busca ativa constitui-se uma importante estratégia para identificação e controle das doenças exantemáticas. Ressalta-se a importância da atenção à definição de caso, evolução em prontuário; comunicação entre serviços; e, fortalecimento da vigilância epidemiológica.
QUEDAS DAS COBERTURAS VACINAIS: COMPARAÇÃO DE DOIS INQUÉRITOS NACIONAIS, BRASIL, 2007/2020
Pôster dialogado
Araújo, G. V.1, França, A. P.1, Barata, R. B.1, Guibu, I. A.1, Moraes, J. C.1
1 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Objetivo: Comparar os resultados dos dois inquéritos populacionais de cobertura vacinal, realizados em 2007 e 2020 em crianças de até 2 anos de vida residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Método: Análise dos dados de dois inquéritos domiciliares de crianças nascidas em 2005 e em 2017/2018, baseada em coortes retrospectivas, utilizando as informações dos dados da caderneta de vacinação de doses aplicadas. A comparação foi realizada considerando a cobertura completa e os esquemas vacinais por vacina.
Resultados: O estudo analisou dados de 17.749 crianças em 2007 e 31.051 crianças em 2020. Em 2007 a cobertura vacinal completa, considerando as doses válidas, foi de 73,0% (IC95%:71,8;74,2) e em 2020 43,8% (IC95%:42,0;45,6), demonstrando queda estatisticamente significativa. Todas as vacinas preconizadas pelo PNI em 2007 apresentaram queda em 2020, com exceção da vacina contra Hepatite B, que obteve aumento de 84,6% (IC95%: 83,1;86,0) em 2007 para 87,5% (IC95%: 86,3;88,6) em doses válidas. A vacina que apresentou maior redução da cobertura foi a contra a poliomielite, demonstrando diminuição de 14,5pp entre os dois inquéritos.
Conclusão: a análise de dados dos inquéritos de cobertura vacinal de 2007 e 2020 mostrou redução na cobertura vacinal completa. Esse declínio pode ter como fator de contribuição, além da hesitação vacinal, a introdução de mais vacinas e a complexidade adicional do calendário atual, indicando a necessidade de levantamento de hipóteses relevantes, que podem auxiliar em políticas públicas de acesso e promoção de vacinas.
GEOVACINA RIO: TECNOLOGIA EM PROL DO RESGATE VACINAL
Pôster dialogado
Santa Anna, M. F.1, Marincola, F C. M.1, Aguilar, G. M. O.1, Ferreira, C. D.1, Irineu, N M.1, Oliveira e Cruz, D. M.1, Cruz, O. G.1, Quadros, E. M. S.1
1 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Objetivos: Instrumentalizar a busca ativa de crianças com esquema vacinal incompleto da pentavalente e sem cadastro na Atenção Primária à Saúde (APS) para atualização vacinal.
Métodos: O Monitor GeoVacina Rio reune dados de vacinação de crianças das 238 unidades ds APS da cidade do Rio de Janeiro utilizando com o prontuário eletrônico e o SINASC processados em linguagem R. Disponibiliza a visualização espacial das crianças cadastradas, segundo situação vacinal da pentavalente, além da proporção de crianças com completude vacinal, por equipe e unidade APS. São sinalizadas as crianças com 6 meses, aptas à vacinação, e as que estão com a vacina em atraso para busca ativa vacinal seja no mapa ou por extração de lista. Apresenta o ranking e evolução das unidades quanto à proporção de crianças com esquema vacinal completo (verde: >=95%; amarelo: 80%-95%; vermelho: <80%). Considera-se atraso vacinal as crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias sem a terceira dose de Pentavalente.
Resultados: Comparando maio de 2023 até o presente, o número de unidades com indicador verde aumentou de 2 (0,8%) para 59 (25%), e as equipes tiveram um incremento de 121 (9%) para 452 (35%). O indicador vermelho reduziu de 134 (57%) para 14 (6%). Cerca de 51% das unidades observaram uma melhora nos seus indicadores. A cobertura passou de 76% para 91%.
Conclusões: O GeoVacina impulsionou a cobertura vacinal ao instrumentalizar as equipes a realizarem busca ativa de crianças com atraso vacinal e com informações oportunas para criar estratégias personalizadas.
SALA DE SITUAÇÃO DE IMUNIZAÇÕES: UMA ESTRATÉGIA PARA MELHORA DA COBERTURA VACINAL
Pôster dialogado
Ulinski, S.L.V.1, Baurakiaes, E.1, Nunes, H1, Graciano, A.C.J.1, Sartorelli, A.P.1
1 Secretaria de Saúde de São José dos Pinhais
Objetivo: Criar um painel de aprazamento digital para apoio das equipes de saúde no processo de monitoramento das imunizações. Metodologia: A Sala de Situação de Imunizações tem duas formas de apresentação dos dados: a primeira informa as crianças que precisam ser vacinadas no mês vigente e a segunda mostra as crianças com doses em atraso. Ao acessar o Painel de Aprazamento, as equipes podem visualizar a listagem de crianças e podem enviar uma mensagem de whatsapp para o responsável somente clicando sobre o nome da criança. As telas acessadas permitem a visualização dos dados do paciente e qual data, vacina e dosagem ele precisará realizar na unidade. Além disso, é possível selecionar o mês do aprazamento, faixa etária, tipo da vacina, dosagem da vacina, área/equipe de saúde para qual o usuário pertence e nome do profissional responsável por essa área. Resultados: A Sala de Situação permitiu a identificação mais ágil das crianças que precisam comparecer para realização de vacina no mês vigente facilitando o planejamento de doses necessárias para o período, assim como a busca ativa dessas crianças em tempo oportuno. Ainda, oferece a possibilidade de identificar locais da área de abrangência da unidade de saúde que apresentam maior número de crianças com vacinas em atraso, facilitando o planejamento de ações ou campanhas mais específicas para esse público-alvo. Conclusão: Essa estratégia mostrou-se efetiva para melhora da cobertura vacinal infantil no município, assim como otimizou o processo de trabalho de busca ativa e o tempo despendido pelas equipes de saúde.