Programa - Poster dialogado - PD26.7 - Vigilância Epidemiológica e Desafios Atuais: Doenças Infecciosas e Prevenção
26 DE NOVEMBRO | TERÇA-FEIRA
14:00 - 15:00
PERFIL DOS CASOS DE ESPOROTRICOSE HUMANA ENTRE OS RESIDENTES EM VITÓRIA-ES, 2020-2023.
Pôster dialogado
Amaral, B. P.1, Zucolotti, C.2, Comerio, T.2
1 DEMPS/SVSA/MS
2 CVE/GVS/SEMUS/PMV
Objetivo: Analisar a ocorrência e a distribuição da esporotricose humana entre os residentes no município de Vitória-ES, no período de 2020 a 2023. Método: Estudo epidemiológico descritivo com base em notificações registradas no Sistema de Informação em Vigilância em Saúde e-SUS/VS-ES, considerando frequências absoluta e relativa. Resultados: Foram confirmados 329 casos de esporotricose humana no período, sendo 0 casos em 2020, 22 em 2021, 114 em 2022 e 103 em 2023. Em relação ao perfil de pessoas acometidas, 66,5% são mulheres, 50,2% raça/cor pardos e, embora haja uma distribuição homogênea por faixa etária, a maior ocorrência situa-se entre pessoas com 60 anos ou mais (17,2%). A taxa de positividade (caso suspeito/caso confirmado) foi de 0% em 2020, 61,1% em 2021, 89,8% em 2022, e 74,6% em 2023. Apesar de estar disponível na rede municipal de saúde de Vitória-ES o exame para diagnóstico laboratorial da doença, a maior parte destas confirmações se deu por critério clínico (93,7%). Em relação à unidade notificadora, 89,5% dos casos confirmados foram notificados por Unidades Básicas de Saúde, 5,4% dos casos pelos Pronto-atendimentos São Pedro e Praia do Suá, 4,2% por hospitais, e 0,8% pela área técnica da vigilância epidemiológica municipal. Considerando as 6 Regiões de Saúde do município, a região Maruípe representou 28,0% dos casos, seguida da região Forte São João, com 21,8%. Conclusões: Verificou-se o aumento da incidência da doença no período de análise e distribuição em todas as faixas etárias e em todas as Regiões de Saúde do município de Vitória-ES.
FUTEBOL CONTRA DENGUE: A EXPERIÊNCIA DO RIO DE JANEIRO UNINDO TIMES NA EPIDEMIA
Pôster dialogado
Avolio, P. C.1, Fiorito, P. C. F.1, Ferrari, C. O. F. Q.1, Mello, C. M.1, Martins, V. T.1
1 SMS-RIO
Objetivos: Relatar a estratégia de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro que realizou uma parceria inédita unindo os quatro grandes clubes de futebol da cidade (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo) para alertar sobre a epidemia de dengue e incentivar a busca de focos do mosquito da dengue.
Métodos: Relato de experiência sobre as parcerias, que incluíram ações nos estádios em três jogos diferentes, com faixas, camisas e mensagem nos telões sobre o assunto, posts nas redes sociais em collab com os perfis dos quatro clubes e releases e notas na imprensa, com análise de dados quantitativos e qualitativos fornecidos pelas plataformas de redes sociais e clipagens de matérias.
Resultados: As publicações nas redes sociais em collabs com os times registraram 1,5 milhão de contas alcançadas, alcançando um público diferente das redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde, tanto online quanto offline, com as ações nos estádios. Além disso, as parcerias geraram matérias em grandes veículos de comunicação, como os jornais O Globo e O Dia.
Conclusões: Alinhar assuntos de saúde com os clubes de futebol leva o tema para um público mais amplo e cria identificação com os torcedores dos clubes, que se orgulham ao ver seus times falando sobre a epidemia, incentivando o comportamento necessário durante a epidemia.
ANÁLISE DAS COMUNICAÇÕES REALIZADAS VIA PONTO FOCAL NACIONAL PARA O REGULAMENTO SANITÁRIO
Pôster dialogado
Francisco, A.K.P.R.F.1, Nienov, O.H.1, De Freitas, D.R.C.1, Garcia, M.H.O1
1 Ministério da Saúde
O estabelecimento de pontos focais permite uma comunicação rápida e eficiente de informações epidemiológicas entre países e Organização Mundial da Saúde (OMS). Este resumo possui o objetivo de analisar as comunicações realizadas via ponto focal do Brasil para o Regulamento Sanitário Internacional (RSI). Trata-se de um estudo descritivo realizado a partir dos comunicações registradas em uma planilha de Excel, contendo informações sobre a semana epidemiológica, data e hora, tipo de comunicação, origem, doença/agravo/evento, descrição, encaminhamento, resposta e tempos entre comunicação, encaminhamento e resposta. No ano de 2024, foram realizadas 95 comunicações via PFN do RSI, até a data de 09/05. Das comunicações realizadas, 43 foram notificações de caso suspeito ou confirmado/eventos de saúde pública, 26 solicitações de informação e 13 verificações de rumor. Em relação a origem, 41 foram enviadas e 54 recebidas, sendo que os principais destinatários foram a OPAS/OMS com 32 comunicações, Portugal e Estados Unidos com 7 e Bolívia com 5. No período, houve trocas de informações com 30 países diferentes, referentes a 24 diferentes agravos, sendo os principais: Tuberculose, Sarampo e Febre do Oropouche. Entre o tempo de recebimento da comunicação e a confirmação de recebimento, apenas 9 não cumpriram o preconizado que é ser respondida em 24 horas. Entre o tempo do encaminhamento e resposta 30 não cumpriram o prazo preconizado. A comunicação oportuna permite uma resposta imediata para conter possíveis ameaças à saúde pública.
MONITORAMENTO DE SURTOS: RASTREIO, CONTROLE E RECOMENDAÇÕES FRENTE À VARICELA EMARACATI/CE
Pôster dialogado
BARBOSA, R. da S.1, SANTOS, M. A.2, SOIUSA, M. M3
1 CCOVIS/SESA/CE/OPAS
2 FVJ/ SMS Itaiçaba.
3 SMS Itaicaba
A Varicela é uma infecção viral altamente contagiosa, conhecida principalmente por sua apresentação cutânea no formato de pápulas, vesículas ou crostas que são acompanhadas por prurido. Causada pelo vírus Varicela-Zoster, comum principalmente no público infantil. O contágio por Varicela é considerado fácil e se dá por meio de contato com líquidos das bolhas da pele, pela tosse, espirro, saliva ou objetos contaminados pelo vírus, logo, o meio de prevenção do contágio é através do isolamento do paciente e seus objetos pessoais. Recomenda-se que a criança seja afastada da escola e de ambientes propenso a contágios por 7 dias a partir do aparecimento de exantemas pelo corpo. O principal meio de prevenção da varicela é a vacinação, seguido pelo processo de higienização correta das mãos e utensílios pessoais do infectado. A vacina que previne varicela é disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde, estando presente no calendário vacinal infantil, sendo a principal via de ação e cuidado para com as crianças. O presente trabalho descreve o relato de experiência sobre monitoramento e controle de 03 surtos escolares de varicela em Aracati, Ceará, Brasil, no ano de 2022. Foram confirmados 56 casos e contactantes 193. Nestes foram realizados bloqueio seletivo vacinal. Foram recomendadas as medidas para controle da varicela nas escola:continuidade do bloqueio vacinal seletivo de todos os contatos de casos confirmados; levantamento da situação vacinal 184 alunos e 32 funcionários para detecção daqueles que não estavam imunizados; cota extra para bloqueio; monitoramento dos contatos por 21 dias.
EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE NÚCLEOS DE VIGILÂNCIA EM UNIDADES DE EMERGÊNCIA NO AMAZONAS
Pôster dialogado
Marques, V.L.S1, Gonçalves, F. S.S1, Freitas, D.R.C1, Garcia, M.H.O1
1 MS
Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) surgiram para ser o ponto inicial de acesso aos serviços de urgência e emergência. Com as mudanças na rede de saúde, elas se tornaram protagonistas no atendimento dessas situações no país. Incluí-las no processo de vigilância em saúde é crucial para detectar precocemente potenciais emergências em saúde pública. Objetivo: O presente resumo tem por objetivo relatar as experiências exitosas de unidades de emergência que possuem núcleo de vigilância implementados no estado do Amazonas. Metodologia: A Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar realizou em 2024 visitas técnicas nos núcleos de vigilância das UPAs e Serviços de Pronto Atendimento (SPA) no estado do Amazonas para isso foi aplicado um formulário com cinquenta e cinco perguntas para identificar as principais potencialidades e fragilidades dos núcleos. Resultados: As UPAs e SPAs com núcleos de vigilância, implementados demostraram eficácia na organização de fluxos de trabalho, comunicação entre a equipe e apoio da gestão. As unidades visitadas realizam entre vinte e cem notificações diárias, demonstrando agilidade na identificação e atendimento de casos, de interesse para vigilância epidemiológica. A organização dos processos de trabalho e as capacitações contribuíram para a eficiência dos núcleos, preparando os profissionais para diferentes cenários epidemiológicos. A elaboração de gráficos de rotina foi valiosa para antecipar ações e medidas proativas. Destaca-se também o investimento em salas dedicadas aos núcleos, além da elaboração de boletins e indicadores. Conclusões A implementação dos núcleos de vigilância resultou em maior sensibilização dos profissionais, aumentando a conscientização sobre a detecção precoce de emergências.