Programa - Comunicação Coordenada - CC1.10 - Tecnologia para o ensino em Epidemiologia
25 DE NOVEMBRO | SEGUNDA-FEIRA
09:40 - 11:00
SALA DE SITUAÇÃO DE SAÚDE: EXTENSÃO PARA INTEGRAR ACADEMIA E SERVIÇOS DE SAÚDE
Comunicação coordenada (apresentação oral)
SOUZA, T. P.1, GARCIA, K. K. S.1, BAIO, K. D.1, COSTA, W. A.1
1 UNB
Objetivo: Apoiar o monitoramento, análise e definição de ações em saúde, auxiliando na tomada de decisão. Método: O programa "Sala de Situação de Saúde", estabelecido em 2017 na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília - DF, integra academia e serviços em saúde, promovendo análises epidemiológicas e gestão em saúde. Utilizou-se uma abordagem qualitativa descritiva, baseada em um relato de experiência. A organização da sala baseia-se em planos de trabalho estudantis, monitoramento de atividades e utiliza métodos SCRUM, Kanban e a ferramenta Coopere para gestão. A coleta de dados foi realizada por meio de observação participante e análise documental dos planos de trabalho e registros das atividades. Resultados: Desde sua implantação, a sala capacitou profissionais dos serviços de saúde do DF e entorno, produziu painéis de doenças, ofereceu treinamentos e serviu como ponte para a inserção de estudantes recém-formados nos serviços de saúde do Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Secretaria de Estado de Saúde do DF e Proepi. Atualmente, conta com 88 estudantes de graduação, mestrado e doutorado, além de pesquisadores colaboradores vinculados ao projeto. Conclusão: O projeto contribui significativamente para a saúde pública e para a consolidação de bacharéis em saúde coletiva nos serviços de saúde, dada a carência de projetos e profissionais capacitados. Busca-se atuar como referência nacional e internacional para análise da situação em saúde e apoio à gestão, fortalecendo a academia e capacitando alunos para atuação nos serviços de saúde. Essa iniciativa é vital para a formação de profissionais de saúde.
PPLIFE: APLICATIVO PARA TRABALHADORES DO SISTEMA PRISIONAL
Comunicação coordenada (apresentação oral)
Ely, K. Z.1, Dall Soto, M. M.2, Boeira, E. G>2, Saldanha, F. C>3, Possuelo, L. G>2
1 UNISC, SES/RS
2 UNISC
3 UNISINOS
Objetivo: descrever o processo de construção de um aplicativo informativo sobre doenças infectocontagiosas, desenvolvido para apoio técnico aos trabalhadores do sistema prisional. Métodos: O desenvolvimento do PPLife foi apoiado na metodologia Design Science Research (DSR) que envolve doze etapas: 1.identificação do problema, 2.conscientização do problema, 3.revisão sistemática, 4.identificação de artefatos e configuração das classes de problemas, 5.proposição de artefatos para resolver o problema específico, 6.projeto do artefato, 7.desenvolvimento do artefato, 8.avaliação do artefato, 9.explicitações de aprendizagem, 10.conclusão, 11.generalização para uma classe de problemas e 12.comunicação dos resultados. Resultados: A aplicação da robusta metodologia DSR permitiu a identificação de lacunas do conhecimento em relação à saúde e aos fluxos na saúde prisional. O App PPLife encontra-se disponível para download para celulares Android na Play Store de forma gratuita. No APP é possível encontrar conteúdos científicos atualizados sobre tuberculose, HIV, sífilis e hepatite B e C, revisados pelas áreas técnicas da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, bem como fluxogramas para diagnóstico e o Painel de Bordo com o cálculo de indicadores com metas definidas para o sistema prisional. Conclusões: O APP PPlife foi validado por profissionais do sistema prisional, considerando as normas da International Organization for Standardization (ISO)/International Electrotechnical Commission (ISSO/IEC) 25010:2011, com boa funcionabilidade, boa confiabilidade, boa usabilidade e boa eficiência.
CAPACITAÇÃO EM SERVIÇO SOBRE SALA DE SITUAÇÃO NA APS: RELATO DE EXPERIENCIA
Comunicação coordenada (apresentação oral)
UCHOA, F.S.V.1, MESQUITA, L.P.S.2, RODRIGUES, M.I.S.2, SILVA, S.C.C.2, MOREIRA, T.M.M.3
1 UECE; SMS FORTALEZA
2 SMS FORTALEZA
3 UECE
Introdução: A Sala de Situação em Saúde é um espaço físico e virtual onde as informações são analisadas sistematicamente por uma equipe técnica para caracterizar a situação de saúde de uma população. Objetivo: relatar a experiência da realização do Curso de Sistemas de Informação para implantação das Salas de Situação na APS do município de Fortaleza. Métodos: O curso ocorreu no período de setembro de 2023 a abril de 2024, com formato presencial, em serviço e EAD, com carga horária de 64hs. Foram capacitados os profissionais da Atenção Primária, Agentes de Vigilância em Saúde (AVISAS), Assessores Técnicos das Coordenadorias Regionais de Saúde e SMS. Foram abordados os seguintes conteúdos: Perfil epidemiológico do município de Fortaleza; A importância da implantação das salas de situação na APS; Noções de epidemiologia; Aplicabilidade das informações dos principais Sistemas de Informação e dados demográficos do IBGE; Processamento e monitoramento dos indicadores de saúde das gestantes, nascidos vivos, óbitos e principais doenças predominantes no território. Resultados: Até o mês de maio, após a capacitação, foram implantadas 78 salas de situação na APS, sendo 27 físicas e 52 virtuais. A partir das Salas de Situação observou-se a melhoria da qualidade dos indicadores de saúde, impactando na redução da morbimortalidade, resultando na melhoria da saúde da população. Conclusão: A capacitação em serviço é uma estratégia eficaz para implantação das Salas de Situação na APS, potencializando o alcance de metas, acompanhamento de indicadores, além de fortalecer a integração da vigilância em saúde e APS.
EPIDEMIOLOGIA NOS ESTÁGIOS DA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA: EXPERIÊNCIA NO SUDESTE PARAENSE
Comunicação coordenada (apresentação oral)
Paro, C. A.1
1 Unifesspa
Objetivos: contextualizar os estágios obrigatórios supervisionados na graduação em Saúde Coletiva numa universidade pública do sudeste paraense.
Métodos: trata-se de um relato de experiência que parte da análise do Projeto Político Pedagógico do Curso e dos relatórios produzidos pelos estagiários nos últimos dois anos, quando do retorno das atividades de estágio presenciais que haviam sido suspensas devido à pandemia do Covid-19.
Resultados: dentre os cenários diversificados de aprendizagens contemplados nos estágios estiveram desde a inserção de estudantes em serviços de vigilância (epidemiológica, saúde do trabalhador e sanitária), até serviços assistenciais de saúde, como unidades básicas de saúde, hospital e unidade especializada. Na primeira categoria de cenários, o maior desafio tem sido a maior incorporação da produção e análise de dados para gerar informações que subsidiem a tomada de decisão em saúde, uma vez que a lógica destes serviços ainda centravam-se no recebimento e correção das notificações para o envio de dados ao Ministério da Saúde e/ou no desenvolvimento de vistorias. Já nos serviços assistenciais, o desafio ainda centra-se na maior incorporação da integração da assistência com a vigilância, com maior respeito e atenção à importância da notificação, bem como a incorporação do ideário da Promoção da Saúde e da Vigilância em Saúde no ethos destes serviços.
Conclusões: ainda que haja muitos fatores limitantes na cultura organizacional, seja no âmbito da gestão do sistema local de saúde, seja no cotidiano dos serviços de saúde, os estágios têm proporcionado maior incorporação dos saberes e práticas da epidemiologia nestes serviços.