Programa - Poster dialogado - PD26.11 - Ensino e formação em Epidemiologia
26 DE NOVEMBRO | TERÇA-FEIRA
14:00 - 15:00
RELATO DOCENTE: CONSTRUÇÃO DE MURAL SOBRE DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA
Pôster dialogado
Lemos, E.F1, Ferrari, I1, Giacomassa, M.S.D.G1, Hidalgo, E.M.P1, Vidmantas, S1
1 UEMS
Objetivos: Relatar a experiência dos docentes de enfermagem na construção de um mural do conhecimento sobre as doenças prevalentes na infância, utilizando a estratégia educacional do Fórum em sala de aula. Métodos: Este relato de experiência descreve uma atividade de ensino-aprendizagem baseada em fóruns, realizada com acadêmicos do segundo ano de enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), unidade de Costa Rica. A atividade ocorreu durante a semana educacional 7.3, que abordou o tema "Conhecendo a Saúde na Infância". Os conteúdos incluíam Consulta de Enfermagem e Puericultura, Programa Nacional de Imunização, Doenças Prevalentes na Infância e Atenção à Saúde do Escolar na Perspectiva da Enfermagem. A atividade consistiu na construção de um mural do conhecimento no quadro branco, baseado em um mapa mental desenvolvido a partir do conhecimento prévio dos alunos e das sínteses de conhecimento sobre cobertura vacinal, taxas de mortalidade infantil e doenças prevalentes apresentadas no AIDPI (Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância). Resultados e Conclusões: O fórum como estratégia educacional foi realizado com quatro grupos de 8 alunos, ao longo de quatro dias. Esta abordagem permitiu profundas reflexões sobre os temas abordados. Os alunos realizaram pesquisas no laboratório de informática e produziram sínteses e discussões acerca dos quatros temas de conhecimento sobre quatro temas. No quinto dia, os alunos apresentaram suas sínteses e refletiram sobre os dados epidemiológicos. Estratégias com metodologias ativas incentivaram a autonomia, a reflexão crítica e a aplicação prática dos conhecimentos, tornando o aprendizado mais significativo e duradouro.
METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA: UMA EXPERIÊNCIA DO CIEVS-PE
Pôster dialogado
SILVA JÚNIOR, J.C.P.1, LIMA, P.M.S1, SILVA, I.N.N.1, SOUZA, I.C.A.1, TORRES, P.M.1, CRUZ, R.R.L.1, DIMECH, G.S.1, LIMA, J.L.1, ISHIGAMI, B.I.M.1
1 SES-PE
Objetivos: Descrever o uso de metodologias ativas no ensino de emergências em saúde pública pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (CIEVS-PE), com ênfase no uso de inteligência artificial (IA) e promoção da intersetorialidade em cursos de graduação. Métodos: Utilizando as diretrizes do Regulamento Sanitário Internacional, foram aplicados processos de detecção ativa e passiva de eventos de saúde pública, avaliação de risco e comunicação baseada em risco. Foram desenvolvidas histórias fictícias baseadas em eventos reais monitorados entre 2022 e 2023, utilizando comandos no ChatGPT (versão 3.5), integradas em atividades práticas de ensino. Questões de epidemiologia descritiva, incluindo variáveis de tempo, espaço e indivíduos, foram integradas nos casos. Resultados: As histórias proporcionaram uma abordagem interativa no ensino de emergências em saúde pública, permitindo que os estudantes identificassem e analisassem riscos e impactos das emergências. A metodologia ativa promoveu a tomada de decisão baseada em evidências e a elaboração de respostas intersetoriais eficazes. Observou-se maior compreensão dos processos de vigilância e resposta, com aumento no engajamento e dos participantes. A inclusão da IA contribuiu significativamente para a criação de cenários realistas e complexos, aprimorando o aprendizado prático. Conclusões: Essa abordagem fortalece a compreensão do tema, com embasamento na epidemiologia descritiva, integrando conceitos fundamentais, como medidas de saúde coletiva e facilitando a compreensão ampliada dos processos de vigilância das emergências em saúde pública.
A EXPERIÊNCIA DO ENSINO HÍBRIDO PARA FORMAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA DE CAMPO
Pôster dialogado
Souza, P. B.1, Macário, A. M.1, Santos, D. A.1, Moraes, C.1, Verotti, M. P.1, Moura, N. F. O.1, Silva, D. C. S.2, Duarte, M. M. S.2, Maierovitch, C. P. H.1, Silva, J. A. A.1
1 Fiocruz Brasília
2 DEMSP/SVSA/MS
Objetivos: Relatar a experiência do ensino híbrido na formação em epidemiologia de campo por meio da Especialização EpiSUS-Intermediário, de 2020 a 2024.
Métodos: utilizou-se sala de aula invertida, videoaulas, estudos de caso, atividade em serviço e encontros síncronos para engajar os profissionais em treinamento nas atividades virtuais. Módulos específicos, incluindo trabalho de campo, foram realizados presencialmente. O Moodle e o Teams foram utilizados como plataformas de ensino e articulação com Secretarias Estaduais de Saúde viabilizaram as atividades presenciais.
Resultados: a Especialização, adaptada para o formato híbrido em 2020, foi destinada a profissionais atuantes no SUS; compreendendo sete módulos, três presenciais e quatro virtuais, totalizando 544 horas. Destas, cerca de 20% referem-se às atividades presenciais. O desenvolvimento de atividade em serviço possibilitou a integração do aprendizado teórico com práticas desenvolvidas no âmbito de trabalho. O trabalho de campo, realizado em articulação com as três esferas do SUS, permitiu aos participantes desenvolver todas as etapas de um estudo epidemiológico, partindo de um problema de saúde pública real. Os tutores desempenharam um papel crucial, fornecendo apoio contínuo aos participantes.
Conclusões: a integração do ensino virtual ao presencial possibilitou maior dinamismo e autonomia na construção do conhecimento, adaptando-se às necessidades individuais dos cursistas. Destaca-se a importância dos tutores especializados em epidemiologia de campo e em docência, que identificam as necessidades dos alunos, orientando-os e incentivando-os a buscar novos conhecimentos e consolidar os existentes. Esta abordagem ofereceu uma perspectiva inovadora na educação em epidemiologia, preparando profissionais para enfrentar os desafios complexos da saúde pública.
EPISUS FUNDAMENTAL COMO ESTRATÉGIA PARA FORTALECER A REDE MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Pôster dialogado
Costa, C. M.1, Reis, I. A.1, Ferreira, C. D.1, Aguilar, G. M. O.1
1 Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro
Objetivos: descrever a estratégia de qualificação implantada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro para aprimorar a capacidade de vigilância e resposta a emergências em saúde pública. Métodos: adotada metodologia de ensino proposta pela Rede de Programas de Treinamento em Epidemiologia e Intervenções de Saúde Pública (Tephinet) e Ministério da Saúde, de forma descentralizada e direcionada para profissionais atuantes na saúde pública municipal. O treinamento tem duração de 3 meses e carga horária de 200 horas. Ocorre de forma híbrida, com predominância de atividades práticas e conta com a participação de tutores. Resultados: o Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS, nível fundamental, da cidade do Rio de Janeiro – EpiSUS Fundamental Rio - foi iniciado em outubro de 2021. Até maio de 2024 foram concluídas sete turmas, totalizando 221 profissionais qualificados. Dentre os participantes, 87,3% são do sexo feminino e 61% são graduados em enfermagem. 69,9% dos profissionais atuam nas áreas estratégicas da vigilância em saúde e 23,4% na atenção primária à saúde. Foram ministradas aulas sobre epidemiologia descritiva, investigação de surtos e análise e comunicação de problemas no contexto da saúde coletiva. Como forma de avaliação, os treinandos elaboraram boletins epidemiológicos sobre doenças e agravos de importância para a cidade. Conclusões: o EpiSUS Fundamental Rio se consolidou como uma estratégia bem-sucedida de treinamento rápido em serviço, aprimorando os conhecimentos dos profissionais em relação ao raciocínio epidemiológico, ampliando, assim, a capacidade de detecção e investigação de doenças e implementação de medidas de prevenção e controle.
FORMAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA NA PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: INQUÉRITO COM DISCENTES
Pôster dialogado
Muraro, A. P1, Buchalla, C. M.2, de Moura Souza, A3, Figueiredo, M. A. A.4, Gibson, G.3, Hattori, W. T.5, Maia, L. T. S.6, Melo, E. C. P.7, Peixoto, S. V.8, Silva, J. A T. A9, Simões, T.C.8, Araujo, T. M.10
1 UFMT
2 USP
3 UFRJ
4 UNEB
5 UFU
6 UFPE
7 ENSP
8 Fiocruz Minas
9 ESP-MG
10 UEFS
Objetivo: Descrever características da formação em Epidemiologia referidas por discentes matriculados/as em programas de pós-graduação da área da Saúde Coletiva. Metodologia: Estudo transversal, realizado com discentes de pós-graduação em saúde coletiva cadastrados na Plataforma Sucupira no quadriênio de 2017-2020. Os discentes foram convidados a responderem um inquérito online por meio da coordenação do curso ao qual estava vinculado/a. Foram avaliadas informações sociodemográficas e características dos conteúdos ministrados nos cursos e metodologias adotadas nas disciplinas. Resultados: Responderam ao questionário 132 estudantes, 74,2% mulheres, 71,8% com menos de 40 anos e 47,7% da Região Sudeste do país. O conteúdo sobre fundamentos básicos de epidemiologia foi considerado suficiente por 80,3%, mas apenas 46,9% e 55,3% consideraram suficientes os conteúdos sobre vigilância epidemiológica e bioestatística, respectivamente. Para 44,8%, o uso de metodologias ativas de ensino ocorria de maneira frequente, e 84,8% relataram realizar atividades de análise de dados. A maioria dos discentes relatou a participação em atividades relacionadas a problemas reais, tanto com políticas ou programas de saúde (65,2%) quanto relacionadas aos espaços da gestão em saúde (56,8%). Conclusão: A formação na área de epidemiologia pode ser considerada como satisfatória, mas ainda há falhas nos conteúdos de vigilância e bioestatística, além de uso ainda incipiente de metodologias ativas.